Em Aracaju (SE), uma mãe vive há anos uma rotina de dedicação ao filho, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível de suporte 3, epilepsia, ansiedade e TDAH. Entre medicações e terapias, ela conta que a Cannabis medicinal tem feito diferença no tratamento e permitido reduzir parte da carga de remédios alopáticos.
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Primeiras experiências com a Cannabis
O menino teve o primeiro contato com o uso da Cannabis medicinal aos três anos. ” Quando iniciamos o tratamento pela primeira vez, ele melhorou comportamento, atenção, foco e sono”, recorda a mãe. Porém, em 2022, após uma crise convulsiva, veio o diagnóstico de epilepsia focal. Nesse momento, foi necessário interromper o uso da Cannabis devido à concentração de THC, que poderia diminuir o limiar convulsivo. A partir daí, o tratamento seguiu apenas com anticonvulsivantes. No entanto, a mãe conta que “com o tempo, as medicações só aumentaram as doses e introduziram outros medicamentos.”
Escalada de remédios e novas crises
Mesmo com o uso das medicações, o menino continuava a ter crises, além de episódios de ansiedade e autoagressão que também passaram a escalar neste período. “Com o aumento das medicações, o médico sugeriu incluir a Cannabis no tratamento. A ideia era tentar reduzir a quantidade de outros remédios e aliviar os efeitos colaterais”, relata a mãe.
Na lista, estavam o Trileptal, Depakene, Urbanil, Ritalina e Melatonina. Com a reintrodução da Cannabis, já foi possível retirar a Trazodona e o Escitalopram.
Resultados e acompanhamento
Segundo a mãe, a Cannabis trouxe avanços importantes para a rotina: melhora do sono, redução da auto lesão, mais concentração e também mais foco. Atualmente, o tratamento é realizado com acompanhamento no Centro Especializado em Reabilitação – CER IV, em Aracaju, que é um serviço que atua no diagnóstico, avaliação, reabilitação e habilitação funcional de pessoas com deficiência, buscando promover autonomia e independência. O centro oferece cuidados em saúde para reabilitação física, intelectual, do TEA, auditiva e visual, além de desenvolver ações de prevenção, promoção à saúde e identificação precoce de deficiências em todas as fases da vida.
Foi por meio do CER IV e do Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case) que a família conseguiu acesso ao óleo de Cannabis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O menino segue em ajuste de dose e é acompanhado por uma equipe multidisciplinar, com terapias diárias. “Ainda estamos no controle das crises epilépticas”, resume a mãe, destacando que cada conquista representa um passo importante na qualidade de vida do filho.
Importante
O uso de medicamentos à base de Cannabis deve ser sempre supervisionado por um médico. Cabe ao profissional avaliar a saúde do paciente, os tratamentos já em andamento e definir a formulação e a dosagem mais adequadas. Além disso, a prescrição médica é obrigatória pela Anvisa, garantindo que a aquisição dos produtos seja legal e segura.
Para incluir os derivados da Cannabis no cuidado com a saúde, é possível agendar uma consulta presencial ou por telemedicina em nossa plataforma. Contamos com diversos médicos de diferentes especialidades, todos com experiência na prescrição de Cannabis medicinal.
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*Para proteger sua privacidade, a mãe preferiu manter sua identidade em sigilo.