Depois de quase 30 anos com dores crônicas, Claudia Martin encontrou na cannabis o remédio que traz saúde, qualidade de vida e alívio para sua enxaqueca.

Antes de tudo, sofro com enxaqueca crônica desde os meus 19 anos. Atualmente, já são quase três décadas de dores diárias e intensas. Minhas crises de enxaqueca são tão fortes que vêm acompanhadas de náuseas, enjoos, problemas de estômago e muito mal-estar. Por isso, já quase desmaiei várias vezes de tanta dor. Isso sem contar a qualidade do meu sono e o meu estado emocional, que, antes, ia de de mal a pior. Sempre foi muito difícil e depressivo conviver com as dores de enxaqueca crônica.

Na tentativa de mapear a minha dor, fiz um diário da enxaqueca, onde anotava todos os possíveis gatilhos, intensidade, duração e o tipo das minhas dores. Nos últimos três anos, então, eu constatei que tive mais dias com enxaqueca do que estive saudável. Em um único mês, por exemplo, passava mais da metade dele sofrendo com os sintomas. Minha última crise de enxaqueca durou 11 dias seguidos. Quase enlouqueci!

Os remédios para enxaqueca me deixavam zureta

Por isso, sem escolhas, recorria a remédios fortíssimos, com doses a cada oito horas. O problema, porém, é que o medicamento me deixava zureta, com uma sensação de cabeça aérea, como se estivesse anestesiada e desconectada da realidade. Como resultado, meus pensamentos ficavam mais lentos e minha produtividade despencava. E, por  mais que eu tentasse manter a rotina produtiva, não tinha jeito, a enxaqueca era quem comandava a minha vida. Eu vivia refém: ou sofria com dores ou ficava zureta por causa dos remédios. Precisei fazer três tratamentos para  gastrite ao longo dos anos, devido ao acúmulo de remédios.

O mais difícil, talvez, era viver sempre vulnerável à dor. Eu nunca sabia como iria acordar ou terminar meu dia. Às vezes, a enxaqueca vinha devagarinho e eu recorria aos medicamentos. Por outro lado, em outras, a dor vinha numa paulada só. Tive uma fase, por exemplo, que a enxaqueca me acordava na madrugada. O motivo? Qualquer um! Tudo era gatilho para a minha enxaqueca! Poderia ser culpa do período menstrual, ou por cheiros fortes, barulhos e
ruídos altos, também pela mudança de temperatura ou por motivos de tensão, estresse ou esforço corporal.

Vivia cheia de limitações

A verdade é que eu vivia com medo de sentir dor e, por isso, limitava a minha vida e de quem estivesse ao meu redor, na tentativa de evitar uma nova crise. Planejar uma viagem para a serra, por exemplo, era um plano inviável, porque eu tinha medo da oscilação de altitude e pressão. Aceitar convites para algum lugar com som, luzes e muitas pessoas, também não dava para mim. Era sinônimo de dor na certa! Além disso, houve muitas vezes que precisei ir embora de um evento social mais cedo, porque não estava mais suportando ignorar minha enxaqueca. Nessas tentativas de evitar crises, até cortei chocolate e bebidas alcoólicas da minha dieta. Eu fiz de tudo para tentar ter uma vida um pouquinho melhor, mas parecia ser algo impossível.

O preço de uma vida com dor física é um emocional doente também. Afinal, quem mantém o bom humor, com a cabeça prestes a explodir? Então, eu vivia preocupada e em estado de alerta constante. Meu marido, assim como outras pessoas mais próximas, só de ver a minha cara, já sabiam quando a minha enxaqueca estava chegando. Ele dizia que eu começava a colocar a mão na cabeça e fechava o meu semblante. Era bem isso, eu sentia um grande desespero! Não sabia mais como conciliar a vida com a enxaqueca.

Tratamento alternativo com cannabis medicinal

No desespero típico de quem convive com dores crônicas, tentei todos os modelos de tratamentos que alguém possa imaginar. Fiz bloqueio anestésico, tomei diferentes remédios e, por último, tentei aplicação de botox para enxaqueca. O problema é que o botox tinha a pretensão de segurar a dor por três meses, mas, para mim, não passava do primeiro. E, quando tinha uma crise, parecia que ela vinha ainda mais forte! Diante do meu desespero, médicos e pessoas queridas tentavam me trazer soluções. Foi quando meu marido escutou em um podcast o caso de uma mulher que usava Cannabis medicinal para tratar enxaqueca. Corri para buscar mais informações!

Acessei a lista de prescritores no portal Cannabis&Saúde e descobri o potencial da cannabis medicinal contra a enxaqueca

Pesquisando sobre o tema na internet, encontrei muitas informações no portal Cannabis&Saúde. Inclusive, foi ali que acessei uma lista de médicos prescritores da Cannabis medicinal. Marquei minha consulta online com o doutor Matheus Abdalla de Souza e adorei toda a riqueza de explicação que recebi. Ele me contou que a planta não prometia a cura da enxaqueca, mas que poderia ser uma grande aliada no alívio das dores.

Comecei o meu tratamento no dia 1º de abril deste ano. Fiz o ajuste das gotinhas do óleo de cannabis e observei os meus resultados iniciais. E não podiam ser melhores: no primeiro mês, eu já tive uma diminuição drástica de crise. Passei 30 dias sem sentir dor, acredita? Fazia muitos anos que isso não acontecia comigo. De fato, senti respostas e resultados tão rápidos, por isso faço questão de divulgar a minha experiência.

Acho importante ressaltar que, para além da dor de enxaqueca, a Cannabis também está melhorando muito o meu estado emocional. Sinto muito mais pique, ânimo e humor. Eu durmo e acordo muito mais disposta, tanto, que até voltei a fazer atividades físicas! Outro ponto muito positivo é que não tive nenhum efeito colateral negativo com o uso do remédio natural. Se, antes disso, eu precisava fazer tratamento para gastrite, por conta dos prejuízos dos remédios convencionais, agora, sinto meu estômago até melhor com o uso da Cannabis.

Poucas pessoas ainda sabem do meu tratamento, mas como estou colhendo resultados tão surpreendentes, minha vontade é vestir uma camisa divulgando e recomendando o uso da Cannabis medicinal. Esse remédio melhorou demais os meus dias!

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