O Alzheimer continua sendo uma das condições de saúde mais desafiadoras da atualidade, mas uma nova pesquisa científica aponta para avanços importantes. Um estudo publicado na revista Neuropsychopharmacology apresentou resultados sobre o papel do canabidiol (CBD) e do sistema endocanabinoide na proteção contra danos cerebrais associados à doença.
Esses achados sugerem um caminho para o desenvolvimento de tratamentos mais seguros e acessíveis, capazes de transformar a vida de pacientes e suas famílias. Embora não represente uma cura, aliviar sintomas como perda de memória, dificuldades cognitivas e mudanças de comportamento pode tornar a jornada menos dura.
Doses baixas de CBD
Para realizar o estudo Cannabidiol prevents cognitive and social deficits in a male rat model of Alzheimer’s disease through CB1 activation and inflammation modulation, os pesquisadores usaram um modelo animal de Alzheimer induzido por estreptozoticina. Esse método provoca inflamação cerebral, déficits de memória e acúmulo de proteínas tóxicas — características típicas do Alzheimer, como o aumento das proteínas beta-amiloide e tau fosforilada.
Na etapa seguinte, os pesquisadores trataram parte desses indivíduos com baixas doses de CBD (entre 0,1 e 1 mg/kg) durante duas semanas.

Principais resultados observados
O tratamento com CBD trouxe benefícios importantes, entre eles:
- Proteção da memória e das habilidades sociais
- Redução do acúmulo de beta-amiloide e tau fosforilada
- Menor presença de marcadores inflamatórios no cérebro
- Regulação de genes relacionados ao risco da doença, como o TREM2 e ApoEε4
Um dado importante: quando os cientistas bloquearam o receptor CB1 do sistema endocanabinoide, os efeitos protetores do CBD desapareceram. Isso sugere que esse receptor é essencial para a ação protetora do canabidiol.
O potencial do CBD para prevenir sintomas do Alzheimer
Os resultados indicam que o CBD tem potencial para a ajudar a prevenir o Alzheimer em modelos animais, especialmente na preservação da memória e na redução da inflamação cerebral.
O estudo reforça a importância de explorar o sistema endocanabinoide como alvo para novas terapias. Nesse sentido, o fato de o canabidiol já ser utilizado em medicamentos aprovados para epilepsia fortalece o perfil de segurança e acelera o interesse em pesquisas clínicas. Além disso, as doses utilizadas na pesquisa foram consideradas baixas (0,1 a 1 mg/kg) em comparação com estudos anteriores e a dose indicada para o tratamento de outras condições de saúde.
Embora ainda sejam necessários mais estudos, os pesquisadores destacaram um caminho promissor para a pesquisa e desenvolvimento de novas abordagens para doenças neurodegenerativas.
“Como os tratamentos atuais para Alzheimer são limitados, nosso estudo destaca o CBD como um candidato promissor, demonstrando pela primeira vez que uma dose baixa pode prevenir déficits comportamentais e moleculares. Ao atuar na neuroinflamação e nas vias endocanabinoides, o CBD pode ajudar a prevenir o declínio cognitivo e as alterações neuropatológicas no Alzheimer.”
O papel dos canabinoides no tratamento do Alzheimer
Pesquisas anteriores já haviam apontado que os canabinoides, substâncias presentes na Cannabis, podem trazer benefícios no manejo do Alzheimer. Esses compostos mostraram potencial para amenizar sintomas que costumam acompanhar a doença, como:
- Distúrbios do sono (insônia, sono fragmentado)
- Alterações no apetite e problemas alimentares
- Irritabilidade e agitação
No entanto, é fundamental lembrar que qualquer terapia com derivados da Cannabis deve ser realizada sob supervisão médica especializada, garantindo tanto a segurança quanto a eficácia do tratamento. Além disso, a receita é uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adquirir os medicamentos de forma legal.
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