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Distúrbios neurológicos: o que são, sintomas e tratamentos possíveis

Distúrbios neurológicos: o que são, sintomas e tratamentos possíveis

Publicado em

21 de julho de 2025

• Revisado por

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Distúrbios neurológicos afetam milhões de pessoas no mundo todo, mas a maioria nem imagina o que está por trás de sintomas como formigamentos, esquecimentos, tremores, dores de cabeça constantes ou alterações no humor. 

Muita gente passa anos tratando sinais isolados, sem nunca investigar de fato o que está acontecendo no cérebro ou no sistema nervoso. 

E aí entra um problema sério: quando o diagnóstico não vem, os sintomas pioram, o impacto na rotina aumenta, e a sensação de estar perdendo o controle da própria mente vai se tornando cada vez mais real.

A questão é que o termo “distúrbios neurológicos” é amplo demais — e justamente por isso, confunde. Envolve dezenas de condições diferentes, com causas, tratamentos e desfechos completamente distintos. 

Só que o ponto de partida costuma ser sempre o mesmo: algo muda no funcionamento do sistema nervoso central ou periférico, e o corpo começa a dar sinais de que tem algo errado. 

Nem sempre é fácil identificar, porque os sintomas não aparecem todos de uma vez, e muitas vezes são atribuídos a estresse, idade, rotina puxada ou até mesmo à saúde mental. E é aí que mora o risco de negligenciar.

Mas como saber o que é normal e o que merece investigação? Quando é que uma dor de cabeça deixa de ser “só uma dor de cabeça”? É o que vamos descobrir abaixo:

  • O que são distúrbios neurológicos? 
  • Quais são os principais sintomas de distúrbios neurológicos? 
  • Quais são os distúrbios neurológicos mais comuns? 
  • O que pode causar um distúrbio neurológico? 
  • Como é feito o diagnóstico de um distúrbio neurológico? 
  • Distúrbios neurológicos têm cura?

O que são distúrbios neurológicos?

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Distúrbios neurológicos são condições que afetam o funcionamento do sistema nervoso, isso inclui o cérebro, a medula espinhal e os nervos periféricos. 

Essas alterações podem interferir na forma como o corpo se movimenta, sente, se comporta ou processa informações. 

Muita gente associa esses quadros a doenças visíveis ou graves, mas a verdade é que muitos distúrbios neurológicos passam despercebidos por anos, criando um impacto silencioso na qualidade de vida.

Eles podem surgir por vários motivos: lesões, infecções, alterações genéticas, uso prolongado de substâncias, degeneração natural do tecido nervoso, malformação fetal ou disfunções imunológicas. 

E nem sempre o diagnóstico é simples. Muitas vezes os sintomas surgem de forma sutil, confundindo o paciente e até os profissionais que o acompanham. 

A grande questão é que distúrbios neurológicos não se limitam a doenças raras. Alzheimer, epilepsia, esclerose múltipla, Parkinson, enxaqueca crônica, neuropatias periféricas, autismo, paralisia cerebral e até quadros de ansiedade com origem neurológica entram nessa classificação. 

E cada um deles tem manifestações diferentes, com impactos variados na autonomia, cognição, mobilidade ou comportamento do indivíduo.

Muitas vezes, o próprio paciente não tem clareza sobre o que está enfrentando. Ele busca ajuda por sintomas isolados, como fadiga, tontura, perda de força, alterações de fala ou raciocínio lento, e acaba recebendo tratamentos direcionados apenas para alívio pontual. 

Mas quando o sistema nervoso está envolvido, esses sinais precisam ser investigados com mais profundidade. A repetição, a progressão e a combinação dos sintomas são os principais alertas.

Vale dizer que, apesar da gravidade que o termo “distúrbios neurológicos” pode sugerir, nem todos os quadros são irreversíveis. 

Com o diagnóstico certo, muitos casos podem ser controlados, estabilizados ou até tratados com sucesso. O problema está em ignorar ou minimizar os sinais iniciais. 

Diferença entre distúrbio, síndrome e transtorno neurológico

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Distúrbio neurológico é o termo mais amplo. Ele engloba qualquer alteração no funcionamento do sistema nervoso. Isso inclui doenças de origem genética, degenerativa, autoimune, infecciosa ou traumática. 

Ou seja, sempre que há uma disfunção no cérebro, na medula ou nos nervos periféricos, estamos falando de um distúrbio neurológico. Ele é o guarda-chuva que abarca síndromes, transtornos e outras classificações clínicas.

A síndrome neurológica, por outro lado, se refere a um conjunto de sinais e sintomas que costumam aparecer juntos e que seguem um padrão conhecido, mas que nem sempre têm uma causa única identificada. 

A síndrome pode ter origem neurológica, mas também pode ser consequência de outras condições. 

Um exemplo clássico é a síndrome de Tourette, marcada por tiques motores e vocais, que envolvem circuitos neurológicos específicos, mas ainda carecem de explicações fechadas sobre sua origem exata.

Já o transtorno neurológico geralmente aponta para alterações que envolvem o comportamento, a cognição, o humor ou o funcionamento psíquico, sempre com base em disfunções do sistema nervoso. 

Transtornos do espectro autista, transtornos de movimento, transtornos de linguagem e de atenção são exemplos. 

Eles fazem parte dos distúrbios neurológicos, mas seu foco está na forma como essas alterações afetam o funcionamento mental e comportamental da pessoa.

Essa diferença é relevante na prática clínica. Um distúrbio neurológico pode ser progressivo, agudo ou estável. 

Uma síndrome pode ter múltiplas causas e afetar diversos sistemas. Um transtorno pode afetar a qualidade de vida sem gerar lesões visíveis em exames de imagem. 

O tratamento muda dependendo da forma como o diagnóstico é categorizado, porque a abordagem precisa ser individualizada e adequada ao que de fato está afetando aquele organismo.

É comum ver diagnósticos mistos. Uma pessoa pode ter um distúrbio neurológico com manifestações sindrômicas e transtornos associados. 

Isso não complica só a vida do paciente, mas também a dos profissionais que o acompanham. 

Quais são os principais sintomas de distúrbios neurológicos?

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A lista é longa porque o sistema nervoso está envolvido em praticamente todas as funções do corpo. Pequenas falhas podem gerar manifestações muito diferentes, como:

  • Dificuldade para andar;
  • Tremores involuntários;
  • Formigamentos persistentes;
  • Alterações na fala;
  • Esquecimentos frequentes;
  • Visão embaçada;
  • Dores que não cedem;
  • Episódios de confusão mental;
  • Perda de coordenação;
  • Sensação de peso nos membros;
  • Desmaios;
  • Tiques;
  • Convulsões;
  • Lentidão no raciocínio;
  • Alterações no humor ou no sono.

Às vezes, a pessoa sente algo estranho no próprio corpo, mas não consegue descrever com clareza. Essa falta de precisão no relato é comum em distúrbios neurológicos e muitas vezes atrasa o diagnóstico. 

Nem sempre o sintoma é físico. Alguns sinais são emocionais ou comportamentais e acabam sendo tratados de forma isolada, sem que se perceba a origem neurológica do problema.

Os distúrbios neurológicos não seguem uma regra única. Em algumas pessoas, os sintomas aparecem de forma súbita, com impacto claro. Em outras, surgem aos poucos, se acumulando de maneira quase imperceptível. 

O que complica é que muitos sintomas também aparecem em condições não neurológicas, o que dificulta a diferenciação. 

Mas quando os sinais persistem, evoluem ou aparecem em combinação, a investigação precisa ser mais aprofundada.

Quais são os distúrbios neurológicos mais comuns?

Existe uma variedade enorme de distúrbios neurológicos que afetam pessoas de todas as idades, em diferentes fases da vida. 

Alguns têm início na infância, outros surgem mais tarde, com o passar dos anos, e há também os que aparecem após uma infecção, um trauma ou uma disfunção imunológica. 

Mesmo com características e causas diferentes, todos eles têm algo em comum: afetam diretamente o funcionamento do sistema nervoso, gerando alterações que comprometem o dia a dia.

Não é tão simples identificar esses quadros logo no começo. Os sintomas variam muito e nem sempre são evidentes. 

Uma mudança sutil na coordenação motora, um tremor leve que ninguém percebe, uma dificuldade de lembrar informações simples, uma dor que não tem causa clara, ou uma oscilação no humor que parece passageira. 

Quando esses sinais aparecem de forma isolada, pouca gente relaciona com distúrbios neurológicos. Mas, quando se acumulam ou se repetem, indicam que algo mais profundo está acontecendo.

Para organizar melhor essa discussão, vale dividir os distúrbios neurológicos em alguns grupos principais:

1. Doenças neurodegenerativas

Nesse grupo, os distúrbios neurológicos costumam avançar com o tempo, atingindo áreas específicas do cérebro ou da medula, e afetando funções como memória, movimento, linguagem, raciocínio, coordenação e equilíbrio. 

A característica mais marcante dessas doenças é a perda progressiva de neurônios ou de conexões nervosas, o que compromete o funcionamento de circuitos essenciais para a autonomia e a qualidade de vida.

A maioria das pessoas associa esses quadros ao envelhecimento, mas isso nem sempre corresponde à realidade. 

Alguns distúrbios neurológicos desse tipo aparecem de forma precoce, e mesmo os que se manifestam na terceira idade nem sempre são parte “natural” do processo de envelhecimento. 

O que acontece é que, com o passar dos anos, as estruturas cerebrais ficam mais vulneráveis, e, em algumas pessoas, surgem alterações que aceleram a degeneração.

Um dos principais problemas aqui é o diagnóstico tardio. Como os sintomas surgem de forma gradual, há um intervalo longo entre o início do processo e a confirmação do que está acontecendo. 

Perda de memória recente, dificuldade de concentração, desequilíbrios frequentes, alterações na forma de andar, rigidez muscular ou mudanças no comportamento podem parecer sutis no começo, mas precisam ser observadas com atenção. 

O histórico familiar, os hábitos de vida, a presença de doenças associadas e o estilo de alimentação também devem ser considerados, porque influenciam o risco e a evolução desses distúrbios neurológicos.

2. Doenças inflamatórias e autoimunes

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Quando o sistema imune começa a atacar tecidos do próprio corpo, estruturas neurológicas também podem ser atingidas. Nessas situações, surgem distúrbios neurológicos com mecanismos diferentes dos degenerativos. 

Aqui, o problema central não é o desgaste natural das células, mas uma reação desregulada do organismo contra ele mesmo, criando um processo inflamatório que interfere na função dos nervos, da medula ou do cérebro.

O início costuma ser mais abrupto. De repente, a pessoa sente perda de força em um lado do corpo, alterações visuais, dormência prolongada, dificuldade de andar ou até episódios de confusão mental. 

Muitas vezes, esses sinais vêm acompanhados de febre, dor, fadiga intensa ou sintomas que parecem infecção, mas não melhoram com medidas simples. 

Os distúrbios neurológicos dessa categoria exigem uma investigação rápida, porque a inflamação pode evoluir e causar danos permanentes se não for tratada logo.

Em alguns casos, o ataque do sistema imune acontece após uma infecção viral ou bacteriana. Em outros, surge sem causa definida. 

O fato é que essas condições precisam ser reconhecidas com agilidade, porque o tempo entre os primeiros sintomas e o início do tratamento pode influenciar diretamente no prognóstico. 

Isso vale para doenças como esclerose múltipla, neuromielite óptica, encefalite autoimune, síndrome de Guillain-Barré, entre outras.

3. Transtornos neurológicos infantis

O desenvolvimento do sistema nervoso durante a infância é complexo, cheio de fases importantes que definem a forma como a criança se movimenta, fala, pensa, sente e se relaciona. 

Quando algo nesse processo não ocorre como esperado, surgem distúrbios neurológicos que interferem diretamente nas habilidades da criança, afetando não só o desempenho, mas também sua autoestima, socialização e autonomia.

Esses quadros variam bastante. Alguns aparecem logo nos primeiros meses de vida. Outros se manifestam com mais clareza na fase escolar, quando as demandas cognitivas e sociais aumentam. 

Alterações no tônus muscular, atraso para sentar ou andar, dificuldade de manter o olhar, ausência de fala, crises convulsivas, rigidez corporal, comportamentos repetitivos, hiperatividade, dificuldade de interação ou de aprendizagem são sinais de alerta. 

Quando presentes de forma persistente, precisam ser investigados como possíveis distúrbios neurológicos.

A identificação precoce é essencial. Muitos pais percebem que algo está diferente, mas são orientados a esperar ou a “não se preocupar antes da hora”. Isso atrasa o diagnóstico e, com ele, o início das intervenções. 

Em distúrbios neurológicos infantis, o tempo conta — quanto mais cedo as terapias começam, maiores as chances de melhorar o desenvolvimento e de ampliar a funcionalidade da criança.

O que pode causar um distúrbio neurológico?

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Distúrbios neurológicos não aparecem do nada. Eles têm origem em alterações que afetam o sistema nervoso de forma direta ou indireta, e isso pode acontecer por vários caminhos. 

Em alguns casos, o problema começa já na formação do cérebro, ainda durante a gestação. 

Em outros, se desenvolve com o tempo, depois de um trauma, de uma infecção, de uma exposição a substâncias tóxicas, ou até por conta de fatores hereditários que se manifestam de forma progressiva. 

O mais importante é entender que nenhuma causa é simples, e quase sempre há mais de um fator envolvido.

Fatores genéticos, traumas, infecções e intoxicações

Crianças, adolescentes, adultos jovens, qualquer pessoa pode ser afetada por algum tipo de alteração neurológica. E boa parte disso começa com predisposições genéticas. 

Quando há histórico familiar, as chances aumentam. Isso não significa que a pessoa vai, obrigatoriamente, desenvolver a doença, mas sim que o risco existe, e que o acompanhamento precisa ser mais atento. 

Além da genética, os traumas físicos também são causas frequentes. Um acidente, uma pancada na cabeça, uma lesão na coluna ou um ferimento que compromete a medula podem gerar distúrbios neurológicos.

Nem todo trauma é visível ou tem consequência na hora. Às vezes, os sintomas começam meses depois, quando o corpo já não consegue mais compensar o dano. 

E quando se trata do sistema nervoso, mesmo lesões pequenas podem ter impacto grande, porque cada região tem uma função específica.

As infecções também entram nessa lista. Vírus, bactérias, fungos e até parasitas podem atingir estruturas neurológicas e desencadear inflamações, danos aos tecidos ou respostas imunológicas que saem do controle. 

Algumas infecções comuns, como zika, HIV, herpes, sífilis, ou mesmo meningite bacteriana, têm potencial para gerar distúrbios neurológicos em diferentes níveis. 

E nem sempre a infecção é detectada a tempo. Muitas vezes, os sinais aparecem quando o sistema nervoso já foi comprometido.

Outro ponto pouco falado é a intoxicação por substâncias químicas. Isso inclui não só o uso prolongado de certos medicamentos, mas também a exposição a agrotóxicos, metais, solventes, drogas ilícitas e até álcool em excesso. 

Com o tempo, essas substâncias podem danificar estruturas cerebrais ou desencadear processos degenerativos. 

Como é feito o diagnóstico de um distúrbio neurológico?

O processo começa, quase sempre, com a percepção de que algo está diferente. 

Pode ser uma sensação estranha no corpo, uma mudança de comportamento, um sintoma que se repete sem explicação, uma falha de memória que incomoda, uma fraqueza que não passa. 

Nenhum exame isolado substitui uma boa anamnese. Saber como o sintoma começou, há quanto tempo, se piora em determinadas situações, se já foi tratado antes, o que melhorou ao longo do tempo — tudo isso é fundamental. 

Uma mudança sutil no andar, uma dificuldade para encontrar palavras, uma alteração no sono, tudo precisa ser considerado.

Depois dessa conversa inicial, o exame neurológico ajuda a identificar sinais que nem sempre o paciente percebe. 

Testes de força, coordenação, reflexos, equilíbrio, sensibilidade, linguagem e visão fazem parte da rotina de avaliação. 

Eles mostram como o sistema nervoso está funcionando e, muitas vezes, já indicam qual parte pode estar comprometida. Mas nem sempre o exame físico é suficiente. Em muitos casos, é preciso partir para exames complementares.

Os exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, ajudam a visualizar alterações estruturais no cérebro e na medula. Eles são úteis para identificar lesões, tumores, áreas com inflamação ou degeneração. 

Já os exames funcionais, como o eletroencefalograma, avaliam a atividade elétrica do cérebro, o que é essencial em casos de epilepsia, crises convulsivas ou alterações de consciência. 

Em distúrbios neurológicos mais específicos, podem ser necessários exames genéticos, punção lombar, eletroneuromiografia ou testes laboratoriais que identifiquem infecções, deficiências nutricionais ou marcadores inflamatórios.

Mesmo com toda essa tecnologia, o diagnóstico ainda depende da interpretação clínica. Distúrbios neurológicos não têm um único exame que confirme tudo. 

Muitas vezes, é o conjunto de informações que permite fechar o diagnóstico. E isso leva tempo. 

Distúrbios neurológicos têm cura?

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Há condições que são reversíveis, outras que podem ser controladas com sucesso, e algumas que têm um curso progressivo, mas que ainda assim podem ser desaceleradas com o cuidado certo. 

Falar de cura em termos absolutos pode gerar uma falsa expectativa ou, por outro lado, um desânimo que atrapalha o tratamento.

Nos quadros mais simples, causados por infecções pontuais, deficiências nutricionais ou intoxicações temporárias, é possível sim reverter os sintomas, desde que o diagnóstico seja feito no início e a causa seja removida. 

Nesses casos, o sistema nervoso tem uma capacidade de recuperação considerável, especialmente quando a inflamação ou o dano não foi extenso. 

Existem também os distúrbios neurológicos que não têm cura, mas que podem ser estabilizados. É o caso de muitas doenças autoimunes, degenerativas ou genéticas. 

Com medicamentos, fisioterapia, terapias complementares e mudanças no estilo de vida, o avanço dos sintomas pode ser retardado, e o impacto no dia a dia pode ser reduzido. Muita gente convive com esses quadros por anos, com autonomia preservada e qualidade de vida, desde que tenha acesso a tratamento contínuo e uma rede de apoio funcional.

Há ainda as condições crônicas que causam sequelas, mas que não impedem o paciente de reconstruir sua rotina. Nesses casos, o foco muda. 

O objetivo não é curar, mas reabilitar, adaptar, garantir o máximo de funcionalidade possível. Isso é especialmente importante em distúrbios neurológicos que afetam a fala, o movimento ou a cognição

A pessoa aprende novas formas de se expressar, de se locomover, de lidar com suas limitações, e isso é parte do processo de cuidado.

Possibilidades de controle, remissão e acompanhamento contínuo

Muita gente ainda acredita que distúrbios neurológicos não têm saída, que a partir do diagnóstico tudo só piora, que não há o que fazer. Só que isso não é verdade. 

Existem, sim, formas reais de controle, estratégias que ajudam a reduzir os sintomas, frear a progressão e melhorar a rotina. 

E mesmo nos casos em que não há cura, é possível viver com mais conforto, com mais autonomia, com menos sofrimento.

Esse controle pode vir com o uso de medicamentos que atuam diretamente nos circuitos neurológicos, com o ajuste de doses ao longo do tempo, com a inclusão de terapias complementares que fazem sentido para aquele caso. 

Pode vir com mudanças na alimentação, no sono, na organização do dia, na forma como a pessoa lida com estímulos sensoriais, na forma como ela se recupera de crises. 

Alguns pacientes chegam a entrar em remissão parcial ou completa, especialmente nos casos inflamatórios ou autoimunes, quando o tratamento é iniciado cedo. 

Isso não significa que o problema desapareceu, mas que está sob controle, sem crises ativas, sem sintomas que atrapalhem o dia a dia. 

Para que isso aconteça, o acompanhamento não pode ser interrompido, mesmo quando tudo parece bem. Porque nesses quadros, a estabilidade não é estática, ela depende de vigilância constante.

No caso de distúrbios neurológicos degenerativos, o foco costuma ser outro. A ideia é desacelerar o avanço, preservar habilidades, manter a autonomia pelo maior tempo possível. 

Acompanhamento frequente com neurologistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos faz parte disso. Quanto mais cedo essas equipes entram, maiores as chances de preservar qualidade de vida.

A medicina tem avançado muito, novas abordagens vêm surgindo, e entre elas, o uso do CBD tem ganhado destaque em distúrbios mentais e neurológicos. E é sobre isso que o próximo tópico vai tratar.

O que os estudos científicos dizem sobre o uso do CBD no tratamento de distúrbios mentais?

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Uma revisão publicada em 2023 trouxe dados de dezenas de ensaios clínicos e estudos pré-clínicos que testaram o CBD em distúrbios neurológicos como Parkinson, doença de Alzheimer e esclerose múltipla, além de quadros mentais como esquizofrenia e transtorno de ansiedade generalizada. 

A ação do CBD sobre os receptores do sistema endocanabinoide mostrou efeito direto na regulação do humor, da memória, do sono, da dor e do comportamento. 

Além disso, o CBD demonstrou capacidade de reduzir a neuroinflamação, modular a liberação de glutamato, diminuir a excitabilidade neuronal e proteger neurônios contra processos degenerativos. 

Esses efeitos, combinados, ajudam a explicar por que ele tem sido eficaz em distúrbios neurológicos onde outros tratamentos falham ou causam efeitos colaterais intensos.

Em casos de epilepsia refratária, o uso do CBD já está aprovado em diversos países. Crianças que não respondiam a nenhum anticonvulsivante passaram a ter controle das crises com o uso contínuo de doses bem ajustadas de CBD. 

Os mecanismos envolvidos vão além da simples supressão das convulsões — eles atuam em processos que reduzem a atividade elétrica desregulada no cérebro, sem os mesmos riscos de sedação ou dependência.

No caso da esclerose múltipla, o CBD tem sido usado para reduzir espasticidade muscular, dor crônica e fadiga. 

Os pacientes relatam melhora funcional, qualidade de sono e menos interferência dos sintomas na rotina. Tudo isso sem os efeitos adversos comuns de outros imunomoduladores usados nesses distúrbios neurológicos.

Na doença de Parkinson, o CBD mostrou efeito na redução de tremores em repouso, rigidez muscular e distúrbios do sono REM, além de melhora em sintomas de ansiedade. 

O uso contínuo, com ajuste individual de dosagem, foi associado a maior estabilidade motora, menor oscilação de humor e melhor adaptação à progressão da doença.

Conclusão

Distúrbios neurológicos precisam ser enfrentados com informação, clareza e cuidado contínuo. Ninguém precisa passar por isso sozinho. 

Existe tratamento, existe acompanhamento, existe a possibilidade real de melhora. 

E se o seu diagnóstico está confuso, se os sintomas não fazem sentido ou se o tratamento atual não está funcionando, talvez seja hora de olhar para outras possibilidades.

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