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“Se não fosse a Cannabis, eu iria enlouquecer”

“Se não fosse a Cannabis, eu iria enlouquecer”

Médica e paciente, Tarsila Stockler conta como a Cannabis a ajudou a tratar sua depressão e a lidar com o estresse de sua profissão

Publicado em

19 de dezembro de 2022

• Revisado por

Jornalista responsável por contar inspiradoras histórias de médicos prescritores de Cannabis medicinal e pacientes cuja qualidade de vida foi transformada pelas propriedades terapêuticas dos fitocanabinoides.

O estresse faz parte da rotina de Tarsila Stockler. Aos 25 anos, a médica, formada pela Universidade do Estado do Pará em 2021, deu início à sua carreira na Unidade de Pronto Atendimento de Itaituba, no interior do Pará.

“Já teve situações em que cheguei ao plantão com paciente praticamente morrendo, um atrás do outro. É muita adrenalina e eu preciso ter esse estímulo, esse estresse, para fazer o meu trabalho direito. Por mais que a gente faça o atendimento, depois a gente fica muito tenso.”

O ideal é que, após a tensão do atendimento, o médico consiga abstrair para que sua saúde mental dê conta do próximo plantão ou paciente. Mas com Stockler não era assim. Tanta tesão serviu como gatilho para reavivar a depressão, que a acompanha desde 2016.

Ainda durante a faculdade, começou a perceber uma anedonia em seu dia-a-dia. “Eu perdi o interesse em coisas que antigamente me eram prazerosas. Me isolava cada vez mais, muita insônia, minha enxaqueca piorou.”

“Eu negligenciava pois achava que era parte do estresse da faculdade. Só que chegou num ponto que eu não queria mais levantar da cama. Foi só nessa hora que eu comecei a fazer tratamento, em 2017, quando já estava muito mal.”

Estresse, tratamento e apatia

Buscou um psiquiatra e começou a tomar amitriptilina. “Ela cumpriu seu objetivo, mas me incomodou pois eu me sentia muito apática. Fiz o tratamento por uns seis meses e sai da crise.”

Conseguiu terminar seus estudos, mas no início de 2022, com o início da vida profissional, tudo retornou. “Eu fiz o tratamento com medicação padrão, com Sertralina, e nunca tive muito efeito adverso com a medicação. Nenhum sintoma intestinal. Muita gente se incomoda com a perda da libido e eu nunca senti isso.”

“O que mais me incomodava de efeito colateral era a apatia que esse tipo de medicamento me causava. Sentia que, depois de uns meses usando, eu não estava para baixo por causa da depressão, mas, ao mesmo tempo, eu não estava sentindo mais nada.”

O tratamento da mãe

Até que sua mãe, entusiasta de terapias naturais e alternativas, começou a pesquisar sobre a possibilidade de tratar sua dor crônica com a Cannabis. “Ela tem muitas hérnias na coluna e já estava com complicações neurológicas por causa delas. Muita piora na qualidade da vida porque era uma dor excruciante.”

Até que deu início ao tratamento. “A melhora dela foi muito significativa. O paciente com dor fica imobilizado. Ela começou a tratar com o CBD em setembro, junto com o tratamento tradicional, e melhorou absurdamente.”

A transformação na vida de sua mãe fez acender uma luz em sua cabeça e começou a pesquisar sobre o uso da Cannabis no tratamento da depressão.

“Eu comecei com o CBD porque eu tinha que fazer um tratamento de qualquer forma. Mas eu sei que, se eu continuasse me sentindo apática daquele jeito, eu abandonaria o tratamento e sei que não é o melhor para mim.”

Controlando o estresse com a Cannabis

Marcou uma consulta no Instituto de Terapias Integradas, onde sua mãe fazia seu tratamento com a Cannabis, e deu início ao tratamento em outubro, sendo acompanhada pelo médico Alexandre Assuane.

“O CBD entrou como um coadjuvante e, desde as primeiras doses, eu já senti efeito. Nos primeiros dias, eu senti que fiquei mais leve.”

“Eu tinha muito problema com enxaqueca e insônia. Quando tinha uma recaída da depressão, era a primeira coisa que me atacava. Na primeira semana, eu já senti melhora principalmente na insônia.”

“Nas outras semanas, já senti melhora no humor, as enxaquecas diminuíram bastante na frequência de crises. Desde então, eu comecei a me sentir melhor.

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“O CBD foi fundamental para mim porque, ao mesmo tempo que amenizou o efeito colateral da apatia, senti uma melhora na minha disposição, no humor. è uma melhora holística. Não só no objetivo que eu tinha, que era o transtorno depressivo, mas na saúde como um todo.”

“Eu não posso mais ficar sem o CBD de jeito nenhum. Se não fosse a Cannabis, eu iria enlouquecer. O CBD melhora minha qualidade de vida principalmente porque eu sinto que não fico a beira de um colapso de nervos.”

“É óbvio que isso faz diferença na minha qualidade de vida. Eu sei que terão situações de estresse no meu dia-a-dia. Isso não tem como controlar. O que muda é a forma como nosso corpo reage a esses gatilhos.”

“Eu não fico mais estressada com as outras pessoas, não fico tensa o resto do meu dia, como seria em outras situações. A gente fica tenso e não consegue desligar. Com o CBD, eu fico ali na hora que tem que ficar, e acabou. Depois disso eu não fico estressada, não prejudica minhas relações interpessoais.”

“Eu não fico mais ruminando as coisas. O CBD segura e não deixa ficar reverberando o estresse do meu trabalho. A gente está o tempo todo lidando com tensão, estresse vindo de todos os lados, e, às vezes, qualquer coisa pequena pode acabar se tornando gatilho.”

“Às vezes é só uma situação que a gente tem que lidar, mas está tudo tão tenso, que qualquer coisa explode. Graças ao CBD, me parece que tudo ficou mais tranquilo.”

Novas perspectivas

A experiência acabou por transformar também sua visão da prática da medicina. “Durante a graduação, a gente tem uma visão muito academicista, mas muito engessada também. As terapias alternativas não são ensinadas e existe muito preconceito também.”

“O CBD abriu muito a perspectiva em relação às terapias que a gente pode fazer. Li muito sobre o CBD, sobre outras terapias também, como a psilocibina e o MDMA. Várias alternativas que eu não fazia ideia de que poderia ter tantos benefícios e só consegui descobrir porque fui atrás.”

Agora, Stockler busca se especializar em dermatologia. “Eu não vou seguir essa linha na minha carreira, mas, independente, sei que, eventualmente, posso acabar cruzando o caminho de alguma paciente que poderia ser beneficiada com a terapia, é lógico que vou indicar. Vou tentar sempre oferecer o que pode realmente fazer bem.”

“Já conquistou seu espaço”

Para a médica, apesar do preconceito ainda ser regra na graduação, as novas gerações já estão aceitando melhor a Cannabis medicinal. “Mesmo quando a gente ia fazer um rodízio na neurologia, que tem mais evidências científicas, a Cannabis não era nem cogitada.”

“Também não ensinava. Se tinha alguém curiosos e perguntasse, eles cortavam logo o assunto e diziam que não tinha evidências. Não tem porque os estudos não eram feitos. os poucos estudos que têm mostram os resultados, que em geral são benéficos.”

“Não é porque fez um estudo e deu que era ruim. è por causa do preconceito, por ser considerado droga, que as pessoas em faziam os estudos. Então é óbvio que não vai ter evidência.”

“Hoje em dia, a Cannabis já conquistou seu espaço e a tendência é aumentar ainda mais. Eu imagino que, daqui para frente, vai deslanchar. No Brasil, estão melhorando a legislação. Às vezes temos alguns sustos, mas aí voltam atrás e eu acho que já conquistou um espaço que não perde mais.”

“Acho que, como agora a Cannabis está em voga, tem se falado e aceitado muito mais, estão liberando os estudos e cada vez vai ter mais evidências. Quanto mais evidências, melhor vai ser para reiterar os benefícios.”

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