As fases do Alzheimer são um dos maiores desafios no diagnóstico e no acompanhamento da doença. Nem sempre o início é claro.
Um idoso esquece uma palavra, repete uma pergunta ou se perde em detalhes de uma história. Até aí, poderia ser apenas consequência da idade.
Mas o que acontece quando esses episódios se tornam mais frequentes e começam a interferir no dia a dia? É nesse ponto que o esquecimento deixa de ser “normal” e se torna sinal de Alzheimer.
Cada estágio traz impactos diferentes: da autonomia, que vai sendo perdida aos poucos, até o comportamento, que pode mudar de forma inesperada.
Saber identificar essas etapas ajuda a antecipar decisões, ajustar expectativas e oferecer um suporte mais adequado.
Se você convive com alguém que apresenta sinais de confusão mental, perda de memória ou mudanças de comportamento, é natural ter perguntas sobre o que esperar.
Nos próximos tópicos, vamos explorar as fases do Alzheimer e mostrar o que costuma marcar a passagem de uma etapa para outra:
- O que é o Alzheimer e como identificar seus sintomas?
- Quais são as 7 fases do Alzheimer?
- Como lidar com cada uma das fases do Alzheimer?
- Quanto tempo duram os estágios do Alzheimer
- Principais sinais clínicos em cada estágio
- Os impactos das fases do Alzheimer para pacientes e familiares
- Quais os tratamentos para as fases do Alzheimer?
- Como o CBD auxilia no tratamento em cada uma das fases do Alzheimer
O que é o Alzheimer e como identificar seus sintomas?

O Alzheimer é uma condição neurológica progressiva que interfere diretamente no funcionamento do cérebro, afetando principalmente memória, raciocínio e comportamento.
Ele está entre as principais causas de demência em idosos, mas não deve ser confundido com o processo natural de envelhecimento.
O que caracteriza essa doença é a intensidade e a frequência das alterações cognitivas, que ultrapassam qualquer esquecimento considerado comum.
Nos estágios iniciais, uma das primeiras manifestações é a dificuldade em armazenar novas informações, o que gera esquecimentos recorrentes de conversas, compromissos ou onde determinados objetos foram deixados.
Com o tempo, a pessoa também pode apresentar mudanças de personalidade, desorientação em lugares familiares e perda da capacidade de resolver problemas simples do dia a dia.
Outro ponto importante é que os sintomas não aparecem todos de uma vez. Eles avançam gradualmente, criando um padrão de piora que ajuda médicos e familiares a identificar que algo está acontecendo.
Esse avanço é explicado pelas fases do Alzheimer, que servem como guia para compreender a evolução do quadro clínico e o impacto em cada etapa da vida do paciente.
Antes de detalhar essas fases, é preciso ter clareza de que a observação precoce dos sinais faz toda a diferença, pois permite iniciar estratégias de acompanhamento, tratamento e apoio à família.
Essa visão inicial sobre os sintomas prepara o terreno para entender de que forma a doença se desenvolve.
Quais são as 7 fases do Alzheimer?

A divisão em fases do Alzheimer não é apenas uma categorização acadêmica. Ela funciona como uma ferramenta prática que médicos, cuidadores e familiares utilizam para reconhecer a evolução da doença.
Esse modelo, baseado em sete estágios, oferece uma linha de progressão que vai desde a ausência de comprometimento cognitivo até os quadros mais avançados de dependência.
A cada fase, surgem novos desafios e necessidades específicas que orientam o tipo de suporte mais adequado.
É importante reforçar que cada pessoa progride de forma diferente. O tempo de duração de cada etapa pode variar, e nem todos os sintomas aparecem com a mesma intensidade.
Mesmo assim, essa classificação traz clareza sobre o que esperar ao longo do percurso, permitindo que familiares se preparem emocionalmente e estruturalmente.
Fase 1 – Ausência de comprometimento cognitivo
Na primeira fase do Alzheimer, a pessoa não apresenta alterações perceptíveis na memória ou no comportamento.
Ela continua realizando suas atividades normalmente e mantém o desempenho profissional e social sem prejuízos.
Esse estágio é considerado assintomático, pois os sinais ainda não se manifestaram de forma visível.
Apesar da ausência de sintomas, estudos mostram que mudanças silenciosas já podem estar acontecendo no cérebro, como o acúmulo de proteínas associadas à doença.
Essas alterações ainda não impactam o dia a dia, mas são relevantes para os diagnósticos feitos por exames de imagem ou testes clínicos em contextos de acompanhamento médico preventivo.
Esse primeiro estágio serve como ponto de partida para entender a progressão da doença.
É a referência inicial que diferencia uma pessoa saudável daquela que começa a apresentar os primeiros indícios de declínio cognitivo.
Assim, quando os sintomas surgirem nas fases seguintes, será possível identificar o contraste entre o funcionamento preservado e as novas dificuldades.
Fase 2 – Perdas de memória muito leves
No segundo estágio, os primeiros sintomas começam a se tornar visíveis. O principal deles é o esquecimento ocasional de nomes, compromissos recentes ou objetos pessoais.
Essas falhas são leves e muitas vezes confundidas com lapsos comuns do envelhecimento, o que pode atrasar o diagnóstico.
A diferença, porém, está na frequência. Quando esses esquecimentos se tornam repetitivos e começam a chamar a atenção de familiares, é um indício de que não se trata apenas de distração.
Outro sinal pode ser a dificuldade em lembrar palavras específicas durante uma conversa, levando a pausas ou trocas por termos genéricos.
Mesmo com essas mudanças, a autonomia do indivíduo ainda está preservada. Ele continua independente, consegue trabalhar, dirigir e organizar a própria rotina.
Porém, para quem acompanha de perto, já é possível notar pequenas alterações que se repetem e levantam suspeitas.
O reconhecimento dessa etapa é crucial para que o acompanhamento médico seja iniciado.
Quanto mais cedo os sintomas forem observados, maiores as chances de controlar o avanço da doença com intervenções que retardam a progressão e oferecem melhor qualidade de vida.
Fase 3 – Comprometimento cognitivo leve

Na terceira fase do Alzheimer, os sinais deixam de ser facilmente confundidos com lapsos normais de memória e começam a interferir no dia a dia de forma mais perceptível.
A pessoa passa a esquecer compromissos importantes, apresenta dificuldade em organizar tarefas e começa a perder eficiência em atividades que antes realizava sem esforço.
Nessa etapa, amigos próximos e familiares já percebem que algo está diferente.
A perda de rendimento no trabalho ou em funções que exigem planejamento começa a chamar atenção.
O paciente ainda consegue realizar a maior parte das tarefas sozinho, mas apresenta uma queda clara na produtividade e na capacidade de concentração.
Diante das dificuldades crescentes, a pessoa pode se sentir frustrada e insegura. Isso leva a mudanças no humor, como irritabilidade ou retraimento social.
Muitas vezes, esses aspectos emocionais são os primeiros a despertar preocupação entre familiares, pois revelam que o problema ultrapassa simples distrações.
A transição para a fase 4 acontece quando as dificuldades deixam de ser pontuais e começam a comprometer de forma consistente a autonomia em tarefas práticas.
Fase 4 – Alzheimer em estágio moderado
A quarta etapa traz mudanças mais evidentes e marca o início do comprometimento considerado moderado. Aqui, a memória recente sofre um impacto maior.
A pessoa começa a esquecer detalhes de sua própria história, tem dificuldade em lidar com contas, organização financeira e planejamento de atividades mais complexas.
O desempenho em tarefas que envolvem raciocínio lógico ou tomada de decisão é bastante reduzido.
Um aspecto característico desta fase do Alzheimer é a perda da noção temporal.
O paciente pode não se lembrar da data, esquecer em qual estação do ano está ou até se confundir sobre a idade.
Essa desorientação prejudica a rotina e aumenta a necessidade de supervisão. Além disso, há dificuldade em reconhecer lugares não familiares, o que pode gerar episódios de desorientação ao sair sozinho.
No campo emocional, tornam-se mais comuns sintomas de ansiedade e sinais de depressão.
A pessoa se sente limitada pelas próprias falhas e pode apresentar falta de interesse em atividades sociais.
A redução da interação é consequência direta das dificuldades cognitivas, pois o esforço para manter uma conversa ou acompanhar uma reunião já é maior.
Nesse estágio, familiares começam a assumir responsabilidades práticas.
É comum que cuidadores passem a gerenciar compromissos médicos, organização de medicamentos e controle financeiro.
Apesar disso, a autonomia básica para higiene e alimentação ainda é preservada.
Fase 5 – Dificuldades cognitivas moderadas a graves
Na quinta fase, a independência é fortemente comprometida.
A memória recente sofre perdas significativas, e o paciente já tem dificuldade em se lembrar de informações essenciais, como endereço, telefone ou até mesmo o nome de pessoas próximas.
A orientação no tempo e no espaço se torna cada vez mais instável, aumentando o risco de episódios de desorientação.
Nesta etapa das fases do Alzheimer, a pessoa precisa de ajuda regular para atividades básicas.
Vestir-se adequadamente, lembrar a sequência de cuidados de higiene e preparar refeições passam a depender de supervisão direta.
O indivíduo pode colocar roupas inapropriadas para a estação ou esquecer etapas fundamentais de autocuidado.
As alterações de comportamento ficam mais evidentes. Irritabilidade, desconfiança e até agressividade podem aparecer, reflexo das dificuldades crescentes de compreensão da realidade.
Ao mesmo tempo, há momentos de maior apatia e falta de iniciativa, o que aumenta a sobrecarga emocional dos cuidadores.
Esse estágio marca a transição para uma dependência mais intensa, em que as funções cognitivas e práticas são severamente afetadas.
Fase 6 – Comprometimento cognitivo grave

Na sexta fase do Alzheimer, a autonomia está bastante reduzida.
O paciente já não consegue lembrar nomes de familiares próximos, apresenta falhas graves de memória de longo prazo e perde a capacidade de realizar quase todas as atividades diárias sozinho.
Os sintomas comportamentais são intensos. Alucinações, episódios de agitação, alterações no ciclo do sono e desorientação total do tempo e espaço são comuns.
A pessoa pode acordar no meio da noite acreditando estar em outro lugar ou se sentir ameaçada em sua própria casa. Esses quadros dificultam a convivência e exigem estratégias específicas de manejo.
As mudanças físicas também se intensificam. Há maior dificuldade de locomoção, redução do controle sobre a bexiga e, em muitos casos, alterações no apetite.
O risco de desnutrição aumenta, e a atenção dos cuidadores deve se voltar tanto para os aspectos cognitivos quanto para os físicos.
Essa etapa das fases do Alzheimer representa um dos períodos mais desafiadores para a família.
A carga de cuidado é elevada, o que frequentemente leva à sobrecarga emocional e física dos cuidadores.
A necessidade de apoio profissional, seja por meio de serviços de saúde ou acompanhamento especializado, torna-se cada vez mais evidente.
A transição para a fase final ocorre quando até mesmo as funções corporais básicas passam a ser gravemente comprometidas.
Fase 7 – Alzheimer em estágio muito grave
A última fase é marcada pela perda quase total das funções cognitivas e físicas.
O paciente já não consegue se comunicar de forma clara, apresenta falhas profundas na memória e perde a capacidade de reconhecer familiares e amigos.
O corpo também passa a não responder como antes: há dificuldade de locomoção, perda de controle dos movimentos e, em muitos casos, a necessidade de alimentação por via alternativa.
Nesta etapa, o paciente precisa de cuidados em tempo integral para higiene, alimentação e mobilidade.
O risco de infecções, úlceras de pressão e complicações respiratórias aumenta, tornando a assistência médica essencial.
Apesar da gravidade, o foco do cuidado deve estar na qualidade de vida. Isso significa oferecer conforto, manter a dignidade do paciente e garantir que o ambiente seja seguro e acolhedor.
A atenção não se limita ao paciente: familiares e cuidadores também precisam de apoio emocional e psicológico para lidar com a intensidade do processo.
Como lidar com cada uma das fases do Alzheimer

O manejo das fases do Alzheimer precisa ser pensado de forma progressiva, já que cada etapa traz necessidades diferentes.
O primeiro passo é reconhecer que o acompanhamento médico deve ser constante desde o início.
No estágio inicial, quando os sintomas ainda são leves, a prioridade é organizar a rotina e estabelecer estratégias de compensação, como anotações visíveis em casa, uso de agendas e lembretes simples.
Na fase moderada, o ideal é estruturar a casa para evitar acidentes: retirar tapetes soltos, instalar barras de apoio e deixar os ambientes bem iluminados.
O cuidador também precisa estar atento à administração correta de medicamentos e ao agendamento de consultas.
Quando a progressão chega às fases mais graves do Alzheimer, a adaptação envolve cuidados físicos diretos.
É o momento em que o paciente depende integralmente de terceiros para alimentação, higiene e mobilidade.
Nesse estágio, pode ser necessário o apoio de profissionais de enfermagem ou a busca por serviços especializados, já que a sobrecarga familiar se intensifica.
O ponto central, em todas as fases do Alzheimer, é manter uma rede de suporte consistente.
Cuidadores informais devem receber orientação profissional para lidar com os sintomas cognitivos e comportamentais, e o paciente precisa ser acompanhado em um ambiente seguro e estável.
Quanto tempo duram os estágios do Alzheimer

Não há um padrão fixo para a duração das fases do Alzheimer.
O tempo varia de pessoa para pessoa, influenciado por fatores clínicos, idade, estilo de vida e histórico familiar.
Em média, a doença pode evoluir por um período de 8 a 12 anos após o diagnóstico, mas há registros de casos mais curtos ou mais prolongados.
Os estágios iniciais, que abrangem os primeiros sinais até o comprometimento leve, costumam durar de 2 a 4 anos.
Já a fase moderada pode se estender por até 5 anos, dependendo da resposta ao tratamento e da capacidade de suporte oferecido pelo entorno.
Nas fases mais avançadas, a evolução tende a ser mais rápida, com perda progressiva da autonomia em um intervalo que pode variar de meses a poucos anos.
Fatores clínicos que aceleram ou retardam a progressão
A evolução das fases do Alzheimer não segue o mesmo padrão em todas as pessoas, pois diversos fatores clínicos interferem diretamente no ritmo da doença.
A presença de comorbidades como hipertensão, diabetes e colesterol elevado pode acelerar a degeneração cognitiva, uma vez que afetam a saúde vascular do cérebro.
Outro ponto que impacta é a adesão ao tratamento. O uso correto das medicações prescritas, associado a acompanhamento médico periódico, pode retardar a progressão.
Da mesma forma, programas de reabilitação cognitiva, estímulos de memória, prática de atividades físicas regulares e alimentação equilibrada estão relacionados a uma evolução mais lenta.
Condições psiquiátricas não tratadas, como depressão, também podem potencializar os sintomas e tornar o declínio mais rápido.
Além disso, fatores genéticos e histórico familiar influenciam tanto o início da doença quanto a velocidade de agravamento.
Principais sinais clínicos em cada estágio
A observação atenta dos sinais clínicos é fundamental para diferenciar cada fase do Alzheimer.
A progressão se manifesta de forma gradual, mas com características específicas em cada etapa.
- Fase 1 – Ausência de comprometimento cognitivo: Aqui, não há sintomas aparentes. Exames clínicos podem identificar alterações iniciais.
- Fase 2 – Perdas de memória muito leves: Fase onde ocorre o esquecimento de nomes ou locais, além de pequenas falhas em conversas.
- Fase 3 – Comprometimento cognitivo leve: Os esquecimentos se tornam frequentes e perceptíveis. Também há uma redução do desempenho em tarefas profissionais.
- Fase 4 – Alzheimer em estágio moderado: Nesta fase, ocorre a perda de memória recente. O paciente pode apresentar dificuldade em lidar com finanças e planejamento, além de episódios de desorientação em locais não familiares.
- Fase 5 – Dificuldades cognitivas moderadas a graves: Fase marcada pelo esquecimento de informações pessoais importantes, necessidade de auxílio em atividades diárias básicas e maior risco de acidentes domésticos.
- Fase 6 – Comprometimento cognitivo grave: Fase da perda de reconhecimento de familiares. Aqui, também ocorrem alterações de comportamento intensas e a dependência quase total em higiene e mobilidade.
- Fase 7 – Alzheimer em estágio muito grave: Na fase 7, o paciente perde a capacidade de comunicação verbal. Haverá necessidade de cuidados integrais devido ao comprometimento motor e físico severo.
Os impactos das fases do Alzheimer para pacientes e familiares

As fases do Alzheimer não afetam apenas a pessoa diagnosticada.
A progressão da doença modifica a dinâmica familiar, altera a rotina da casa e muda a forma como todos os envolvidos passam a viver o dia a dia. No início, o impacto pode parecer discreto, já que os sintomas são leves.
Porém, mesmo nesse estágio inicial, familiares notam a necessidade de ajudar o paciente em pequenas tarefas ou lembrá-lo de compromissos. O convívio começa a mudar.
Com o avanço para as fases do Alzheimer consideradas moderadas, os efeitos se ampliam. O paciente passa a depender mais de terceiros e isso cria ajustes constantes na rotina.
A administração de medicamentos, o acompanhamento em consultas médicas e a supervisão em atividades simples passam a ser responsabilidade de filhos, cônjuges ou outros cuidadores próximos.
Na medida em que as fases do Alzheimer atingem os estágios graves, os impactos emocionais tornam-se evidentes.
A perda progressiva da autonomia e da memória gera sofrimento para o paciente, que percebe suas limitações, e para a família, que enfrenta o luto antecipado ao ver o ente querido perder gradativamente suas capacidades.
O acompanhamento médico constante, os gastos com medicação e, em muitos casos, a contratação de profissionais de apoio representam custos que pesam no orçamento familiar.
Além disso, um dos membros pode precisar reduzir a carga de trabalho ou deixar o emprego para se dedicar integralmente ao cuidado.
Repercussões físicas, cognitivas e emocionais
As fases do Alzheimer avançam de maneira gradual, mas cada uma delas traz repercussões que vão além da memória.
O paciente começa a perder coordenação motora, apresenta dificuldade para caminhar e, em fases graves, perde a capacidade de se alimentar e se locomover sem ajuda.
Esse quadro aumenta a vulnerabilidade a quedas, infecções e complicações associadas ao tempo prolongado em repouso.
No campo cognitivo, os prejuízos são progressivos. Desde os primeiros esquecimentos até a incapacidade total de reconhecer familiares, as fases do Alzheimer comprometem a identidade da pessoa.
O raciocínio lógico, a linguagem e a orientação temporal e espacial deterioram-se gradualmente, afetando a forma como o paciente se relaciona com o mundo.
Do ponto de vista emocional, o impacto também é significativo. Nos estágios leves, a consciência das falhas de memória pode levar a frustração e insegurança.
Já em fases moderadas, é comum observar irritabilidade, ansiedade e apatia. Nos estágios graves, em que o comprometimento cognitivo é profundo, podem surgir comportamentos como agitação e delírios.
O reflexo sobre os familiares também é relevante. Ver a pessoa querida enfrentar perdas físicas, cognitivas e emocionais gera sofrimento contínuo.
Esse processo afeta a saúde mental de cuidadores, que frequentemente apresentam sintomas de estresse, depressão e exaustão.
Desafios enfrentados por cuidadores
No início, os desafios estão relacionados ao reconhecimento dos primeiros sinais, à adaptação da rotina e ao equilíbrio entre a vida pessoal e o acompanhamento do paciente.
Com a progressão para os estágios moderados, os cuidadores precisam lidar com a dependência crescente do paciente.
Pequenos descuidos podem resultar em acidentes, o que aumenta a pressão sobre quem assume esse papel.
Além da carga prática, há o desgaste emocional. O cuidador acompanha, dia após dia, o declínio de alguém próximo.
Muitos desenvolvem insônia, ansiedade e sintomas depressivos devido à sobrecarga constante.
O tempo dedicado ao cuidado reduz a disponibilidade para lazer, trabalho e convivência com outras pessoas.
Quando as fases do Alzheimer chegam aos estágios graves, o cuidado torna-se integral. Nesse ponto, o desafio é físico: ajudar o paciente em higiene, locomoção e alimentação.
Muitas vezes, o cuidador precisa de treinamento para evitar lesões e manejar comportamentos como agitação ou resistência aos cuidados.
Quais os tratamentos para as fases do Alzheimer?
O tratamento do Alzheimer não interrompe a doença, mas pode retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida.
Ele deve ser adaptado conforme as fases do Alzheimer evoluem, já que cada etapa apresenta necessidades distintas.
Nos estágios iniciais, a abordagem envolve principalmente o uso de medicamentos que ajudam a preservar a função cognitiva e melhorar a comunicação entre os neurônios.
Também é recomendado estimular a memória e o raciocínio por meio de atividades cognitivas, leitura e interação social.
Durante as fases moderadas, além da medicação, o foco passa a ser a adaptação da rotina.
Isso inclui estratégias para manter a segurança em casa, supervisão mais próxima e apoio psicológico para lidar com sintomas de ansiedade e alterações de comportamento.
Nos estágios graves, a prioridade é o cuidado paliativo. Nessa fase, os tratamentos buscam reduzir desconfortos, prevenir complicações físicas e manter o paciente em condições dignas.
É importante destacar que, em todas as fases do Alzheimer, o tratamento deve envolver tanto o paciente quanto os cuidadores.
Orientações sobre manejo de sintomas, suporte emocional e acompanhamento especializado fazem parte da estratégia para lidar com a progressão.
Como o CBD auxilia no tratamento em cada uma das fases do Alzheimer
O interesse pelo Canabidiol (CBD) cresce porque ele atua em diferentes mecanismos biológicos associados à doença, o que permite pensar em benefícios específicos para cada fase.
1. Estágio inicial
No início da doença, ainda há uma quantidade significativa de neurônios preservados, mas já começam a se formar placas de beta-amiloide e emaranhados de proteína tau.
O CBD pode contribuir de forma relevante nesse estágio porque apresenta ação anti-inflamatória e antioxidante, dois fatores fundamentais para reduzir a progressão do dano neuronal.
Além da ação neuroprotetora, há também impacto sobre a plasticidade sináptica.
Em fases iniciais do Alzheimer, muitos pacientes ainda têm capacidade de aprendizado e de adaptação, e a estimulação de mecanismos de neurogênese no hipocampo pode ajudar a manter essas funções ativas.
A modulação da ansiedade é outro ponto a ser considerado. O diagnóstico das fases do Alzheimer, mesmo no estágio inicial, costuma vir acompanhado de insegurança e medo.
O CBD, ao interagir com receptores 5-HT1A, pode reduzir sintomas de ansiedade e melhorar a adaptação emocional.
Isso se traduz em maior disposição para manter a rotina de cuidados, engajamento em terapias cognitivas e maior aceitação do tratamento.
2. Estágio intermediário
No estágio intermediário, o avanço da degeneração atinge mais áreas cerebrais.
Nessa fase, o CBD se mantém importante porque continua modulando processos inflamatórios, mas ganha outra dimensão com os efeitos sobre o sistema endocanabinoide.
O sistema endocanabinoide é responsável por equilibrar funções como humor, apetite e resposta ao estresse.
Durante as fases do Alzheimer, esse sistema se mostra comprometido, com queda na expressão de receptores CB1 e CB2.
O uso de CBD ajuda a regular novamente essas vias, contribuindo para estabilizar oscilações de comportamento típicas dessa fase, como agitação, agressividade e alterações de sono.
3. Estágio avançado
Nessa fase, o tratamento tem como prioridade o conforto e a redução do sofrimento.
Um dos efeitos relevantes é a ação sobre receptores ligados à percepção da dor.
Embora nem todos associem dor às fases do Alzheimer, muitos pacientes apresentam desconfortos físicos decorrentes de rigidez muscular, contraturas e doenças associadas ao envelhecimento.
A regulação da ansiedade e da agitação também permanece útil nesse momento.
Pacientes em fase avançada podem apresentar períodos de inquietação, mesmo sem conseguir expressar o motivo.
Conclusão
As fases do Alzheimer representam uma progressão desafiadora para pacientes e famílias, que enfrentam perdas graduais de memória, autonomia e comunicação.
O Canabidiol oferece um suporte que acompanha essa evolução, desde a proteção neuronal nas fases iniciais até o alívio de sintomas comportamentais e físicos em estágios avançados.
Para iniciar esse tipo de tratamento de forma segura e personalizada, é fundamental ter acompanhamento médico.
No portal Cannabis & Saúde, você pode marcar uma consulta com profissionais que entendem a aplicação da Cannabis medicinal em doenças neurológicas e que vão avaliar o melhor caminho de cuidado para cada caso.