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“Escutar outras famílias me deu coragem. É isso que ajuda a quebrar preconceitos”

“Escutar outras famílias me deu coragem. É isso que ajuda a quebrar preconceitos”

Marlise Silva relata como a Cannabis medicinal transformou a rotina de cuidado da mãe, Nelsi Teresinha da Silva, 73 anos, diagnosticada com Alzheimer, trazendo mais serenidade para ambas

Publicado em

24 de setembro de 2025

• Revisado por

Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

Cuidar de alguém com Alzheimer vai muito além de acompanhar os sintomas da doença: é conviver diariamente com a sobrecarga física e emocional que ela impõe. Entre repetições, crises de ansiedade, dificuldade de comunicação e vigilância constante, o cuidado pode se tornar exaustivo, ultrapassando os desafios da própria condição.

Nesse contexto, a Cannabis medicinal surge como uma aliada, trazendo alívio não apenas aos pacientes, mas também àqueles que se dedicam integralmente ao cuidado, ajudando a equilibrar a rotina e as emoções de toda a família.

Foi nesse cenário que Marlise Silva buscou alternativas para cuidar da mãe, Nelsi Teresinha da Silva, 73 anos, diagnosticada com Alzheimer. Depois de anos apenas com medicações alopáticas, a família decidiu iniciar o tratamento com Cannabis medicinal, acompanhado pelo médico Dr. Vinícius Pereira de Mesquita. Quatro meses depois, Marlise já consegue apontar uma diferença concreta, não apenas na saúde da mãe, mas em sua própria vida.

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“Era muito cansativo, e eu precisava encontrar maneiras de lidar com tudo. Hoje, com a Cannabis, a rotina ficou mais tranquila, e até os pequenos gestos ganham valor. Por exemplo, eu digo: ‘mãe, daqui a pouquinho vamos tomar banho, e depois vamos tomar um café’, e ela responde: ‘então tá bom’. Parece simples, mas para mim, que cuido, é um alívio enorme. Posso ligar a TV, colocar o programa que ela gosta, e sei que ela se mantém concentrada e calma. Ela também consegue se dedicar às atividades que gosta, como pintar e desenhar, sem tanta agitação”, conta Marlise.

As crises também perderam intensidade. Nelsi costumava insistir em visitar a própria mãe, falecida há três décadas. “Se eu dizia que não dava para ir, ela se revoltava. Se eu dizia que já tinha morrido, ela chorava. Era desesperador. Agora, quando ela pergunta, eu consigo responder de uma forma que a acalma, e ela aceita. Não existem mais aqueles embates que nos desgastavam”, explica.

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O estigma ainda pesa

Apesar das transformações, Marlise reconhece que o preconceito em relação à Cannabis medicinal ainda é uma barreira. “Eu não tenho resistência, mas sei que muita gente tem. Existe muita confusão entre uso medicinal e recreativo. Mas a realidade é outra: ela está ativa, feliz, conversando.”

Por isso, para a filha, falar abertamente sobre o tratamento ainda exige cuidado. “Eu tenho receio de contar para algumas pessoas, porque o preconceito é grande. Mas quando elas veem como minha mãe está bem, começam a entender. É um choque, mas um choque positivo.”

O próximo passo

Atualmente, Nelsi mantém o uso da Cannabis em conjunto com as medicações alopáticas. O médico responsável pelo tratamento avalia a possibilidade de, com a introdução do THC, reduzir gradualmente alguns medicamentos.

Enquanto isso, Marlise comemora cada conquista. “Ver minha mãe serena, tranquila, e ao mesmo tempo recuperar um pouco da minha vida, não tem preço. Vale cada esforço.”

Informação que transforma

O caminho até a Cannabis só foi percorrido porque outras pessoas compartilharam suas próprias histórias. Marlise se lembra de uma conhecida que também cuidava dos pais com Alzheimer e descobriu a Cannabis já em fase avançada da doença. “Ela me disse que se arrependeu de não ter buscado antes, porque a qualidade de vida deles mudou muito. Foi ela quem me incentivou: ‘procura logo, porque você não vai se arrepender’. E eu não me arrependi.”

Para Marlise, esse tipo de troca faz toda a diferença. “Escutar outras famílias me deu coragem. É isso que ajuda a quebrar preconceitos.”

E é exatamente nesse ponto que o trabalho jornalístico ganha importância. Ao registrar relatos reais como o de Marlise e Nelsi, histórias individuais se tornam farol para outras famílias que enfrentam o mesmo dilema. Informar, desmistificar e mostrar que a Cannabis medicinal pode ser uma aliada não só para o paciente, mas também para quem cuida, é parte essencial da mudança.

“Se eu não tivesse ouvido de outras pessoas, talvez eu não tivesse tentado. Por isso, dividir essas experiências é tão importante. Quem cuida também precisa de cuidado — e a informação é o primeiro passo para isso”, finaliza. 

Aqui no portal Cannabis & Saúde, reunimos diversos relatos de pacientes e familiares que mostram como a Cannabis medicinal pode transformar o cuidado e a rotina de quem vive com condições crônicas. Clique e conheça essas histórias reais.

Importante! 

É importante reforçar que o uso de medicamentos à base de Cannabis deve ocorrer sempre sob acompanhamento médico, garantindo não só a segurança, como também a eficácia do tratamento. A prescrição médica também é necessária para a aquisição legal dos produtos, conforme determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para quem deseja conhecer os efeitos da Cannabis medicinal no cuidado de pessoas com Alzheimer, a recomendação é procurar um médico que possa avaliar o caso individualmente e indicar a melhor forma de tratamento.

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