Por trás de prescrições precisas e ajustes minuciosos de dosagem, a prática médica da Dra. Graziella Gobbetti com a Cannabis vai além do receituário. É estruturada por elementos como escuta atenta, construção de confiança e um caminho compartilhado com o paciente.
Com atuação em Medicina Integrativa, Dra. Graziella começou sua trajetória na prescrição de canabinoides a partir de um incômodo: a percepção de que a medicina convencional nem sempre conseguia dar conta da complexidade dos casos que enfrentava no consultório.
“Foi um incômodo diante de muitos quadros clínicos complexos e crônicos. Sempre busquei uma abordagem mais integrativa, e a Cannabis apareceu como uma ferramenta potente para tratar com mais humanidade e eficácia diversas condições, especialmente dor, insônia, ansiedade e questões neurológicas”, conta.
A imersão nesse universo, segundo ela, transformou não apenas sua prática médica, mas sua própria visão de mundo. Aprendeu com pacientes, pesquisadores, saberes tradicionais e comunidades indígenas que utilizam a planta como parte de uma sabedoria ancestral.
“Prescrever Cannabis não é só ajustar uma dose. É escutar, construir um caminho de cuidado com o paciente”, afirma.
Entre lacunas da medicina tradicional e descobertas clínicas
O impulso para adentrar esse território terapêutico veio diretamente dos pacientes. “Eles chegavam com dor crônica, insônia, ansiedade, epilepsia… Já tinham tentado de tudo. Muitos acabavam frustrados com os tratamentos tradicionais, que ou não funcionavam ou geravam efeitos colaterais importantes”, relata.
A Cannabis, então, passou a preencher esse vazio. “Logo nas primeiras experiências em consultório, as percepções foram surpreendentes. Pacientes com quadros estagnados começaram a apresentar melhora significativa — não só física, mas emocional. Mais disposição, mais qualidade de vida.”
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Ainda que não encare a planta como uma panaceia, Dra. Graziella reconhece sua potência. “Não é uma cura milagrosa nem primeira opção para tudo. Mas é, sim, uma ferramenta terapêutica poderosa, que precisa ser usada com responsabilidade, conhecimento e acompanhamento próximo.”
Dor, insônia e ansiedade: um trio frequente
As queixas mais frequentes no consultório da médica giram em torno de dor crônica, insônia e ansiedade. “A dor crônica vem de várias causas — artrose, fibromialgia, entre outras. Mas o impacto é semelhante: pacientes limitados, sem conseguir se mover, fazer atividade física, viver.” E é aí que a Cannabis, segundo ela, transforma. “Melhora a dor, melhora o sono, acalma a mente. Quando o paciente consegue dormir e se mover sem dor, ele começa a viver de novo.”
A médica enfatiza, no entanto, que o acompanhamento precisa ser criterioso. “Não é como um remédio convencional que você prescreve e só vê o paciente meses depois. As primeiras semanas são cruciais para o ajuste das doses e para monitorar os efeitos. É um processo ativo, contínuo.”
A história de um paciente que marcou a atuação de Graziella Gobbetti
Em meio a tantos relatos, há histórias que permanecem. Uma delas é a de um paciente com epilepsia desde os quatro anos de idade, hoje com 44. “Ele tinha de 12 a 14 crises por dia. Começamos o tratamento com Cannabis e houve uma melhora absurda. Hoje, se ele tem duas crises é muito. Foi realmente impressionante.”
Aceitação natural e retornos positivos
Dra. Graziella destaca que, talvez por seu posicionamento profissional, não enfrenta resistência dos pacientes. “Eles já me procuram querendo fazer o tratamento. E os feedbacks são maravilhosos.” Até hoje, afirma, não enfrentou nenhum caso de efeito colateral grave, desde que o uso é sempre acompanhado com o devido cuidado.
Cannabis como resposta ética
Aos poucos, ela vê o cenário mudar. Mais informação, mais regulamentação, mais médicos capacitados e pacientes conscientes. “Os avanços têm sido notáveis, principalmente nos últimos anos. A Cannabis ainda não é primeira linha em muitos protocolos, mas se consolida como uma aliada no manejo de quadros complexos, refratários ou multifatoriais — como ansiedade, doenças neurodegenerativas, transtorno do espectro autista”, observa.
Para Dra. Graziella, a inclusão da Cannabis no arsenal terapêutico não é uma bandeira ideológica, mas uma postura ética diante da realidade clínica. “Ela nos permite personalizar o cuidado, atuar no sistema endocanabinoide — tão central à homeostase — e oferecer alternativas mais naturais, menos invasivas. Quando usada com responsabilidade e respaldo em evidências, pode devolver ao paciente algo essencial: dignidade. Muitos já não encontravam mais isso nos tratamentos tradicionais”, finaliza Graziella Gobbetti.
Importante!
No Brasil, o uso de canabinoides é regulamentado e só pode ser feito com prescrição e acompanhamento médico especializado. Por isso, é fundamental contar com profissionais qualificados, que ofereçam uma avaliação individualizada e segura para cada paciente.
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“Foi um incômodo diante de muitos quadros clínicos complexos e crônicos. Sempre busquei uma abordagem mais integrativa, e a Cannabis apareceu como uma ferramenta potente para tratar com mais humanidade e eficácia diversas condições, especialmente dor, insônia, ansiedade e questões neurológicas”, conta.