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Doenças do sistema nervoso: principais tipos, sintomas e cuidados

Doenças do sistema nervoso: principais tipos, sintomas e cuidados

Publicado em

26 de junho de 2025

• Revisado por

As doenças do sistema nervoso estão mais presentes na vida das pessoas do que se imagina. 

Elas podem se manifestar de formas bem diferentes: às vezes, como uma dificuldade de memória que vai se tornando frequente. 

Outras vezes, aparecem de maneira brusca, como uma crise convulsiva, um tremor, uma paralisia ou até uma perda de consciência. 

O fato é que, quando algo não vai bem no cérebro, na medula ou nos nervos, os sinais costumam ser claros — mas nem sempre fáceis de entender.

Este artigo é justamente para quem quer entender um pouco mais sobre como funciona o sistema nervoso, por que ele é tão sensível e como certas disfunções podem impactar desde as funções mais simples.

Abaixo, você vai encontrar respostas que ajudam a compreender melhor esse universo, além de refletir sobre um ponto que pouca gente discute: o que, de fato, é possível fazer para tratar as doenças neurológicas:

  • O que é o sistema nervoso e como ele funciona? 
  • Quais são as principais doenças do sistema nervoso? 
  • Quais doenças afetam o sistema nervoso central e periférico? 
  • Sintomas mais comuns das doenças do sistema nervoso 
  • Como é feito o diagnóstico das doenças neurológicas? 
  • Tratamentos para doenças do sistema nervoso 
  • O papel do Canabidiol (CBD) no tratamento neurológico

O que é o sistema nervoso e como ele funciona?

como tratar as doencas do sistema nervoso

O sistema nervoso é a estrutura biológica responsável por coordenar todas as atividades do corpo humano

Ele organiza informações que chegam de diferentes partes do organismo, interpreta esses sinais e responde de forma rápida para manter o equilíbrio interno. 

Esse sistema controla desde funções automáticas, como a respiração, até atividades mais complexas, como o raciocínio e a memória.

Na prática, o sistema nervoso funciona por meio da transmissão de impulsos elétricos e químicos. Esses impulsos percorrem uma rede extensa de células nervosas, conhecidas como neurônios. 

Essas células se comunicam entre si por meio de sinapses, onde neurotransmissores agem como mensageiros químicos. A cada segundo, bilhões de sinais são processados dessa forma.

Ele é dividido em duas partes principais: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). 

O SNC inclui o cérebro e a medula espinhal, que têm a função de interpretar os sinais recebidos e comandar as respostas adequadas. 

Já o SNP é formado por nervos que levam informações do corpo para o cérebro e da central de comando de volta para os órgãos e músculos. 

Essa comunicação constante permite que o organismo reaja ao ambiente, tome decisões rápidas e mantenha as funções básicas funcionando corretamente.

A partir dessa compreensão inicial, é possível entender por que alterações nesse sistema podem gerar condições clínicas complexas. 

Quais são as principais doenças do sistema nervoso?

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As doenças do sistema nervoso são um grupo extenso de condições que afetam diferentes estruturas desta rede de comunicação corporal. 

Essas doenças podem comprometer desde a capacidade de movimentação até funções cognitivas importantes, como a memória, o raciocínio e o equilíbrio emocional.

A diversidade de manifestações clínicas chama a atenção porque cada área afetada pode gerar sintomas distintos. Alterações em regiões motoras, por exemplo, provocam dificuldades de movimentação. 

Já lesões em áreas cognitivas podem comprometer a fala, o pensamento e o aprendizado. Além disso, muitas doenças do sistema nervoso evoluem de forma progressiva. Veja algumas delas:

1. Doença de Alzheimer

Entre as doenças do sistema nervoso, a doença de Alzheimer ocupa um lugar de destaque, especialmente por ser uma das principais causas de demência em idosos. 

Esse transtorno neurodegenerativo tem como característica a perda progressiva de funções cognitivas, afetando diretamente a memória, o pensamento lógico e a capacidade de realizar atividades diárias simples.

O processo que leva ao desenvolvimento do Alzheimer envolve alterações estruturais no cérebro. Um dos primeiros eventos identificados é o acúmulo anormal de proteínas, como a beta-amiloide e a proteína tau. 

Estes depósitos formam placas e emaranhados que prejudicam a comunicação entre os neurônios. Com o passar do tempo, as células nervosas começam a morrer, provocando uma redução no volume cerebral.

Inicialmente, as áreas mais afetadas são aquelas relacionadas à memória recente e ao aprendizado, como o hipocampo. 

À medida que a condição avança, outras regiões cerebrais passam a ser comprometidas, afetando a linguagem, o raciocínio e a orientação espacial.

A ativação crônica das células de defesa do sistema nervoso central, conhecidas como micróglias, contribui para a progressão do quadro. 

Essas células passam a liberar substâncias inflamatórias que aceleram a morte neuronal e ampliam os danos.

Do ponto de vista clínico, o diagnóstico de Alzheimer envolve uma combinação de avaliação cognitiva, exames de imagem e exclusão de outras causas possíveis de demência. 

Testes neuropsicológicos ajudam a medir a extensão da perda de memória e de outras funções cerebrais. Já os exames por imagem, como a ressonância magnética, permitem visualizar o grau de atrofia cerebral.

Atualmente, não há cura para essa que é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso. No entanto, existem medicamentos que buscam retardar a progressão dos sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

2. Acidente vascular cerebral (AVC)

Entre as doenças do sistema nervoso, o acidente vascular cerebral, conhecido pela sigla AVC, representa uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. 

Ele ocorre quando há uma interrupção ou redução do fluxo sanguíneo em determinada região do cérebro. Isso impede que o tecido cerebral receba oxigênio e nutrientes, levando à morte de células nervosas em poucos minutos.

Existem dois tipos de AVC. O primeiro é o AVC isquêmico, que acontece quando um vaso sanguíneo é obstruído, geralmente por um coágulo. Esse tipo corresponde à maioria dos casos registrados. 

Já o segundo é o AVC hemorrágico, caracterizado pelo rompimento de um vaso, o que leva ao extravasamento de sangue dentro do cérebro. Ambos são emergências médicas e exigem intervenção rápida para minimizar os danos.

O desenvolvimento do AVC está diretamente associado a fatores de risco que, em muitos casos, poderiam ser controlados. 

Hipertensão, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo e tabagismo são alguns dos elementos que aumentam significativamente as chances de desenvolver essa condição. 

Os sintomas surgem de forma súbita e costumam incluir perda de força ou sensibilidade em um dos lados do corpo, dificuldade para falar, entender ou se comunicar, alterações na visão e perda de equilíbrio. 

A intensidade desses sinais pode variar, mas qualquer manifestação deve ser encarada como um alerta máximo. Tempo, nesse contexto, é sinônimo de preservação da função cerebral.

Há casos em que a pessoa recupera grande parte das funções, principalmente quando recebe atendimento nas primeiras horas. 

Por outro lado, há situações em que a pessoa desenvolve sequelas motoras, cognitivas ou na fala, que podem comprometer a qualidade de vida de forma definitiva.

3. Doença de Parkinson

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A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva que compromete principalmente o controle dos movimentos. 

Ela se enquadra entre as doenças do sistema nervoso mais frequentes na população idosa, embora também possa ocorrer em pessoas mais jovens, em casos menos comuns.

O quadro se desenvolve a partir da degeneração de células localizadas em uma região específica do cérebro chamada substância negra. 

Essas células são responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor essencial para a regulação dos movimentos. 

À medida que esses neurônios vão morrendo, a quantidade de dopamina disponível diminui drasticamente, prejudicando a comunicação entre as áreas cerebrais que coordenam os movimentos.

Os sinais clínicos costumam se manifestar de forma gradual. Tremores em repouso, lentidão nos movimentos, rigidez muscular e alterações na postura são características clássicas. 

A marcha também se torna alterada, com passos curtos, dificuldade para iniciar ou parar de andar e, em muitos casos, episódios de congelamento.

Embora a doença de Parkinson seja conhecida principalmente pelos sintomas motores, ela também apresenta manifestações não motoras. 

Entre elas, destacam-se distúrbios do sono, alterações no olfato, constipação intestinal, ansiedade, depressão e, em estágios mais avançados, comprometimento cognitivo.

Por fazer parte do grupo de doenças do sistema nervoso de caráter progressivo, o tratamento do Parkinson tem como foco o controle dos sintomas. 

O principal medicamento utilizado é a levodopa, que age como precursor da dopamina, ajudando a aliviar os sintomas motores. 

Existem também outros fármacos, como agonistas dopaminérgicos e inibidores da MAO-B, que complementam a estratégia terapêutica.

4. Epilepsia

A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por uma predisposição do cérebro a gerar descargas elétricas anormais e recorrentes. 

Essas descargas provocam crises epilépticas, que podem se manifestar de diversas formas, desde episódios discretos até convulsões generalizadas.

Essa condição está entre as doenças do sistema nervoso mais prevalentes no mundo, atingindo milhões de pessoas. Ela não é uma doença única, mas sim um grupo de síndromes com múltiplas causas. 

Pode ser consequência de lesões cerebrais, traumas, infecções, malformações, alterações genéticas ou, em muitos casos, de origem desconhecida.

As crises epilépticas são classificadas de acordo com o local onde se originam e como se espalham. Existem as crises focais, que se iniciam em uma área específica, e as generalizadas, que envolvem ambos os hemisférios cerebrais. 

A manifestação varia: perda de consciência, movimentos involuntários, espasmos, alterações sensoriais e, em algumas situações, episódios de ausência momentânea.

5. Esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma das doenças do sistema nervoso que mais confundem no começo. 

Os sintomas aparecem aos poucos, somem por um tempo, voltam com outro formato, e isso leva muita gente a pensar que é estresse, má postura, ou qualquer coisa passageira. 

O problema está no sistema imune atacando a bainha de mielina, que é a camada que recobre e protege os neurônios. 

Sem essa camada, a transmissão dos impulsos nervosos fica comprometida, e isso se reflete em tudo o que depende do cérebro e da medula para funcionar — movimento, equilíbrio, visão, fala, controle da bexiga, raciocínio.

Não existe uma forma única de a doença se manifestar. Em algumas pessoas, o sintoma inicial é visão dupla ou embaçada. Em outras, é uma dormência estranha que sobe pelas pernas e não passa. 

Há também quem comece a sentir fadiga extrema, dificuldade para andar, desequilíbrio ao fazer coisas simples. Como esses sinais vão e voltam no início, nem sempre são levados a sério. 

Mas o tempo entre o primeiro surto e o diagnóstico pode ser crucial. Quanto antes o tratamento começa, mais chances há de reduzir os danos permanentes.

Essa condição costuma surgir entre os 20 e os 40 anos, com leve predominância entre mulheres. Ainda não se sabe ao certo a causa, mas a hipótese mais aceita é a combinação de fatores genéticos e ambientais. 

Infecções virais prévias, como o vírus Epstein-Barr, estão entre os fatores observados em muitos casos. Há também uma relação com baixos níveis de vitamina D, e isso acende o alerta em países com pouca exposição solar.

6. Neuropatias periféricas

doencas do sistema nervoso

Quem convive com neuropatias periféricas geralmente começa a perceber os sintomas nos pés. Primeiro, uma dormência leve. Depois, formigamento. 

Com o tempo, o desconforto sobe pelas pernas e, nos casos mais avançados, afeta as mãos, desequilibra o corpo e compromete até movimentos simples, como segurar objetos ou caminhar em linha reta. 

O problema está nos nervos periféricos, que são responsáveis por levar comandos do cérebro até os músculos, e trazer de volta as informações de tato, temperatura e dor. 

As causas são inúmeras. A mais comum é o diabetes mal controlado. A glicose alta danifica os vasos que irrigam os nervos e compromete o funcionamento deles com o passar do tempo. Mas não para por aí. 

Alcoolismo, deficiências vitamínicas (como B1, B6 e B12), infecções como hanseníase e HIV, exposição a agrotóxicos ou metais pesados, doenças autoimunes e até medicamentos podem desencadear o mesmo tipo de dano. 

O ponto em comum é a lesão progressiva das fibras nervosas que conectam o sistema nervoso central ao restante do corpo.

Diferente de outras doenças do sistema nervoso, as neuropatias periféricas podem ter recuperação, desde que o fator causador seja controlado. Se a origem for nutricional, corrigir a carência pode trazer melhora. 

Se for o uso de algum medicamento, trocar a substância ou suspender pode estabilizar o quadro. Já nas neuropatias autoimunes, o tratamento costuma envolver imunoglobulina, corticoides ou plasmaférese. 

Em todos os casos, controlar a dor é parte importante da abordagem. E não é qualquer analgésico que funciona. A dor neuropática responde melhor a medicações como gabapentina, pregabalina ou antidepressivos tricíclicos.

Sintomas mais comuns das doenças do sistema nervoso

A lista de sintomas das doenças do sistema nervoso é extensa, mas o que realmente importa é entender como essas manifestações interferem no dia a dia da pessoa, como surgem e em que contexto aparecem. 

Abaixo, segue a lista dos sinais mais comuns das doenças do sistema nervoso:

  • Fraqueza muscular: É comum em quadros que envolvem lesões na medula espinhal, nervos periféricos ou doenças degenerativas;
  • Dormência e formigamento: Sensações de perda de sensibilidade, formigamento constante ou choques espontâneos são sinais de que os nervos periféricos podem estar comprometidos;
  • Alteração na coordenação motora: A dificuldade de realizar movimentos precisos, tropeços frequentes, quedas sem motivo claro ou falhas na escrita podem indicar lesão no cerebelo ou em conexões motoras centrais;
  • Tremores e movimentos involuntários: O tremor pode surgir em repouso ou durante uma ação específica, a depender da origem. Já os movimentos involuntários podem se manifestar como espasmos, contrações musculares rápidas ou movimentos repetitivos;
  • Alterações visuais: Perda de visão parcial, visão dupla, flashes luminosos ou sensação de embaçamento constante são sintomas que podem estar ligados a inflamações no nervo óptico, tumores cerebrais ou distúrbios desmielinizantes;
  • Mudanças na fala e linguagem: Falar devagar, ter dificuldade de encontrar palavras, trocar letras ou gaguejar de forma persistente são sinais de alterações em áreas cerebrais responsáveis por linguagem e articulação;
  • Confusão mental: Pequenos esquecimentos, dificuldade de manter o foco ou perder a linha de raciocínio são sinais iniciais que podem indicar quadros como demências, encefalopatias ou comprometimentos metabólicos;
  • Dor neuropática: A dor pode ter origem em compressões nervosas, inflamações ou lesões estruturais;
  • Tontura, vertigem e desorientação: Sensação de que tudo gira ou de que o chão está se movendo pode vir de alterações no labirinto, mas também pode ser sinal de doenças do sistema nervoso central.

Como é feito o diagnóstico das doenças neurológicas?

como ocorrem as-doencas do sistema nervoso

Não existe um único exame que confirme todas as hipóteses. O diagnóstico depende de uma combinação de escuta ativa, avaliação clínica, testes específicos e exames complementares. 

O primeiro passo é sempre entender o que a pessoa está sentindo, quando começou, como evoluiu, e o quanto isso interfere nas atividades do dia a dia. 

A duração dos sintomas, a forma como surgiram e a velocidade com que se agravaram ajudam a distinguir diferentes grupos de doenças. 

Sinais de instalação súbita costumam apontar para eventos agudos, como acidentes vasculares ou crises convulsivas. 

Já sintomas que se desenvolvem aos poucos, com piora progressiva, levantam a suspeita de doenças degenerativas, inflamatórias ou compressivas. Essa diferenciação orienta os próximos passos do raciocínio clínico.

Além do que o paciente relata, o médico avalia também o que observa durante a consulta. O exame neurológico é essencial nessa etapa. 

Ele envolve testes simples, como reflexos, força muscular, coordenação, sensibilidade, movimentação ocular, linguagem e equilíbrio. 

Esses testes ajudam a localizar a área do sistema nervoso que pode estar comprometida. Saber onde está o problema é tão importante quanto saber o que está acontecendo.

Alterações metabólicas, carências nutricionais, infecções ou efeitos colaterais de medicamentos também podem interferir na função cerebral e nervosa. Por isso, exames laboratoriais básicos costumam fazer parte da investigação. 

Avaliar a função renal, hepática, tireoidiana, níveis de vitaminas, marcadores inflamatórios e presença de infecções pode esclarecer muita coisa.

Quando os sinais são compatíveis com doenças do sistema nervoso, o médico solicita exames complementares específicos. A escolha depende do quadro clínico. 

Exames clínicos, neurológicos e de imagem

A confirmação do diagnóstico em doenças do sistema nervoso depende de exames bem escolhidos. 

Nem sempre é preciso fazer todos. Por isso, cada teste tem um objetivo específico e complementa o que já foi observado na consulta.

O primeiro passo é o exame clínico. Ele avalia o corpo como um todo: pressão arterial, frequência cardíaca, respiração, temperatura, peso, altura, entre outros. 

Além disso, o médico verifica sinais visíveis de desidratação, infecções, alterações hormonais ou outras pistas que podem estar relacionadas ao quadro. 

Depois vem o exame neurológico, feito à beira do leito ou no consultório. Aqui, o foco está no funcionamento do sistema nervoso. 

A força muscular é testada em vários grupos musculares, para avaliar se existe perda localizada ou generalizada. Os reflexos são verificados com martelinho específico, observando a intensidade e simetria das respostas. 

A sensibilidade é checada com toques leves, estímulos dolorosos ou mudanças de temperatura.

Coordenação motora e equilíbrio também entram nessa avaliação. O paciente pode ser convidado a caminhar em linha reta, tocar o próprio nariz com os olhos fechados ou manter-se de pé em posições instáveis. 

Pequenas alterações nesses testes indicam lesões em áreas cerebelares ou sensoriais. A fala, o ritmo da linguagem e a articulação das palavras ajudam a identificar distúrbios motores ou afásicos.

A seguir, o neurologista pode solicitar exames complementares. A ressonância magnética é o principal exame de imagem para estudar o cérebro e a medula. 

Ela permite ver lesões inflamatórias, tumores, áreas de isquemia, sangramentos ou alterações estruturais. 

A tomografia computadorizada, apesar de menos detalhada, é útil em situações de emergência, especialmente quando há suspeita de sangramento ou trauma craniano.

O eletroencefalograma (EEG) analisa a atividade elétrica cerebral. É o exame indicado para investigação de crises convulsivas, alterações de consciência e algumas encefalopatias. 

Já a eletroneuromiografia estuda o funcionamento dos nervos periféricos e músculos, identificando padrões típicos de neuropatias, miopatias e doenças da junção neuromuscular.

Em casos específicos, a punção lombar pode ser indicada. Com uma agulha fina, é retirado líquido cefalorraquidiano da medula, que depois é analisado em laboratório. 

Acompanhamento com neurologista

Muitas vezes, a principal diferença entre um paciente que estabiliza e outro que vive em crise está nessa continuidade. 

Quando o tratamento é ajustado com base no que o corpo responde, os efeitos colaterais diminuem, os sintomas ficam mais controláveis e a qualidade de vida melhora. 

Além disso, o neurologista também integra outros profissionais no cuidado. Fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicoterapia, tudo isso pode ser necessário dependendo da evolução do quadro. 

Quem organiza essa rede é o neurologista. Sem esse olhar clínico constante, as doenças do sistema nervoso acabam sendo tratadas de forma isolada, com fragmentos de solução que não conversam entre si.

Tratamentos para doenças do sistema nervoso

tipos de doencas do sistema nervoso

Muita gente acha que tratar doenças do sistema nervoso significa, obrigatoriamente, tomar remédio o resto da vida. Mas o tratamento vai muito além da farmacologia convencional. 

Quando se fala em medicamentos, os mais comuns são os neuromoduladores, anticonvulsivantes, antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos, imunossupressores e anti-inflamatórios de ação central. 

Todos atuam de forma diferente no cérebro ou na medula, dependendo da condição envolvida. Em casos como epilepsia, a prioridade é controlar a excitabilidade dos neurônios. 

Já em doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, o foco é reduzir a inflamação que ataca a bainha de mielina.

Mas o tratamento não se esgota nos fármacos. Existe uma parte essencial que envolve o cuidado interdisciplinar. 

Fisioterapia neurológica, reabilitação cognitiva, terapia ocupacional, estimulação elétrica funcional, treino motor, reabilitação auditiva e visual. Tudo isso pode ser necessário, dependendo da região afetada pelo distúrbio. 

As doenças do sistema nervoso não são localizadas, são sistêmicas, e o impacto motor, sensorial, cognitivo ou emocional precisa ser trabalhado em conjunto.

Além disso, existe um campo crescente de intervenções neurotecnológicas. Estimulação magnética transcraniana, neuromodulação não invasiva, realidade virtual aplicada à reabilitação neurológica. 

São estratégias que já estão sendo aplicadas na prática clínica, com bons resultados em pacientes com dor crônica, AVC, parkinsonismo, lesões medulares, e até em síndromes raras. 

Alimentação e suplementação também entram no plano de cuidado. Algumas condições pioram com deficiência de vitaminas do complexo B, magnésio, ou com excesso de glutamato. 

A integração dessas estratégias permite montar um plano mais completo. E quando esse plano já está sendo seguido com suporte médico, abre-se espaço para incluir outras abordagens, como o uso de canabinoides. 

O papel do Canabidiol (CBD) no tratamento neurológico

quais sao as doencas do-sistema nervoso

O uso de CBD no tratamento de doenças do sistema nervoso não é mais uma aposta ou algo experimental. É uma estratégia que já tem respaldo em diversas áreas da neurologia. 

O que muita gente ainda não entende é que o CBD não atua como um medicamento convencional. Ele modula o sistema endocanabinoide, que por sua vez regula uma série de funções neurológicas fundamentais.

Esse sistema está envolvido no controle da dor, da inflamação, da excitabilidade elétrica, do humor, do apetite, da plasticidade sináptica e da neurogênese. 

Nos casos de epilepsia refratária, por exemplo, o CBD atua reduzindo a liberação de neurotransmissores excitatórios, como o glutamato. Isso diminui a frequência e a intensidade das crises. 

Em doenças como Parkinson e Huntington, os efeitos estão ligados à melhora do controle motor, da rigidez e da lentidão, além de impacto positivo no sono e no humor.

Em quadros de dor neuropática, o CBD reduz a sinalização inflamatória e a sensibilização central. Isso é útil em condições como esclerose múltipla, neuralgias e síndromes dolorosas pós-lesão. 

Já em doenças degenerativas, como Alzheimer, os estudos mostram efeitos na neuroproteção, no controle da agitação e até em aspectos cognitivos, como foco e memória.

Outro efeito importante está na regulação emocional. Em muitos quadros neurológicos, ansiedade, irritabilidade, crises de pânico ou alterações no ciclo sono-vigília estão presentes. 

Além disso, o CBD também modula a resposta do sistema imune. Isso é importante em doenças do sistema nervoso de origem autoimune, onde há uma inflamação constante das estruturas nervosas. 

Não se trata de uma substância milagrosa, nem de algo que substitui o tratamento convencional. Mas sim de uma ferramenta real, com ação biológica comprovada, que ajuda o cérebro a recuperar a capacidade de autorregulação. 

Conclusão

As doenças do sistema nervoso não são simples, mas o cuidado pode ser. Com neurologista, plano integrado e recursos como o CBD, o tratamento se torna mais funcional. 

Se você quer iniciar esse processo com respaldo médico, acesse a plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde e marque sua consulta com especialistas que entendem do assunto.

 

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