Aos cuidados da avó Margarete, o jovem S.L foi diagnosticado com duas condições desafiadoras: Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), uma doença genética rara e progressiva que compromete os músculos. Além disso, também recebeu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Por muito tempo, S.L não falava, não interagia, não agachava nem conseguia subir ou descer degraus. “Crianças com distrofia geralmente têm muita dificuldade nesses movimentos”, conta Margarete.
A mudança veio há cerca de dois anos, quando a médica Ana Lucia Langer prescreveu o uso do Canabidiol (CBD), inicialmente para os sintomas do autismo. No entanto, a médica também alertou para evidências do potencial do CBD na recuperação muscular — um efeito já observado por atletas de alta performance que utilizam a substância em suas rotinas.
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Desde então, a evolução de S.L surpreendeu a família e os próprios profissionais de saúde. “Hoje, ele sobe e desce escadas, agacha, corre e, principalmente, preserva a marcha — o que é muito importante para quem tem distrofia”, relata a mãe. A última consulta com a Dra. Ana Lucia, realizada em maio deste ano, reforçou o quadro positivo.“A médica dele, que é referência em Distrofia Muscular de Duchenne, ficou impressionada com o progresso dele”, diz Margarete.
Distrofia Muscular de Duchenne
A Distrofia Muscular de Duchenne é causada por alterações genéticas que impedem a produção adequada de uma proteína essencial à integridade muscular. Sem essa proteína, os músculos tornam-se mais vulneráveis a danos, dificultando a mobilidade e comprometendo, com o tempo, funções vitais como a respiração e o funcionamento do coração.
Nos últimos anos, o canabidiol tem sido estudado como uma possível ferramenta complementar no tratamento da DMD. Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), publicado na revista científica Muscle & Nerve, apontou que o CBD pode ajudar a reduzir inflamações, evitar a formação de fibrose nos músculos e preservar a estrutura das fibras musculares.
Os testes, realizados em laboratório e em modelos animais, indicaram que o composto pode proteger o tecido muscular e retardar a progressão da doença. Embora mais estudos sejam necessários em humanos, os achados reforçam o potencial terapêutico da Cannabis medicinal nessa condição.
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Além do canabidiol, S.L segue um tratamento com corticoides, cálcio e outros medicamentos que integram sua rotina de cuidados. Ainda assim, Margarete destaca a importância do CBD como uma ferramenta essencial nesse processo. “O Canabidiol foi muito importante na vida dele. A melhora tanto no autismo quanto na Distrofia foi significativa. Para nós, é uma vitória”, afirma.
A experiência da família reforça a relevância da personalização do tratamento e do acompanhamento médico criterioso, especialmente em casos complexos como o de S.L e lança luz sobre o potencial terapêutico da Cannabis medicinal, não apenas em condições neurológicas, mas também em doenças raras e degenerativas.
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Nota da Redação:
Por questões de ética e em conformidade com as diretrizes de proteção à identidade de menores, o nome completo da criança não foi divulgado neste conteúdo.
