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“De cem crises convulsivas por dia, diminuiu para três por mês”

“De cem crises convulsivas por dia, diminuiu para três por mês”

Nascida com microcefalia causada pelo zika vírus, Taís sofria com múltiplas crises epilépticas, mas a Cannabis mudou sua história

Publicado em

2 de janeiro de 2023

• Revisado por

Jornalista responsável por contar inspiradoras histórias de médicos prescritores de Cannabis medicinal e pacientes cuja qualidade de vida foi transformada pelas propriedades terapêuticas dos fitocanabinoides.

Uma epidemia de zika vírus assolou o Brasil entre os anos de 2015 e 2016. Transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, gera sintomas semelhantes ao da dengue (transmitida pelo mesmo vetor), como febre, dores no corpo e mal-estar, mas carrega um agravante.

Se contraído durante a gestação, pode acarretar em uma condição chamada de microcefalia no bebê. A doença provoca uma má-formação em que a cabeça do recém-nascido é menor que a das demais crianças, com diversos sintomas neurológicos. zika

Francisca Fabiana da Silva, e sua filha Taís, algumas das vítimas da doença. Francisca construiu o zika vírus em 2016, quando estava com dois meses de gestação.

O impacto do zika vírus

Quando completou oito, Taís nasceu com microcefalia. Como consequência, desenvolveu paralisia cerebral e baixa visão. As dificuldades cresceram quando já chegava aos dois anos de idade, com irritação constante e muito choro.

Em consulta aos médicos, todos diziam ser um comportamento normal. Até que um eletroencefalograma demonstrou o contrário.

O choro era o sinal de que a criança estava tendo uma convulsão, embora não chegasse a apresentar os típicos tremores. Foi diagnosticada com síndrome de síndrome de Lennox–Gastaut.

A enorme frequência, que chegava a cem por dia, passou a agravar cada vez mais o quadro de Taís. “É muito desesperador ver a criança tendo várias convulsões.”

A alternativa Cannabis

A medicação com Depakene (ácido valpróico) não trazia qualquer resultado e Francisca passou a buscar informações. Em um grupo de mães de crianças especiais, começou a escutar comentários de que o canabidiol ajudava a controlar crises em casos de epilepsia refratária.

“Remédio de farmácia, a longo prazo, estraga o fígado. Dizem que dá até cegueira parcial na criança. Eu queria fugir disso. Tem crianças que têm epilepsia refratária que toma cinco a seis medicamentos de farmácia e eu não queria isso minha filha.”

Só tinha um problema: o preço. Em 2018, o acesso ao medicamento era mais difícil que na atualidade e, sem condições, contou com o apoio de uma associação de pacientes e acompanhamento do clínico geral Vinícius Mesquita para obter o medicamento.

Os benefícios do tratamento com Cannabis

“Na época, eu não tinha como importar e comecei com a Cannabis artesanal que a associação me dava. Nos primeiros dias que estava tomando, já vi a diferença. Ela ficou mais calma, deu mais fome. Eu estava até querendo colocar GTT (sonda alimentar), mas aumentou o apetite dela, ela engordou e não precisou.”

As crises começaram a diminuir, mas o benefício principal veio depois, quando conseguiu adquirir a medicação importada. “De cem crises que ela tinha por dia, diminuiu para umas três por mês. A gente ficou atrás de um remédio para controlar as crises e a única coisa que melhorou foi a Cannabis.”

“Melhorou a imunidade dela. Ela vivia doente, teve três pneumonias, mas graças a Deus, nunca mais teve. Ficava muito irritada, chorava muito, e ficou bem mais calma. Consegue olhar pra gente, focar a atenção dela. A gente consegue ficar tranquilo com ela, brincando, então está bem melhor.”

“Ela é mais alerta”

Para Francisca, o desenvolvimento de Taís, hoje aos seis anos, seria maior se tivesse a possibilidade de fazer mais terapias que a estimulassem. “A gente não tem dinheiro para pagar tratamento para ela. Faz só duas vezes por semana, pelo SUS. A gente tenta fazer em casa, mas não é a mesma coisa.”

Mesmo assim, quando compara com outras crianças em situação semelhante, fica animada. “A gente vê que não é aquele tipo de criança que fica dopada. Que só vive parada, dormindo. Ela não é assim. É mais alerta. Quando falo com ela, dá para ver que tem um entendimento.”

O desafio de Francisca e sua filha, no entanto, segue. “A gente tinha a autorização para importar por dois anos, só que venceu. Fui pedir de novo, mas não chegou ainda. A gente teve que comprar de associação, mas, quando der, vou importar de novo. O importado funciona melhor.”

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