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“Hoje tenho uma vida normal. Ainda tenho alguns sintomas, mas eles não me limitam mais como antes”

“Hoje tenho uma vida normal. Ainda tenho alguns sintomas, mas eles não me limitam mais como antes”

O médico Dr. Marcello Andrade enfrentou dores e limitações por seis anos devido à polineuropatia. Neste relato, ele conta como a Cannabis medicinal auxiliou no controle dos sintomas e trouxe avanços significativos no seu bem-estar.

Publicado em

11 de agosto de 2025

• Revisado por

Jornalista e pós-graduada em Filosofia e Literatura, com 13 anos de experiência em comunicação, conteúdo e estratégias digitais. Atuou como repórter, redatora, roteirista, ghost writer e head de conteúdo. Especialista em Thought Leadership e storytelling, acredita no poder das narrativas para conectar pessoas e ideias.

O médico Marcello Rocha Miranda de Andrade viveu, por seis anos, o que descreve como “a pior fase” de sua vida. Diagnosticado com polineuropatia — e, por vezes, com fibromialgia, já que exames não revelavam lesões evidentes — viu sua rotina ser dominada por dores constantes, alterações de sensibilidade e sintomas neurológicos que limitavam até tarefas simples.

“Além das dores pelo corpo, enfrentei fog mental, problemas de memória e concentração, fadiga intensa, ansiedade e sintomas depressivos, lembra. “Cheguei a ter câimbras dolorosas, espasmos musculares e miofasciculações em diferentes partes do corpo.”

Dr. Marcello conta que o tratamento convencional não trouxe alívio. Entre anticonvulsivantes, ansiolíticos e antidepressivos, os efeitos adversos chegaram a piorar o quadro. “Atualmente, se eu tentar usar qualquer antidepressivo ou estimulante para meu déficit de atenção, os sintomas anteriores retornam em poucos dias”, explica.

Da observação clínica ao tratamento próprio com canabinoides

O primeiro contato do médico com a Cannabis medicinal não foi como paciente, mas no consultório. Ele conta que, ao rever uma criança autista que havia atendido anos antes — um caso grave, resistente a diferentes abordagens —, notou uma melhora expressiva relatada pela família após o uso de Canabidiol (CBD). 

“Na época, eu não sabia praticamente nada sobre canabinoides. Resolvi estudar o tema e, a partir daí, considerei iniciar o tratamento também para mim”, conta.

Começou com um óleo full spectrum, mas os resultados demoraram a aparecer. “Meu organismo é resistente e só responde a doses acima de 300 mg ao dia de Canabidiol. Provavelmente, por ter feito uso de antidepressivos desde os 13 anos, para tratar transtornos como TAG, depressão, tiques e TOC. Os sintomas de ‘fibromialgia’ só começaram a se manifestar há cerca de 15 anos e foram piorando progressivamente. Cada pessoa tem um Sistema Endocanabinoide diferente. Algumas são mais sensíveis, outras mais resistentes. A necessidade de uma combinação específica de canabinoides também é individual.”

A sensibilidade individual e a importância da dosagem adequada

Aos poucos, Dr. Marcello encontrou a combinação que melhor funciona para ele. “Tentei diversos óleos, até descobrir que sou muito sensível ao THC — ele afeta minha cognição e piora meu raciocínio. Hoje, uso principalmente um óleo sem THC e só recorro a pequenas doses quando a dor aumenta. Isso é uma particularidade minha; outros pacientes podem se beneficiar mais do THC, que não é um vilão.”

O tratamento atual é exclusivo com canabinoides. “Ainda tenho alguns sintomas, não é 100%, mas é como se fosse — porque as limitações que eu tinha eram enormes, e hoje faço praticamente tudo sem restrições.”

Tratamento, percepção e resultados: a experiência de um médico com a Cannabis

O impacto da Cannabis, para ele, vai além da própria experiência.

“O mais impactante para mim foi ver a resposta de alguns pacientes, principalmente com autismo, fibromialgia ou doenças neurodegenerativas. Alguns apresentam um salto gigante em qualidade de vida. Infelizmente, isso não ocorre com todos, como em qualquer tratamento, mas, em grande parte dos casos, há melhora perceptível. Vale lembrar que não é mágica. É mais uma ferramenta terapêutica. Não vai necessariamente substituir os remédios em uso, apesar de que já vi isso acontecer em alguns casos, mas tem o potencial de ajudar a alcançar uma melhora que, eventualmente, pode levar à redução da quantidade ou das doses de medicações ou ajudar a aliviar o sofrimento e proporcionar melhor qualidade de vida.”

Sobre os ganhos, Dr. Marcello resume: “Hoje tenho uma vida normal. Ainda tenho alguns sintomas, mas eles não me limitam mais como antes. Sei que eles estão ali, mas muito mais sutis e toleráveis.”

Para ele, o estigma em torno da Cannabis vem diminuindo, mas ainda exige informação. “Ainda encontro resistência em alguns pacientes, mas, na maioria das vezes, isso se desfaz quando entendem que se trata de uma ferramenta terapêutica. A chave é a psicoeducação: mostrar que o tratamento não é com uma ‘droga ilícita’, que não vai deixar a pessoa alterada ou viciada. É uma abordagem terapêutica adequada, com potencial real de ajudar.”

Cinco anos depois de iniciar seu próprio tratamento, Dr. Marcello não apenas recuperou autonomia, mas incorporou a Cannabis à sua prática clínica. “Não existe milagre, não é perfeito, mas o ganho que tive é enorme.”

Importante!

Para quem enfrenta condições semelhantes às relatadas pelo Dr. Marcello, o uso medicinal da Cannabis deve sempre ser acompanhado por um profissional. A orientação médica é fundamental para definir a dose, a combinação adequada de canabinoides e garantir que o tratamento não interfira em outras terapias em andamento. No Brasil, a prescrição médica é exigida pela Anvisa para aquisição segura e legal dos produtos.

Se você deseja saber mais sobre o uso medicinal da Cannabis e avaliar se essa é uma opção para o seu caso, agende uma consulta com um médico prescritor. Nossa plataforma reúne profissionais para orientar, acompanhar e recomendar o tratamento mais adequado, sempre de forma segura e legal. Inicie essa jornada com responsabilidade e informação.

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