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NCAA remove Cannabis da lista de substâncias proibidas

NCAA remove Cannabis da lista de substâncias proibidas

A Cannabis não é mais doping para a NCAA, ao menos no futebol americano. Os canabinoides estão removidos da lista de substâncias proibidas da entidade e os atletas não serão mais punidos

Publicado em

1 de julho de 2024

• Revisado por

Jornalista e editor especializado em Comunicação e Saúde, pós-graduando em Drogas, Sociedade e Práticas Educativas. Escreve sobre ciência e sobre o uso da Cannabis na saúde humana e animal. É também fundador da Editora Vista Chinesa, onde publicou livros como “A História da Cannabis em Quadrinhos” e “Mila”.

O Conselho da Divisão I da NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional, na tradução livre) decidiu remover todos os compostos da Cannabis da lista de substâncias proibidas para atletas universitários no campeonato e na pós-temporada de futebol americano.

A decisão também será válida retroativamente, encerrando todas as penalidades que jogadores de futebol americano da NCAA enfrentem atualmente relacionado ao uso de produtos com Cannabis. Essa medida vem após os conselheiros da organização chegarem à conclusão que a planta não melhora o desempenho dos atletas.

Desse modo, a partir da próxima temporada, que se inicia em 24 de agosto, os exames antidoping não vão mais detectar a presença de canabinoides no organismo dos atletas testados.

Cannabis não oferece vantagem competitiva

Em comunicado à imprensa, o presidente do Conselho da NCAA, Josh Whitman, contou os principais argumentos para a decisão sobre a Cannabis.

“O programa de testes de drogas da NCAA pretende focar na integridade da concorrência, e os produtos de Cannabis não oferecem uma vantagem competitiva. O foco do conselho está em políticas centradas na saúde e no bem-estar dos estudantes-atletas, em vez de na punição pelo uso de Cannabis.”

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), o perfil de relações públicas da NCAA ressaltou que a abordagem da instituição com a Cannabis terá como foco a saúde dos atletas universitários. O tweet diz:

“Os canabinóides serão tratados como outras drogas que não melhoram o desempenho, como o álcool. Os membros da NCAA se concentrarão em estratégias de redução de danos ao uso problemático de cannabis, centrando-se na saúde dos estudantes-atletas.”

NCAA – a liga de esportes universitários dos EUA

A NCAA é a organização que regulamenta os esportes universitários nos EUA. Sob o guarda-chuva do órgão, estão 23 modalidades principais e outras 180 secundárias. São cerca de 500 mil atletas que estão cursando a universidade ou concluindo o ensino médio distribuídos em cerca de 1,1 mil instituições de ensino nos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico.

A princípio, a da NCAA de permitir o uso de produtos com Cannabis vale somente para o futebol americano na Divisão I. Não há previsão de ampliar para as outras modalidades de divisões, uma vez que a organização também administra as divisões II e III. A principal diferença entre elas é o nível de competitividade, o financiamento e o número de bolsas de estudo. Assim, a Divisão I conta com os maiores níveis de competitividade, maiores orçamentos para a estrutura e bolsas de estudo maiores para os competidores, seguida pela II e III.

Além disso, as competições regidas pela organização servem para dar visibilidade aos atletas que desejam jogar em ligas profissionais do país, como a NBA (basquete), NFL (futebol americano) e MLS (futebol). Com a ajuda da NCAA, esses aspirantes podem desenvolver suas habilidades, ganhar experiência e atrair a atenção de olheiros de grandes equipes profissionais.

A Cannabis nas ligas profissionais dos EUA

Além da NCAA, quatro das principais ligas desportivas profissionais dos EUA são tolerantes com a Cannabis: NBA, NFL, NHL (hóquei no gelo) e MLB (baseball). As regulamentações que acontecem em diversos estados do país contribuíram para que essas ligas parassem de testar os atletas para canabinoides.

Nesse sentido, algumas ligas aprofundaram a relação com a Cannabis nos últimos anos. Na liga de baseball, por exemplo, os times têm permissão para fechar acordos de patrocínio com empresas ligadas à planta. Por outro lado, a liga de futebol americano assumiu um papel mais ativo e está financiando pesquisas com canabinoides para o alívio da dor.

Apesar de ter papel fundamental na proibição da planta, os Estados Unidos assumiram recentemente postura mais flexível em relação ao tema. Em 1996, a Califórnia se tornou o primeiro estado dos EUA a regulamentar o uso medicinal da Cannabis. Depois disso, outros estados seguiram o exemplo e hoje em dia são 40 estados mais a capital federal com leis que regulamentam o uso terapêutico. Além disso, 24 estados e Washington D. C. possuem leis que regulamentam o uso adulto da planta.

De acordo com análises de mercado, a Cannabis impulsiona uma economia que movimentou cerca de 17,5 bilhões de dólares em 2023 e essa cifra pode aumentar para cerca de 121 bilhões de dólares em 10 anos.

Cannabis nas Olimpíadas Paris 2024

doping no esporte equipe

Para o organismo que gerencia a luta contra o doping no esporte a nível mundial, a WADA, os atletas precisam ter atenção com os produtos com Cannabis que consomem. Embora produtos contendo canabidiol (CBD) sejam totalmente permitidos, os que contém delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) são proibidos durante as competições.

A WADA fundamenta essa decisão com o argumento que a Cannabis rica em THC viola o espírito esportivo. Assim, os atletas estão liberados para utilizar esse canabinoide em período de treinos, proibindo somente o uso em época de campeonatos oficiais.

Dessa forma, é possível que nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 tenhamos atletas de alto desempenho que utilizam produtos com Cannabis dentro das regras.

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