Início

Crises de choro: por que acontecem e como controlar

Crises de choro: por que acontecem e como controlar

Publicado em

29 de agosto de 2025

• Revisado por

As crises de choro são mais comuns do que muita gente imagina. Um episódio isolado pode acontecer em qualquer situação de estresse ou frustração, mas quando as lágrimas surgem com frequência, isso passa a gerar preocupação. 

O desconforto não está apenas no ato de chorar, mas nas consequências: a dificuldade de manter a rotina, a sensação de perda de controle e a insegurança sobre o que pode estar acontecendo de fato.

Muitas pessoas tentam justificar as crises de choro com explicações rápidas, como cansaço, TPM, acúmulo de problemas no trabalho ou discussões em casa. 

Só que, quando se torna recorrente, a dúvida cresce: será que é algo passageiro ou pode estar ligado a questões mais sérias, como ansiedade, depressão ou desequilíbrio emocional? 

Esse ciclo faz com que quem passa por isso fique cada vez mais confuso, tentando entender se é normal ou se já está ultrapassando um limite que precisa de atenção.

Então, o que realmente pode estar por trás das crises de choro? Como identificar sinais de que elas estão prejudicando sua vida pessoal e profissional?

Ao longo do conteúdo, essas perguntas vão começar a ser respondidas, trazendo clareza sobre quando se preocupar, quando buscar ajuda e quais fatores observar. Prossiga:

  • O que são crises de choro? 
  • Quais são as principais causas das crises de choro? 
  • Crises de choro e transtornos emocionais 
  • O que fazer durante crises de choro? 
  • Tratamentos e formas de prevenção das crises de choro 
  • O Canabidiol pode ajudar no controle das crises de choro?

O que são crises de choro?

crises de choro sintomas

As crises de choro não se resumem a episódios isolados de lágrimas diante de uma emoção forte. São momentos em que o choro surge de forma intensa, muitas vezes inesperada, acompanhado de perda de controle

Diferente do choro pontual que pode ocorrer diante de uma situação triste ou tocante, as crises de choro costumam vir de maneira desproporcional ao estímulo que as desencadeia. 

Esses episódios interferem no bem-estar de quem passa por eles. Não são apenas manifestações emocionais espontâneas: podem ter relação com questões de saúde mental, física ou mesmo com condições neurológicas. 

Além disso, crises de choro podem se tornar recorrentes e passar a afetar rotinas, relacionamentos e até a forma como a pessoa se enxerga. 

Essa característica de repetição faz com que sejam percebidas não só como reações emocionais, mas como sinais de que algo merece atenção.

Algumas vezes, aparecem de maneira contida, mas com grande impacto interno. Em outras, são acompanhadas de manifestações físicas mais evidentes, como respiração ofegante ou tremores. 

Essa amplitude de manifestações mostra que não se trata apenas de um sintoma ligado à tristeza, mas de uma condição mais ampla que pode estar conectada a diversos fatores.

Muitas pessoas que enfrentam crises de choro relatam sentir dificuldade em compreender por que estão passando por aquilo. 

A sensação de não ter controle gera ainda mais desconforto, já que as crises podem ocorrer em locais públicos ou em momentos inoportunos. Essa imprevisibilidade é um dos elementos que mais afeta a qualidade de vida.

Sintomas que caracterizam crises de choro

Identificar crises de choro vai além do ato de chorar. A intensidade, a duração e a frequência ajudam a diferenciar episódios pontuais de algo que precisa ser observado mais de perto. 

Geralmente, esses episódios podem durar de alguns minutos até mais de meia hora, dependendo do que os desencadeou e de como o corpo reage.

Muitas vezes, a pessoa sente o corpo tremer, a respiração acelerar e até a sensação de que não consegue se acalmar. 

A frequência também é um critério. Quando crises de choro passam a acontecer de forma recorrente ou até diariamente, tornam-se um sinal de que é algo além de uma resposta natural a situações emocionantes. 

Além da intensidade, é comum que crises de choro venham acompanhadas de sinais associados. 

Entre eles, a falta de ar é um dos mais frequentes, já que o corpo tende a acelerar a respiração durante a crise. 

Tremores também aparecem, especialmente nas mãos, e muitas pessoas descrevem uma pressão no peito que aumenta a sensação de desconforto.

Outro sintoma muito ligado a crises de choro é a ansiedade. Durante o episódio, pensamentos acelerados, inquietação e medo de perder o controle podem estar presentes. 

Essa ligação mostra como crises de choro não são apenas um fenômeno isolado, mas podem estar conectadas a reações emocionais mais amplas.

A junção de todos esses sintomas faz com que crises de choro sejam experiências desgastantes. Não apenas pelo momento em si, mas também pela apreensão de que uma nova crise possa ocorrer a qualquer instante. 

Esse temor constante gera ainda mais tensão, aumentando a probabilidade de novos episódios e criando um ciclo difícil de quebrar.

Quais são as principais causas das crises de choro?

crises de choro causas

Depois de compreender o que são crises de choro e quais sintomas as caracterizam, surge uma pergunta central: por que elas acontecem? 

Essa questão não tem uma resposta única, já que crises de choro podem surgir a partir de diferentes origens.

É importante destacar que crises de choro não têm uma explicação simples. Elas podem ser resultado de uma combinação de situações. 

Por exemplo, uma pessoa pode apresentar um quadro emocional fragilizado, associado a uma condição hormonal, e isso aumenta a frequência das crises.

Nos próximos tópicos, vamos detalhar essas causas para mostrar de forma clara como cada fator pode contribuir para o surgimento de crises de choro.

Causas emocionais: ansiedade, depressão, luto, estresse

Quadros de ansiedade e depressão estão diretamente associados ao aumento desses episódios. 

No caso da ansiedade, o excesso de preocupação e a sensação de estar sempre em alerta favorecem crises repentinas, em que o choro aparece como uma válvula de escape diante da sobrecarga emocional.

Já a depressão costuma estar ligada a crises de choro frequentes e prolongadas. Nesse cenário, o choro não surge apenas como resposta a eventos externos, mas também sem causa aparente. 

É como se as crises se tornassem parte do cotidiano, mostrando que o corpo e a mente estão em um estado de exaustão emocional contínua.

O luto também está entre as causas mais conhecidas de crises de choro. 

A perda de alguém próximo desencadeia uma série de reações emocionais intensas, e o choro constante é um reflexo do processo de adaptação à ausência. 

Ainda que seja uma reação esperada, em algumas pessoas pode assumir uma frequência que afeta intensamente a vida diária.

O estresse, por sua vez, não deve ser subestimado. A rotina acelerada, as responsabilidades acumuladas e a falta de descanso geram um estado de tensão permanente. 

Nessa situação, crises de choro podem surgir como resposta a pequenas situações que, em outro contexto, seriam administradas com mais facilidade.

Causas físicas: alterações hormonais, doenças neurológicas

Alterações hormonais, por exemplo, são comuns em fases específicas da vida, como o período pré-menstrual, a gestação e a menopausa. Essas variações podem modificar o humor e facilitar o surgimento de crises de choro.

Algumas condições que afetam o sistema nervoso, como a esclerose múltipla ou a doença de Parkinson, podem estar relacionadas ao aumento de episódios de choro. 

Isso acontece porque essas doenças interferem diretamente na forma como o cérebro regula emoções e respostas emocionais.

Há ainda situações em que crises de choro estão associadas a efeitos colaterais de medicamentos usados no tratamento de determinadas doenças. 

Nesses casos, o ajuste da dose ou a substituição da medicação pode ajudar a reduzir a frequência dos episódios.

Causas relacionadas ao autismo ou TDAH

Crises de choro também aparecem de forma significativa em pessoas com autismo ou TDAH. 

No caso do autismo, a dificuldade de comunicação e de lidar com estímulos sensoriais intensos pode desencadear crises como forma de expressão. 

O choro, nesse contexto, surge quando a pessoa não consegue verbalizar ou organizar o que está sentindo.

No TDAH, crises de choro podem estar ligadas à impulsividade e à dificuldade de regulação emocional. 

Situações de frustração ou sobrecarga podem gerar episódios intensos, que vão além de uma simples resposta emocional passageira.

Esses exemplos mostram que crises de choro também podem ter relação com condições do neurodesenvolvimento. 

Reconhecer essa ligação é importante para entender que, nesses casos, não se trata de fraqueza ou exagero, mas de manifestações ligadas ao funcionamento específico do cérebro.

Crises de choro e transtornos emocionais

crises de choro tratamentos

Pessoas que lidam com transtornos como ansiedade e depressão frequentemente descrevem episódios recorrentes de choro intenso, acompanhados de sensações físicas e psicológicas desconfortáveis

Nessas situações, o corpo reage de maneira intensa, e o choro passa a ser um sintoma que sinaliza a presença de um estado de sofrimento que não se restringe ao aspecto emocional.

É importante observar que crises de choro podem se tornar um indicador de que há uma dificuldade maior na regulação emocional. 

Indivíduos com transtornos como transtorno de pânico, fobia social ou transtorno depressivo maior podem ter episódios que surgem em contextos variados, sem uma causa clara. 

Essa imprevisibilidade torna o quadro mais difícil de lidar, já que o choro pode surgir em momentos sociais, profissionais ou familiares, ampliando a sensação de vulnerabilidade.

Vale ressaltar também que crises de choro em quadros psiquiátricos não surgem isoladamente. 

Elas costumam estar ligadas a outros sinais, como perda de interesse em atividades, dificuldade de concentração, alterações no sono e na alimentação. 

O que fazer durante crises de choro?

Saber o que fazer durante crises de choro pode fazer diferença na forma como a pessoa atravessa o episódio. Esse tipo de cuidado imediato não substitui o acompanhamento profissional, mas é um ponto de apoio importante.

O primeiro aspecto a considerar é que crises de choro costumam vir acompanhadas de desconforto físico, como a respiração acelerada e a tensão muscular. 

Portanto, as ações tomadas nesse momento devem ter como foco reduzir esses sintomas para que a crise perca força mais rapidamente. 

É nesse ponto que entram estratégias específicas, como técnicas de respiração, métodos de distração e o apoio de familiares e amigos, que veremos a seguir.

Técnicas de respiração e relaxamento

Quando o episódio começa, é comum que a pessoa passe a respirar de forma superficial, o que aumenta a sensação de falta de ar e o desconforto. Por isso, adotar técnicas simples de respiração pode reduzir a intensidade da crise.

Uma das abordagens mais utilizadas é a respiração profunda. Nesse método, a pessoa inspira lentamente pelo nariz, contando até quatro, segura o ar por alguns segundos e depois solta pela boca também de forma lenta. 

Essa prática ajuda a reduzir a frequência cardíaca e transmite ao corpo a sensação de que o momento de tensão está diminuindo.

Outra técnica eficaz é a respiração diafragmática, em que o foco está em encher o abdômen de ar em vez de apenas o peito. Esse padrão respiratório aumenta a oxigenação e traz mais estabilidade física. 

Repetir esse movimento por alguns minutos pode fazer com que crises de choro se tornem menos intensas e mais curtas.

Essas técnicas são simples, mas seu efeito é potencializado quando a pessoa já está habituada a utilizá-las fora das crises. Ou seja, praticar em momentos de calma facilita o uso em situações de maior intensidade. 

Estratégias de distração e autorregulação

A distração funciona porque interrompe o ciclo de pensamentos acelerados e dá ao corpo a chance de reduzir a intensidade da resposta emocional.

Atividades simples podem cumprir esse papel. Ouvir uma música específica, assistir a um vídeo curto ou até realizar movimentos repetitivos, como apertar uma bola de borracha, podem ajudar a diminuir o foco na crise. 

O objetivo não é ignorar o choro, mas reduzir a sensação de que ele tomou conta completamente da situação.

A autorregulação também inclui técnicas cognitivas. Repetir frases curtas e diretas, como “isso vai passar”, ajuda a organizar os pensamentos e reduzir a sensação de caos que muitas vezes acompanha crises de choro. 

Se possível, sair de um espaço que esteja sobrecarregado de estímulos e ir para um local mais silencioso e arejado pode facilitar a retomada do equilíbrio. 

Esse movimento simples reduz os gatilhos e dá espaço para que as outras técnicas funcionem melhor.

O importante é que essas estratégias sejam testadas em diferentes momentos, para que a pessoa descubra quais se adaptam melhor ao seu perfil. 

Crises de choro não desaparecem de imediato, mas quando a pessoa encontra recursos de distração e autorregulação, o impacto delas diminui consideravelmente.

Como familiares e amigos podem ajudar

O apoio de pessoas próximas é um fator decisivo para lidar com crises de choro. Muitas vezes, quem está passando por esses episódios sente vergonha ou receio de ser julgado. 

Ter familiares e amigos que compreendem a situação e oferecem suporte pode reduzir esse peso emocional.

Uma das formas de ajudar é respeitar o espaço da pessoa durante a crise. Em alguns casos, ela pode preferir ficar em silêncio ou apenas ter alguém por perto sem muita interação. 

Forçar a conversa ou tentar interromper o choro pode aumentar a sensação de pressão. O simples ato de estar disponível já transmite segurança.

Mudanças no tom de voz, postura corporal ou expressões faciais podem indicar que o episódio está prestes a acontecer. 

Nesses momentos, oferecer um local mais calmo ou incentivar técnicas de respiração pode ajudar a reduzir a intensidade da crise.

Com isso, o suporte social se mostra não apenas como um fator de conforto, mas como uma parte fundamental no manejo das crises de choro, tanto no momento imediato quanto na prevenção a longo prazo.

Tratamentos e formas de prevenção das crises de choro

como controlar as crises de choro

As crises de choro não devem ser vistas apenas como episódios isolados, mas como sinais que podem estar ligados a fatores emocionais, físicos ou de estilo de vida. 

Para quem passa por esse tipo de situação, é comum surgir a dúvida sobre como tratar e prevenir novos episódios. 

A boa notícia é que há diferentes estratégias disponíveis, que vão desde o acompanhamento profissional até mudanças práticas na rotina.

O primeiro ponto a considerar é que não existe um tratamento único que funcione para todas as pessoas. As crises de choro podem ter causas variadas, e isso torna essencial compreender o contexto em que acontecem. 

Algumas vezes, estão ligadas a quadros de ansiedade ou depressão; em outras, podem surgir por conta de alterações hormonais, doenças neurológicas ou até fatores ligados ao estresse acumulado. 

Quando pensamos em formas de tratamento, a integração entre medidas médicas, psicológicas e comportamentais costuma ser o caminho mais eficaz. 

A psicoterapia, o uso de medicamentos quando necessário e o investimento em hábitos saudáveis são ferramentas que, juntas, oferecem melhores resultados 

Falar sobre tratamento e prevenção de crises de choro é também quebrar um tabu. Muitas pessoas ainda associam episódios de choro intenso à falta de força ou a questões de personalidade, o que atrapalha a busca por ajuda. 

Terapia psicológica e acompanhamento psiquiátrico

Entre todas as estratégias de cuidado, a terapia psicológica é uma das mais relevantes para quem enfrenta crises de choro. 

Ao longo das sessões, o paciente pode aprender a reconhecer os primeiros sinais de uma crise e aplicar técnicas que reduzem a intensidade do episódio.

As abordagens utilizadas podem variar. A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, trabalha a relação entre pensamentos, emoções e comportamentos, mostrando como crenças e interpretações distorcidas podem aumentar a probabilidade de crises de choro. 

Já outras linhas, como a psicodinâmica ou a humanista, podem auxiliar na compreensão de aspectos mais profundos da vida emocional, oferecendo caminhos diferentes de autoconhecimento.

Em casos em que crises de choro estão associadas a transtornos como depressão maior, transtorno de ansiedade generalizada ou mesmo condições neurológicas, pode haver necessidade de introdução de medicamentos. 

Antidepressivos, ansiolíticos ou estabilizadores de humor, quando bem indicados e monitorados, podem reduzir a frequência dos episódios e criar condições para que a psicoterapia funcione melhor.

O ideal é que isso seja parte de um plano de tratamento mais amplo, no qual psicoterapia e mudanças no estilo de vida complementam os efeitos da medicação. 

Portanto, tanto a terapia psicológica quanto o acompanhamento psiquiátrico formam a base do cuidado em casos de crises de choro. 

Mudanças na rotina e hábitos saudáveis

Além do acompanhamento profissional, mudanças simples na rotina podem contribuir de forma significativa para a prevenção de crises de choro. 

O estilo de vida tem impacto direto no equilíbrio emocional, e ajustes diários podem reduzir a vulnerabilidade a novos episódios.

Criar uma rotina de horários regulares para dormir e acordar, evitar telas pouco antes de se deitar e manter um ambiente adequado para o descanso são medidas que fazem diferença.

A alimentação também desempenha um papel relevante. Dietas ricas em ultraprocessados, açúcares e cafeína podem aumentar os níveis de estresse e dificultar o equilíbrio do humor. 

Dar preferência a alimentos naturais, ricos em fibras, vitaminas e minerais, favorece a estabilidade emocional e contribui para reduzir a intensidade das crises de choro.

A prática de atividade física é outro recurso de prevenção. Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida leve ou bicicleta, estimulam a liberação de endorfinas, que têm efeito positivo sobre o humor. 

Além disso, ajudam a reduzir a tensão acumulada no corpo, o que pode diminuir a predisposição a episódios intensos de choro.

As relações sociais têm impacto direto nesse processo. Manter contato com amigos, familiares ou grupos de interesse fortalece a rede de apoio e cria um espaço de acolhimento. 

Essa convivência favorece a troca de experiências e ajuda a reduzir a sensação de isolamento, comum em quem enfrenta crises de choro com frequência.

Outro hábito útil é o registro das emoções. Escrever sobre os sentimentos em um diário ou aplicativo pode ajudar a identificar gatilhos e padrões, oferecendo maior clareza sobre quando e por que as crises acontecem. 

Esse exercício de autoconhecimento permite ajustar a rotina de forma prática, evitando contextos que aumentam a vulnerabilidade.

Essas mudanças de estilo de vida não substituem a psicoterapia ou o acompanhamento médico, mas funcionam como complemento indispensável. 

O Canabidiol pode ajudar no controle das crises de choro?

sinais de crises de choro

As crises de choro não são apenas descargas emocionais repentinas. Muitas vezes, refletem um desequilíbrio na forma como o cérebro regula os estados de humor e os níveis de estresse. 

Nessas situações, diferentes neurotransmissores atuam em conjunto, principalmente a serotonina, a dopamina e o GABA, todos ligados à sensação de calma, bem-estar e regulação emocional. 

É justamente nesse ponto que o Canabidiol (CBD) desperta interesse, porque sua interação com o sistema endocanabinoide parece contribuir para restaurar essa estabilidade interna.

O sistema endocanabinoide funciona como uma rede de sinalização que conecta várias áreas do corpo e do cérebro. 

Ele atua de forma a equilibrar funções importantes, como humor, sono, resposta ao estresse e percepção emocional. 

O CBD, ao ser consumido, interage com receptores desse sistema — especialmente os receptores CB1 e CB2, mas também outros canais de comunicação celular, como os receptores de serotonina do tipo 5-HT1A. 

Essa interação pode modular a forma como os sinais de ansiedade, tristeza e sobrecarga emocional são processados, diminuindo a intensidade das crises de choro.

No córtex pré-frontal, por exemplo, ele pode ajudar a reduzir a hiperatividade ligada ao excesso de preocupações e pensamentos acelerados, fatores que frequentemente desencadeiam crises de choro. 

Durante crises de choro, muitas pessoas apresentam uma elevação abrupta de cortisol, conhecido como “hormônio do estresse”. 

O CBD pode ajudar a regular essa resposta, limitando a intensidade da descarga e, consequentemente, suavizando o impacto emocional. 

Isso não significa apenas menos episódios de choro, mas também uma recuperação emocional mais rápida depois que eles acontecem.

Possíveis benefícios do CBD no manejo emocional

o que causa crises de choro

Muitas vezes, quem enfrenta esses episódios sente dificuldade em retomar a estabilidade após o desabamento emocional. É aí que o CBD pode trazer benefícios adicionais ao contribuir para um manejo emocional mais consistente.

Pessoas que convivem com crises de choro relatam a dificuldade de saber quando um novo episódio pode acontecer, o que aumenta a insegurança e a tensão diária. 

Com o uso de Canabidiol, há indícios de que a variabilidade do humor diminui, permitindo que as emoções se mantenham dentro de um espectro mais equilibrado. 

Outro benefício observado é a melhora na qualidade do sono. A privação de descanso reparador é um dos fatores que mais influenciam a instabilidade emocional. 

O CBD, ao interagir com os receptores que regulam os ciclos de sono e vigília, pode favorecer um descanso mais profundo. Isso impacta o emocional, porque noites mal dormidas tendem a amplificar as crises de choro no dia seguinte. 

Além disso, o CBD pode favorecer a plasticidade neural — ou seja, a capacidade do cérebro de se adaptar e criar novas conexões. 

Com a plasticidade aumentada, é possível reorganizar esses circuitos, favorecendo reações mais proporcionais às situações do cotidiano. 

O resultado é um estado de maior tranquilidade interna, que serve como proteção contra episódios repentinos.

Por último, há um benefício que merece destaque: a sensação de retomada do controle. Quem convive com crises de choro intensas sabe o quanto é frustrante não conseguir prever ou conter os episódios. 

Ao modular diferentes sistemas biológicos, o CBD pode devolver ao indivíduo a percepção de que suas emoções não estão completamente à deriva. 

Esse senso de controle restaura a autoconfiança e cria um ciclo positivo de recuperação emocional.

Conclusão

As crises de choro podem ter um impacto profundo na vida cotidiana, afetando tanto o bem-estar pessoal quanto as relações sociais. 

O Canabidiol se apresenta como um aliado interessante nesse contexto, não apenas por reduzir a intensidade dos episódios, mas por atuar nos mecanismos que sustentam a regulação emocional. 

Se você deseja compreender como o CBD pode ser integrado ao seu tratamento e quais os passos necessários para iniciar essa jornada de forma adequada, marque uma consulta na plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde. 

Compartilhe:

O Cannabis& Saúde é um portal de jornalismo, que fornece conteúdos sobre Cannabis para uso medicinal, e, preza pelo cumprimento legal de todas as suas obrigações, em especial a previsão Constitucional Federal de 1988, dos seguintes artigos. Artigo 220, que estabelece que a liberdade de expressão, criação, informação e manifestação do pensamento não pode ser restringida, desde que respeitados os demais dispositivos da Constituição.
Os artigos seguintes, até o 224, tratam de temas como a liberdade de imprensa, a censura, a propriedade de empresas jornalísticas e a livre concorrência.

Agende agora uma consulta com um médico prescritor de Cannabis medicinal

Consultas a partir de R$ 200,00

Agende agora uma consulta com um médico prescritor de Cannabis medicinal

Consultas a partir de R$ 200,00

Posts relacionados

Colunas em destaque

Inscreva-se para não perder nenhuma atualização do portal Cannabis e Saúde

Posts relacionados

Agende agora uma consulta com um médico prescritor de Cannabis medicinal

Consultas a partir de R$ 200,00

Você também pode gostar destes posts: