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Dor no nervo ciático: causas, sintomas e como aliviar

Dor no nervo ciático: causas, sintomas e como aliviar

Publicado em

23 de julho de 2025

• Revisado por

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A dor no nervo ciático incomoda de um jeito que poucas outras dores conseguem. Começa ali na lombar, desce pela perna, às vezes vai até o pé, e não dá trégua nem sentado, nem deitado e nem andando.

Muitos convivem com a dor no nervo ciático por semanas, meses, até anos, sem saber o que está acontecendo. Ou pior: tentam resolver com soluções paliativas que só mascaram o sintoma e não chegam na raiz do problema. 

E quando parece que melhorou, basta um movimento errado ou algumas horas sentado que tudo volta. Por que isso acontece? O que tem por trás de uma crise de dor ciática que não melhora com o tempo?

Se você está lidando com isso ou já passou por episódios repetidos, entender o que está por trás da dor no nervo ciático pode fazer diferença no tipo de tratamento escolhido, nos resultados e até na prevenção de novas crises. 

Portanto, continue lendo e aprenda sobre:

  • O que é o nervo ciático e onde ele fica? 
  • Quais são as causas da dor ciática? 
  • Quando se preocupar com a dor no nervo ciático? 
  • Como é feito o diagnóstico da dor no nervo ciático? 
  • O que fazer para aliviar a dor no nervo ciático? 
  • Quais são os tratamentos indicados para o nervo ciático inflamado? 
  • Como o Canabidiol atua em quadros de dor no nervo ciático?

O que é o nervo ciático e onde ele fica?

dor no nervo ciatico

A dor no nervo ciático costuma ser confundida com uma dor lombar comum, mas o que está por trás dela é bem mais específico. O nervo ciático é o mais longo e espesso do corpo humano. 

Ele começa na região lombar da coluna, desce pelos glúteos, passa por trás das coxas e chega até os pés. 

Quando essa estrutura é comprimida, inflamada ou lesionada, a dor no nervo ciático aparece com intensidade, podendo irradiar por todo o trajeto desse nervo.

Apesar de parecer que o incômodo se concentra nas pernas ou nas costas, a origem está geralmente entre a quarta e a quinta vértebra lombar. 

Essa região é onde o nervo se forma a partir de raízes nervosas que saem da medula espinhal. 

Pouca gente sabe, mas o nervo ciático não é um fio único. Ele é formado pela junção de várias raízes nervosas, e seu diâmetro pode chegar a quase dois centímetros em alguns pontos. 

Isso o torna mais suscetível a ser comprimido por estruturas ao redor, como músculos tensos, discos intervertebrais ou até inflamações provocadas por sobrecarga.

Essa dor no nervo ciático não aparece do nada. Existem fatores anatômicos, posturais e funcionais que contribuem para o surgimento da compressão. 

Algumas pessoas têm o nervo passando por dentro de músculos, como o piriforme, o que aumenta as chances de irritação quando há tensão muscular na região. 

Outras desenvolvem problemas de disco, que podem empurrar o nervo e gerar o mesmo resultado.

É comum que o desconforto vá e volte com o tempo, mas isso não significa que o problema está resolvido quando a dor no nervo ciático alivia. 

Onde fica o nervo ciático e por que ele inflama?

A inflamação do ciático geralmente se origina de problemas na coluna lombar, como hérnia de disco, desgaste das articulações ou desalinhamento postural. 

Mas nem sempre o motivo é a coluna. Um músculo pequeno, o piriforme, localizado na parte profunda do glúteo, pode ser o responsável. 

Quando ele está muito tenso ou encurtado, acaba pressionando o nervo que passa logo abaixo ou, em algumas pessoas, por dentro dele. Isso provoca a chamada síndrome do piriforme, que também resulta em dor no nervo ciático.

Além de problemas estruturais, existem fatores que aumentam a chance do nervo inflamar: sedentarismo, má postura, sobrepeso, carregar peso de forma inadequada, ficar muito tempo sentado sem se movimentar. 

Todos esses comportamentos pressionam a região lombar e os músculos ao redor, facilitando a inflamação.

A dor no nervo ciático pode começar de forma leve, com uma sensação de fisgada ou dormência, e ir se intensificando ao longo dos dias. 

Em alguns casos, aparece de forma súbita e intensa, dificultando até a movimentação. Isso acontece porque o nervo inflamado não consegue transmitir os sinais corretamente, gerando dor, fraqueza e perda de mobilidade.

Há também situações em que o quadro é crônico. Nesse cenário, a inflamação não cessa por completo, e o nervo fica constantemente sensibilizado. O tecido ao redor inflama, a musculatura responde com tensão, e o ciclo se repete. 

Diferença entre dor muscular comum e dor no ciático

dor no nervo ciatico complicacoes

Nem toda dor na perna ou nas costas tem a ver com o nervo ciático. Essa confusão é comum, especialmente porque o desconforto pode ser parecido nos primeiros dias. 

A dor no nervo ciático, porém, tem características bem específicas. Ela costuma irradiar de forma linear, como uma linha de incômodo que segue da lombar até o pé. 

Já a dor muscular comum fica restrita ao músculo afetado e não se espalha da mesma forma.

A dor no nervo ciático pode vir acompanhada de dormência, formigamento, queimação e até perda de força. 

Quando está inflamado ou comprimido, o cérebro não recebe os sinais corretamente, e isso interfere na movimentação e na percepção tátil.

No caso da dor muscular, o que se sente é geralmente uma tensão localizada, como se o músculo estivesse “duro” ou cansado. Ela piora com o movimento do próprio músculo e melhora com repouso. 

Já a dor no nervo ciático pode piorar quando a pessoa fica parada por muito tempo ou adota posições específicas que pressionam o nervo.

Existem ainda testes clínicos simples que ajudam na diferenciação. Um deles é o teste de elevação da perna esticada. 

Se, ao levantar a perna reta, surgir dor que irradia pela parte de trás da perna, isso costuma indicar envolvimento do ciático. A dor muscular, por outro lado, não costuma se comportar assim.

É comum que pessoas com dor no nervo ciático demorem para procurar ajuda adequada por acreditarem que estão apenas com uma contratura ou uma dor “normal”. 

Como identificar se é dor no nervo ciático?

Nem toda dor nas costas, nas pernas ou no quadril tem a ver com o nervo ciático. Mas existe um conjunto de sinais que ajudam a entender se o incômodo está vindo dele. 

Antes de listar sintomas, o primeiro passo é entender que essa dor segue um padrão específico, tem um comportamento característico, e não costuma aparecer por acaso. 

Quem já teve dor no nervo ciático sabe o quanto ela interfere na rotina. Não é uma dor que passa despercebida. 

Pode dificultar o sono, atrapalhar o trabalho, limitar os exercícios e até comprometer a capacidade de ficar sentado ou em pé por muito tempo. 

Mesmo que a dor pareça suportável, ela não deve ser ignorada. O que começa como um incômodo leve pode evoluir rapidamente. Se for o nervo ciático, esperar demais para agir só aumenta o risco de cronificação. 

Então, quais são os sinais de dor no nervo ciático? Veja alguns:

Dor irradiada, formigamento e perda de força

Um dos sinais mais claros de dor no nervo ciático é a irradiação. A dor começa em um ponto específico — geralmente na lombar ou no glúteo — e segue em linha pela parte de trás da perna. 

Pode atingir a coxa, a panturrilha, o tornozelo e até a planta do pé. Esse trajeto bem definido diferencia a dor ciática de outros tipos de dor que ficam mais localizadas.

Além da dor irradiada, outro sintoma comum é o formigamento. Essa sensação pode surgir em qualquer ponto do trajeto do nervo. É como se a perna estivesse dormente ou com pequenos choques. 

Quando o nervo não consegue mais transmitir bem os sinais motores, a musculatura da perna começa a falhar. A pessoa percebe dificuldade para subir escadas, levantar da cadeira ou até mesmo manter o equilíbrio. 

Essa perda de força nem sempre é notada de imediato. Às vezes, começa com uma sensação de fraqueza leve, que piora conforme a inflamação avança. 

E não é porque a dor diminuiu que o problema sumiu. A dor no nervo ciático pode dar trégua momentânea, mas o nervo ainda pode estar comprometido, e a fraqueza persistir.

Ainda há casos em que a sensibilidade da pele muda. A perna pode ficar mais sensível ao toque, mais fria ou até sem resposta ao calor e ao frio. 

Essas alterações indicam que o nervo está inflamado a ponto de prejudicar funções sensoriais básicas. 

Quais são as causas da dor ciática?

dor no nervo ciatico como tratar

A dor no nervo ciático não acontece por acaso. Sempre existe um motivo por trás, algo pressionando, inflamando ou irritando o nervo. Em muitos casos, o problema começa na coluna lombar. 

Alterações estruturais como protusões discais, desgaste nas articulações ou desalinhamentos vertebrais são causas frequentes de compressão do ciático. Mas essas não são as únicas possibilidades: 

1. Hérnia de disco e compressão nervosa

Uma das causas mais comuns da dor no nervo ciático é a hérnia de disco. 

Esse problema ocorre quando o disco intervertebral — estrutura que fica entre as vértebras e atua como amortecedor — se desloca ou se rompe, pressionando as raízes nervosas próximas. 

Quando esse deslocamento atinge a região lombar, a compressão costuma afetar diretamente o nervo ciático, gerando sintomas intensos e persistentes.

Os discos da coluna são formados por um núcleo gelatinoso envolto por um anel fibroso. Com o tempo, sobrecarga ou má postura, esse anel pode se desgastar. 

Se o núcleo se projeta para fora, encosta nos nervos que saem da medula, e é aí que começa o processo inflamatório. Quando esse ponto de contato é no trajeto do ciático, a dor aparece e pode irradiar por toda a perna.

É comum que pessoas com hérnia de disco apresentem dor no nervo ciático que piora com certos movimentos, como inclinar o tronco, espirrar ou levantar da cama. 

A compressão do nervo provoca não só dor, mas também alterações de sensibilidade e perda de força. Em casos mais graves, o comprometimento é tão intenso que limita até a movimentação do pé.

2. Má postura e sobrecarga da coluna

diagnostico da dor no nervo ciatico

A forma como você se senta, levanta, caminha e carrega peso influencia diretamente o funcionamento da coluna e, consequentemente, do nervo ciático. Má postura não é apenas um problema estético. 

Ela altera o alinhamento das vértebras, desequilibra a musculatura estabilizadora e aumenta a pressão sobre as estruturas que protegem os nervos. Isso, com o tempo, pode levar à inflamação e à dor no nervo ciático.

Sentar-se de forma inadequada, sem apoio lombar ou com o tronco projetado para frente, sobrecarrega os discos da coluna lombar. 

Se essa posição se mantém por horas todos os dias, cria-se um ambiente propício para o desgaste. 

E quando a musculatura do core está fraca, a tendência é que a coluna fique ainda mais instável. Esse desequilíbrio facilita a compressão do nervo.

O mesmo acontece em situações como carregar mochilas pesadas, levantar objetos do chão sem dobrar os joelhos ou ficar muito tempo em pé sem mudar de posição. 

Esses hábitos, repetidos dia após dia, aumentam a tensão na região lombar e nos glúteos. Se o corpo não tem força suficiente para sustentar a postura de forma eficiente, a compensação sobre o ciático vira um risco real.

Ficar com a cabeça inclinada para frente, ombros arqueados e lombar curvada afeta diretamente a base da coluna. 

Isso altera o eixo de sustentação do corpo, força a musculatura paravertebral e pode desencadear dor no nervo ciático mesmo sem a presença de hérnia ou lesão aparente.

Vale lembrar que a má postura não afeta só a coluna. Ela impacta também os joelhos, quadris e tornozelos. Quando esses pontos ficam desalinhados, a carga é distribuída de forma irregular. 

Isso aumenta a tensão sobre os glúteos e pode gerar compressão muscular sobre o nervo ciático, principalmente se já houver uma predisposição anatômica.

3. Outras possíveis causas

A dor no nervo ciático não se limita a hérnia, postura ruim ou esforço físico. Existem várias outras condições que podem causar o mesmo tipo de dor irradiada, com formigamento, perda de força e sensibilidade alterada

Uma dessas causas é a estenose do canal vertebral. Trata-se de um estreitamento do espaço por onde os nervos passam na coluna. 

Esse estreitamento pode ser congênito ou resultado de degeneração natural com o passar dos anos. Quando o espaço se torna insuficiente, o nervo ciático é comprimido, provocando dor intensa, especialmente ao caminhar.

Outra possibilidade é a síndrome do piriforme. Nesse caso, a causa não está na coluna, mas no músculo piriforme, que fica no glúteo. 

Quando ele está tensionado, inflamado ou com espasmos constantes, acaba pressionando diretamente o nervo ciático. 

O resultado é uma dor muito parecida com a da hérnia, mas com origem muscular. Esse tipo de dor no nervo ciático costuma piorar ao sentar ou cruzar as pernas.

Tumores, infecções ou processos inflamatórios localizados também podem irritar o nervo ciático. Embora menos comuns, essas causas não devem ser descartadas. 

Quando há febre, perda de peso inexplicada ou sintomas neurológicos associados, exames mais aprofundados são indicados.

Doenças reumatológicas, como a espondilite anquilosante, também podem causar inflamação na coluna e gerar dor no nervo ciático. 

Traumas diretos, como quedas, acidentes ou cirurgias mal cicatrizadas, também podem gerar compressão ou lesão do nervo. 

Em alguns casos, a dor no nervo ciático surge semanas depois do evento, o que pode confundir a origem do problema. Avaliar o histórico recente é essencial.

Quando se preocupar com a dor no nervo ciático?

tratamento da dor no nervo ciatico

Nem toda dor no nervo ciático precisa de alarde imediato, mas tem horas que o corpo sinaliza que algo está errado. 

Contudo, esperar demais pode ter um custo alto, especialmente quando a dor no nervo ciático começa a interferir na rotina de forma mais intensa, tirando mobilidade, sono, produtividade e até autonomia.

Quanto mais você adia o diagnóstico, maior o risco de comprometer o nervo. E um nervo lesionado nem sempre volta ao normal. Há perda de sensibilidade, perda de força e limitação permanente. 

Outro ponto que deve chamar atenção é o tempo de duração. Uma dor no nervo ciático que persiste por mais de 6 semanas, mesmo que não seja intensa, já merece investigação detalhada. 

Mesmo que a dor seja intermitente, mesmo que melhore com analgésico, se ela sempre volta no mesmo padrão, o corpo está pedindo avaliação mais profunda.

A dor no nervo ciático pode ser só um alerta passageiro ou o começo de algo mais sério. Saber a hora de buscar ajuda médica é o que define se o tratamento será simples ou mais complexo. 

Principais sinais de alerta

Quando algum dos sinais abaixo aparecem, não é mais uma questão de esperar ou tentar aliviar em casa — é hora de procurar avaliação médica com urgência.

  • Perda de força na perna ou no pé: Não é normal perder força muscular, mesmo que não haja dor aguda. Esse tipo de sintoma pode evoluir para atrofia se não for tratado a tempo;
  • Dormência persistente na perna, no pé ou nos dedos: Uma dormência que não passa, que permanece constante ou piora com o tempo, é um sinal claro de que a condução nervosa está comprometida. Isso pode indicar dano direto ao nervo;
  • Perda de controle urinário ou fecal: Quando há perda do controle da bexiga ou intestino, pode ser um indicativo de síndrome da cauda equina, uma condição emergencial. Nesse caso, a compressão nervosa atinge um nível crítico, e o atendimento precisa ser imediato;
  • Dor intensa que piora à noite ou impede o sono: Dor noturna que não cede com repouso pode ser um sinal de alarme, principalmente quando não há melhora com analgésicos simples;
  • Início súbito após trauma ou queda: Mesmo que os sintomas pareçam leves no começo, qualquer dor iniciada por trauma precisa ser avaliada com exame de imagem para descartar causas graves;
  • Sintomas bilaterais: Quando a dor no nervo ciático atinge as duas pernas ao mesmo tempo, isso pode indicar uma compressão central, como em casos de estenose de canal ou hérnia discal volumosa.

Como é feito o diagnóstico da dor no nervo ciático?

sintomas de dor no nervo ciatico

O primeiro passo é a consulta com avaliação clínica detalhada. O médico analisa a história do paciente, os padrões de dor, o tempo de evolução, a presença ou não de irradiação, dormência, perda de força. 

Depois, parte para o exame físico, que inclui testes neurológicos e ortopédicos específicos, como o teste de Lasègue, avaliação de reflexos, força muscular, sensibilidade e movimentação. 

Para confirmar a causa da dor no nervo ciático, os exames complementares ajudam bastante. Os mais utilizados são:

  • Ressonância magnética da coluna lombar: É o exame padrão-ouro quando há suspeita de hérnia de disco, estenose de canal, artrose facetária ou outras alterações que comprimem o nervo;
  • Tomografia computadorizada: É útil quando não há possibilidade de fazer a ressonância ou quando se precisa avaliar alterações ósseas mais específicas. Ajuda a visualizar fraturas, deformidades ou impactos estruturais após trauma;
  • Eletromiografia (EMG): Esse exame mede a condução elétrica dos nervos e pode detectar se há lesão na raiz nervosa. Indicado quando o quadro clínico é atípico ou quando há suspeita de comprometimento motor ou sensitivo;
  • Raio-X da coluna lombar: Embora não visualize discos ou nervos, o raio-X é importante para identificar desalinhamentos, espondilolistese, escoliose ou artroses que podem estar por trás da dor no nervo ciático;
  • Exames laboratoriais: Quando se suspeita de inflamação sistêmica, doenças autoimunes, infecções ou até tumores, exames de sangue podem ser solicitados. Eles não diagnosticam a dor no nervo ciático diretamente, mas ajudam a excluir outras causas.

O que fazer para aliviar a dor no nervo ciático?

A recomendação é se manter ativo, dentro do que for possível. Caminhadas curtas dentro de casa, subir e descer alguns degraus ou até se levantar da cadeira a cada meia hora já fazem diferença.

Mudar pequenas rotinas diárias também ajuda. Quem trabalha sentado precisa prestar atenção na postura. 

O ideal é manter os pés no chão, a coluna reta e os ombros relaxados. Apoiar a lombar com uma almofada pode reduzir a pressão sobre o nervo ciático.

Compressas quentes, aplicadas na região lombar ou glútea por 20 minutos, ajudam a soltar a musculatura e a melhorar a circulação. 

Em fases mais agudas, quando a inflamação está mais intensa, o gelo pode funcionar melhor — não porque “cura” a dor, mas porque reduz o inchaço ao redor do nervo.

Os alongamentos também são importantes, mas precisam ser feitos com calma, sem forçar. Um exercício simples: deitado com as costas no chão, dobrar uma das pernas e puxar suavemente em direção ao peito, mantendo o outro pé no chão. 

Outras práticas úteis incluem dormir de lado com um travesseiro entre os joelhos ou usar um colchão firme que mantenha a coluna bem alinhada. Dormir de bruços é péssima ideia nesse contexto e deve ser evitado.

O alívio também passa por identificar o que piora a dor. Carregar peso com frequência, dirigir longos períodos sem pausa ou fazer exercícios intensos sem orientação tende a sobrecarregar a região lombar e agravar o quadro. 

Quais são os tratamentos indicados para o nervo ciático inflamado?

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Quando o nervo ciático está inflamado, o tratamento não pode se limitar a “aliviar a dor”. A prioridade precisa ser resolver a causa da inflamação, evitar que ela volte e impedir que a condição se torne crônica. 

Na maioria dos casos, o tratamento começa de forma conservadora, sem procedimentos invasivos. O uso de anti-inflamatórios é uma prática comum, especialmente nos primeiros dias de dor mais intensa. 

Medicamentos da classe dos anti-inflamatórios não esteroidais ajudam a reduzir a inflamação em torno do nervo e costumam oferecer um alívio inicial. 

Em casos de dor muito forte, o médico pode prescrever um corticoide oral por curto período. Analgésicos também podem ser incluídos, principalmente nas fases em que a dor limita as atividades básicas.

Quando há contratura muscular associada — o que é comum na região lombar e glútea —, o uso de relaxantes musculares pode ser útil. 

Com a dor parcialmente controlada, o próximo passo é iniciar a fisioterapia. A reabilitação guiada por um profissional é um dos pilares do tratamento da dor no nervo ciático. 

As sessões incluem alongamentos, fortalecimento de músculos estabilizadores da coluna e técnicas de terapia manual. A fisioterapia tem como objetivo restaurar a função e impedir que a inflamação volte. 

Em paralelo, mudanças de hábitos são fundamentais. Muitos casos de dor no nervo ciático são agravados por má postura no trabalho, sedentarismo, sobrepeso e excesso de carga repetitiva na coluna. 

Se o tratamento conservador não for suficiente, existem opções mais específicas. 

As infiltrações com corticoides, realizadas por médicos especialistas em coluna, são indicadas quando há dor persistente apesar do uso de medicamentos e fisioterapia. 

Casos mais graves, como hérnias muito volumosas ou estenoses avançadas que causam perda de força ou alterações neurológicas, podem exigir cirurgia. 

Como o Canabidiol atua em quadros de dor no nervo ciático?

O Canabidiol é um composto da Cannabis, que possui uma ação ampla sobre o sistema endocanabinoide, um conjunto de receptores distribuídos pelo cérebro, pela medula espinhal, pelos nervos periféricos e pelo sistema imunológico. 

Este sistema participa diretamente da regulação da dor, da inflamação, do humor e do sono.

Em pacientes com dor no nervo ciático, o Canabidiol atua em múltiplas frentes. Primeiramente, ele modula a resposta inflamatória. 

Ao interagir com receptores específicos como CB2, o CBD reduz a liberação de substâncias pró-inflamatórias e interfere positivamente no ambiente ao redor do nervo. 

Com menos inflamação nos tecidos periféricos, há uma diminuição da compressão sobre as raízes nervosas.

Além da ação periférica, o Canabidiol influencia também a percepção central da dor. Isso significa que ele interfere na forma como o cérebro interpreta os sinais vindos do corpo. 

Esta modulação ocorre através de receptores como TRPV1 e serotonina tipo 5-HT1A, que participam da regulação da nocicepção, ou seja, da transmissão da dor. 

Existem evidências científícas?

Um estudo observacional conduzido com pacientes idosos diagnosticados com estenose do canal vertebral — uma das principais causas de dor no nervo ciático — investigou o uso de Canabidiol nesta condição. 

O objetivo foi avaliar o impacto da substância na dor lombar e irradiada para as pernas, assim como os efeitos sobre qualidade de vida e necessidade de medicação.

A pesquisa acompanhou 48 pacientes, com idades entre 63 e 95 anos, distribuídos com média de idade de 75 anos. O grupo era composto por 33% de homens e 67% de mulheres. 

Cada paciente foi avaliado em seis encontros, com intervalo de quatro semanas entre eles. 

Durante as visitas, os participantes preencheram questionários que mensuravam o nível de dor no momento atual, a dor média semanal, o pico de dor e o menor nível de dor durante a semana.

Os resultados foram claros. Tanto os níveis usuais de dor quanto os piores níveis de dor semanal apresentaram melhora estatisticamente significativa ao longo do tempo. 

Os dados indicam que o Canabidiol ajudou reduzir a frequência e a intensidade dos episódios dolorosos. Além disso, os pacientes tiveram evolução em indicadores de qualidade de vida, como mobilidade, humor e sono.

Para pacientes que já passaram por diferentes tipos de tratamento sem sucesso, ou que convivem com efeitos colaterais de medicamentos convencionais, o Canabidiol se apresenta como uma alternativa legítima. 

Conclusão

A dor no nervo ciático é um problema mais comum do que se imagina. Ao longo do tempo, muitos pacientes acabam aceitando a dor como parte da rotina, como se fosse algo inevitável. Esta ideia é equivocada. 

A dor no nervo ciático tem tratamento, e quanto mais cedo for identificada a causa, melhores são as chances de recuperação completa. 

Dentro deste cenário, o uso do Canabidiol tem ganhado destaque, especialmente nos casos em que a dor tem caráter persistente ou difícil de controlar com os métodos convencionais. 

Se você está enfrentando dor no nervo ciático, já tentou outras estratégias e deseja entender se o tratamento com Cannabis medicinal pode ajudar no seu caso, o próximo passo é conversar com um médico qualificado. 

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