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Depois do Autismo, a luta pela Cannabis: O papel do Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB)

Depois do Autismo, a luta pela Cannabis: O papel do Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB)

O Movimento Orgulho Autista Brasil (MOA) tem se destacado nos últimos 20 anos, impactando a vida de milhares de pessoas com autismo e suas famílias em todo o país. Com uma forte defesa do uso medicinal da cannabis, o MOAB integra em seu propósito o acesso à assistência médica, a terapias adequadas e a promoção de uma inclusão efetiva nas escolas.

Publicado em

23 de julho de 2025

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

Atualmente, estima-se que cerca de 2 milhões de brasileiros sejam diagnosticados com algum tipo de Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Há uma urgência de serviços e políticas públicas voltadas para essa população. As leis já existem no Brasil, mas precisamos agora aplicá-las”, explica Edilson Barbosa, advogado, pai de dois jovens autistas e diretor-presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil – MOAB.

Segundo ele, apesar desse potencial significativo das leis nacionais para autistas, muitos ainda enfrentam barreiras no acesso a terapias adequadas, educação inclusiva e suporte médico. Afinal, o que você faria se tivesse um filho autista? Buscar apoio em grupos que compartilham experiências similares pode ser um caminho acolhedor e inclusivo. Recentemente, entrevistei uma mãe que afirmou que se sentia mais confortável em conversar com outras mães e pais neurodivergentes do que com profissionais desconhecidos.

É por isso que o crescimento e fortalecimento dos grupos de apoio – como o MOAB – a pacientes e familiares reflete a busca por compreensão e solidariedade em um universo muitas vezes marcado por dúvidas e dificuldades.

Um movimento em ação: A história do MOAB

Em um conversa exclusiva com o portal Cannabis & Saúde, Barbosa contou que o Movimento Orgulho Autista Brasil foi fundado em 2005 por Fernando Cota e, atualmente, é presidido por ele que é pai de dois jovens autistas. Barbosa sempre defendeu que é essencial garantir não apenas os direitos das pessoas autistas, mas também ajudá-las a compreender e aproveitar ao máximo seu potencial. Sob sua liderança, hoje o MOAB se tornou um dos principais defensores da inclusão e da luta pelos direitos dos autistas em cerca de – pelo menos – 250 cidades.

Nos últimos anos, a organização tem se concentrado na promoção de políticas públicas que assegurem o acesso a terapias e uma verdadeira inclusão educacional. Um dos focos é a implementação do Plano Educacional Individual (PEI), que adapta a metodologia de ensino às necessidades específicas de cada aluno autista, garantindo um aprendizado mais eficaz e inclusivo.

O potencial da Cannabis Medicinal para estabilizar autistas

A utilização da Cannabis como uma opção terapêutica para pessoas autistas é uma das bandeiras mais proeminentes do MOAB. Estudos apontam que componentes da planta, como o Canabidiol (CBD), podem ter efeitos positivos na redução de sintomas como ansiedade, hiperatividade e dificuldades de comunicação.

“A Cannabis estabiliza de certa maneira o autista”, afirma Edilson Barbosa.

Compreendendo que a Cannabis pode ser uma ferramenta valiosa, o MOAB busca conscientizar tanto a população quanto as autoridades sobre a importância do acesso a essa terapia.

Além disso, o movimento participa de pesquisas que relacionam o uso da cannabis medicinal em pessoas autistas, colaborando com a Faculdade de Medicina do Distrito Federal. Estão em andamento estudos sobre como o uso de cannabis pode impactar positivamente o tratamento de crianças com TEA, realçando a necessidade de uma abordagem científica e regulamentada.

Leia mais:

O MOAB não só atua na questão da Cannabis medicinal, mas também em diversos fronts, como o debate e a apresentação do Centro de Estudos nos Transtornos do Espectro Autista (CETEA), vinculado à Secretaria de Saúde do DF, que busca aprofundar pesquisas sobre TEA e melhorar a assistência a essa população.

Com a liderança de Barbosa, o movimento continua a angariar apoio e visibilidade para a causa, lutando por um Brasil que não apenas reconheça, mas também valorize e inclua as pessoas autistas na sociedade.

“A educação de qualidade, o respeito à neurodiversidade e o acesso a tratamentos adequados são fundamentais para que as pessoas autistas possam viver com dignidade e potencializar suas capacidades”, conclui o presidente do MOAB.

A luta por políticas públicas e a conscientização em torno do autismo e do uso da Cannabis medicinal representam um passo significativo em direção a um futuro mais inclusivo, onde todos possam viver melhor.

Veja nossa live sobre Cannabis e autismo

Consulta com profissionais especializados

De acordo com a RDC 660 da ANVISA, o uso de Cannabis medicinal no Brasil é permitido legalmente, desde que recomendado e prescrito por um profissional de saúde qualificado.

Para verificar se a Cannabis é uma opção adequada, é fundamental buscar a orientação de um médico especialista. Caso tenha interesse em entender se essa terapêutica pode ser viável para a sua condição, consulte um profissional especialista nesse tipo de abordagem.

Aqui, você pode encontrar mais de 300 profissionais de diversas especialidades que podem avaliar seu caso de forma individualizada. 

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Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

O Cannabis& Saúde é um portal de jornalismo, que fornece conteúdos sobre Cannabis para uso medicinal, e, preza pelo cumprimento legal de todas as suas obrigações, em especial a previsão Constitucional Federal de 1988, dos seguintes artigos. Artigo 220, que estabelece que a liberdade de expressão, criação, informação e manifestação do pensamento não pode ser restringida, desde que respeitados os demais dispositivos da Constituição.
Os artigos seguintes, até o 224, tratam de temas como a liberdade de imprensa, a censura, a propriedade de empresas jornalísticas e a livre concorrência.

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