“A gente apoia o uso da Cannabis, com certeza”, é assim, sem dúvidas que Natália Fernandez uma das diretoras da Associação APEMBS – Associação de Portadores de Esclerose Múltipla da Baixada Santista, respondeu quando questionada sobre a terapia canabinoide para quem tem esclerose múltipla e autismo, condições que a associação civil, sem fins lucrativos, trabalha.
Cannabis Medicinal e Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crônica, inflamatória e autoimune que prejudica o sistema nervoso central, causando a destruição da bainha de mielina que recobre os neurônios. Os sintomas debilitantes incluem fadiga, dor crônica, espasticidade muscular, tremores, distúrbios do sono e dificuldades motoras e cognitivas. Nesse contexto, a missão da APEMBS é fomentar estudos, pesquisas e o financiamento de tratamentos para a condição.
O uso da Cannabis tem se destacado como uma alternativa terapêutica complementar, com muitos pacientes relatando benefícios ao utilizarem produtos à base de CBD e THC.
“Nosso próximo evento é sobre fisioterapia pélvica, e tenho certeza de que a Cannabis ajuda muito. Quando comecei a usá-la, percebi uma redução significativa na minha incontinência urinária, além de menos idas ao banheiro e diminuição de infecções. O único entrave para mim ainda é o custo”, avalia Natália.
Estudos Promissores sobre Cannabis para a EM
Benefícios como os relatados por Natália foram corroborados por um novo estudo realizado por pesquisadores do Hospital Universitário Attikon, na Grécia. O estudo acompanhou 69 pacientes com esclerose múltipla por seis meses, que utilizaram uma formulação padronizada contendo 13% de CBD e 9% de THC. As principais medidas analisadas foram a espasticidade muscular, a função da bexiga e a autonomia dos pacientes.
Os resultados foram encorajadores: a terapia com canabinoides provou ser eficaz, mostrando melhorias nos três aspectos analisados. A espasticidade muscular diminuiu nos primeiros três meses e permaneceu estável até o final do estudo, enquanto o volume residual de urina foi reduzido, indicando uma melhora no funcionamento da bexiga — um alívio significativo para muitos pacientes que lutam para esvaziar completamente a bexiga, o que pode levar a infecções e desconforto. Por fim, houve uma melhora na Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS), que mede mobilidade e autonomia, sugerindo que o tratamento poderia ajudar a preservar a independência dos pacientes por mais tempo.
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Qual é a capacidade que uma associação de pacientes tem em impactar a vida das pessoas?
Para Natália, a diferença foi tão significativa que ela decidiu dedicar sua vida à causa. “Conheci a associação logo depois do meu diagnóstico. Eu sempre digo que a APEMBS salvou minha vida. Se não fosse por ela, eu teria caído em uma depressão profunda, pois já havia recebido um diagnóstico em estágio avançado da doença e enfrentava diversas sequelas. A nossa luta agora é para que o diagnóstico da esclerose múltipla seja feito o mais cedo possível”, explica.
Com reuniões mensais e uma sede que funciona como uma clínica, a APEMBS oferece suporte contínuo a seus membros, realizando terapias gratuitas que são totalmente custeadas pela entidade. Além de atender a pessoas com esclerose múltipla, o espaço acolhe até 40 crianças autistas, proporcionando terapias também sem custo.
Como iniciar um tratamento com medicamentos à base de Cannabis para Esclerose Múltipla
Para incluir medicamentos à base de Cannabis entre as diferentes abordagens para a esclerose múltipla, é fundamental ter a prescrição de um médico. Acessando nossa plataforma de agendamento, você tem centenas de médicos à disposição para avaliar o seu caso e recomendar o melhor caminho.
Com o acompanhamento médico adequado, não só a vida do paciente ganha em qualidade, mas de todas as pessoas que vivem ao seu redor. Então, inicie o tratamento precoce para aumentar as chances de sucesso. Marque já uma consulta!
