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Doenças de Pele Brasil: visibilidade, política pública e novas fronteiras terapêuticas

Doenças de Pele Brasil: visibilidade, política pública e novas fronteiras terapêuticas

A trajetória da Doenças de Pele Brasil e o avanço das terapias canabinoides convergem em um ponto comum: informação baseada em evidência e humanização do cuidado. Conheça a história da entidade e saiba quais são as alternativas do uso tópico da Cannabis medicinal.

Publicado em

10 de outubro de 2025

• Revisado por

Fala, escreve e pesquisa sobre Cannabis, saúde e bem-estar. Mestre em Comunicação e Cultura, com passagem pela Unesco, já produziu milhares de histórias e conversas que mostram como a Cannabis transforma vidas. Mãe de dois, acredita em um mundo onde conhecimento e consciência caminham junto da planta.

Não é apenas uma impressão que trago desde que comecei o projeto do Portal Cannabis & Saúde de construir pontes entre associações de pacientes, médicos e a terapia canabinoide, mas uma constatação. Eu, você e a maioria das pessoas encontram nas associações de pessoas com a mesma condição um lugar de acolhimento, pertencimento e identificação. Ali, o diálogo é horizontal, entre “gente como a gente”, o que transforma o cuidado em algo mais humano e acessível. Para Gladis Lima, fundadora da Doenças de Pele Brasil, essa percepção é precisa. A empatia acontece entre pares iguais, resume.

Talvez seja justamente essa conexão orgânica que explique o rápido crescimento da entidade, que em poucos anos consolidou uma rede nacional de apoio ativa, unindo campanhas educativas, frentes parlamentares e engajamento digital. O resultado é um movimento que não apenas informa sobre doenças de pele, mas inspira. E mostra que quando o paciente é ouvido, a mudança começa de dentro para fora.

“À medida que a ciência avança e as políticas públicas se fortalecem, pacientes ganham novas possibilidades de tratamento e qualidade de vida. E isso lembrando sempre que a pele fala, e o que ela diz precisa ser ouvido”, explica  Gladis Lima, fundadora da Doença de Pele Brasil.

A história da Doença de Pele: vitiligo, dermatite atópica, hidradenite supurativa e urticária crônica espontânea

A organização surgiu, primeiramente, dentro da Psoríase Brasil, uma das entidades mais respeitadas do país no campo das doenças crônicas de pele. Criada oficialmente em 2022, a iniciativa veio através da necessidade de ampliar o debate para além da psoríase e incluir patologias como vitiligo, dermatite atópica, hidradenite supurativa e urticária crônica espontânea, condições que compartilham desafios semelhantes de diagnóstico tardio, dor física e sofrimento emocional.

“Com a experiência acumulada, decidimos dar voz a mais pacientes e levar informação científica a quem ainda vive invisível dentro do sistema de saúde”, explica Gladis.

Mais de 20k de seguidores: a adesão das redes sociais e o impacto internacional

Hoje, o projeto já ultrapassa 20 mil seguidores nas redes sociais, participa de audiências públicas da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) e contribui com o debate sobre protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas da dermatologia no Brasil

A entidade também tem representação internacional, sendo a única da América Latina a integrar o Conselho Global de Líderes de Vitiligo, em Paris, e atua em parceria com parlamentares da Frente Parlamentar pelas Doenças Crônicas de Pele.

“Menos peso na pele e mais peso na decisão”

Além do trabalho político, a associação aposta em comunicação científica e empatia, defendendo que “menos peso na pele e mais peso na decisão” é o caminho para políticas públicas mais justas. A meta é transformar dados de vida real em metas de governo. E, assim, medir o tempo até o diagnóstico, a adesão ao tratamento e a qualidade de vida. O objetivo é publicar resultados que orientem investimentos. No próximo dia 15, a entidade realiza o III Simpósio Nacional de Doenças Crônicas de Pele, em Brasília, reforçando o elo entre pacientes, pesquisadores e gestores públicos.

Cannabis medicinal na dermatologia: ciência e esperança

O uso da Cannabis medicinal no tratamento de doenças de pele vem ganhando espaço em centros de pesquisa e na prática clínica, especialmente em casos de inflamações resistentes e condições autoimunes. Estudos indicam que os canabinoides, como o Canabidiol (CBD) e o THC, modulam a resposta inflamatória e reduzem a hiperproliferação de queratinócitos, processo comum em doenças como a psoríase e a dermatite atópica. Esta pesquisa publicada recentemente destaca que o CBD tópico pode diminuir coceira, dor e inflamação, além de melhorar a hidratação da pele e o equilíbrio do sistema endocanabinoide cutâneo.

A dermatologista Dra. Vanessa Matalobos, referência em terapia canabinoide no Brasil, explica que cada caso exige avaliação individualizada, considerando o tipo de lesão e a patologia envolvida. “Depende da lesão e da patologia a tratar. Cada caso é um caso”, afirma.

Uso tópico de Cannabis

O uso tópico de compostos da Cannabis medicinal, como o CBD, THC e o THCV, tem ganhado espaço na dermatologia por seu potencial anti-inflamatório, antioxidante e regenerador celular. Além disso, a combinação entre o uso tópico e o uso sublingual de Cannabis medicinal amplia os efeitos terapêuticos e o alcance sistêmico dos canabinoides. 

Enquanto a aplicação tópica atua diretamente nas áreas afetadas da pele, promovendo ação local anti-inflamatória e analgésica, o uso sublingual permite uma absorção rápida para o sistema circulatório, ajudando a equilibrar o sistema endocanabinoide de forma integral. Essa abordagem combinada pode trazer benefícios em pacientes com condições autoimunes e inflamatórias de pele, favorecendo não apenas a melhora das lesões, mas também a redução do estresse, da dor e da inflamação.

Segundo a Dra. Matalobos, há registros clínicos surpreendentes com o uso de THCV tópico 

“Trato um caso de câncer, por exemplo, estava sangrando direto e, após 15 dias de uso de um produto com alto teor de THC, a melhora foi visível. Tenho usado o THCV tópico em algumas patologias sem cura, com resultados surpreendentes”, relata.

Pesquisas recentes reforçam essas observações da Dra. Matalobos. Um estudo clínico preliminar com 20 pacientes mostrou que o uso de formulações tópicas à base de THC e CBD reduziu significativamente a inflamação e o prurido em lesões psoriásicas, sem efeitos adversos graves. O uso médico da Cannabis em dermatologia é visto hoje como um campo em expansão, e se você quer começar o seu tratamento visite nossa plataforma com mais de 300 profissionais prescritores de Cannabis medicinal e agende uma consulta.

𝗜𝗺𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲: O acesso legal à Cannabis medicinal no Brasil é permito mediante indicação e prescrição de um profissional de saúde habilitado. Caso você tenha interesse em iniciar um tratamento com canabinoides, consulte um profissional com experiência nessa abordagem terapêutica.

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O Cannabis& Saúde é um portal de jornalismo, que fornece conteúdos sobre Cannabis para uso medicinal, e, preza pelo cumprimento legal de todas as suas obrigações, em especial a previsão Constitucional Federal de 1988, dos seguintes artigos. Artigo 220, que estabelece que a liberdade de expressão, criação, informação e manifestação do pensamento não pode ser restringida, desde que respeitados os demais dispositivos da Constituição.
Os artigos seguintes, até o 224, tratam de temas como a liberdade de imprensa, a censura, a propriedade de empresas jornalísticas e a livre concorrência.

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