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Sintomas de burnout: entenda os sinais, fases e como buscar ajuda

Sintomas de burnout: entenda os sinais, fases e como buscar ajuda

Publicado em

27 de setembro de 2025

• Revisado por

Os sintomas de burnout costumam ser ignorados porque, no começo, parecem apenas parte da rotina. 

Um pouco de cansaço, sono ruim, falta de paciência. Quem nunca passou por isso? Mas há uma diferença: o burnout não é só fadiga ou mau humor. 

É um esgotamento que mina a energia de dentro para fora, sem dar espaço para recuperação real. O curioso é que muita gente só percebe o problema quando o corpo e a mente já estão cobrando um preço alto.

Você já se pegou pensando que não importa o quanto descanse, a exaustão continua? Ou que perdeu o entusiasmo por coisas que antes traziam prazer? 

Esses podem ser sinais iniciais. Mas o que mais chama atenção é como os sintomas se misturam ao cotidiano, passando despercebidos até mesmo por pessoas próximas.

A pergunta que fica é: como identificar quando se trata de um cansaço comum e quando já estamos diante dos sintomas de burnout? É o que vamos ver abaixo:

  • O que é a síndrome de burnout? 
  • Quais são os primeiros sintomas de burnout 
  • As fases e evolução dos sintomas de burnout 
  • Sinais de alerta nos sintomas de burnout 
  • Impactos dos sintomas de burnout na saúde e na vida pessoal 
  • Síndrome de burnout tem cura? 
  • Sintomas de burnout e tratamentos disponíveis 
  • Como a Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento dos sintomas de burnout

O que é a síndrome de burnout?

sintomas de burnout no trabalho

A síndrome de burnout é um quadro associado ao esgotamento físico e mental que aparece de forma progressiva em pessoas submetidas a pressões prolongadas ligadas ao trabalho. 

Esse conceito surgiu em pesquisas da década de 1970 e, desde então, ganhou espaço nas discussões sobre saúde ocupacional, justamente porque afeta não apenas o desempenho profissional, mas também a vida pessoal. 

O que torna o burnout diferente de um cansaço comum é a intensidade e a persistência do desgaste, que não melhora com descanso pontual e tende a comprometer a capacidade de concentração.

Esse esgotamento não se limita a um único tipo de carreira ou rotina, podendo atingir profissionais de diferentes áreas. 

Em contextos muito competitivos ou em funções que envolvem alta responsabilidade, a probabilidade de desenvolver a síndrome se torna maior. 

A sobrecarga de demandas, a pressão por produtividade e a falta de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho são fatores que contribuem diretamente para a instalação do quadro. 

Com o passar do tempo, a síndrome também passou a ser reconhecida como um problema de saúde pública, porque não afeta apenas o indivíduo, mas também impacta equipes, empresas e sistemas de saúde. 

O aumento de afastamentos e licenças médicas ligados ao burnout demonstra a dimensão do problema. 

Além disso, esse diagnóstico ganhou respaldo oficial ao ser incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) da Organização Mundial da Saúde, com a definição de que se trata de um fenômeno ocupacional relacionado ao trabalho. 

Outro ponto importante é que a síndrome pode ser confundida com quadros como ansiedade e depressão. 

Embora compartilhem alguns sinais semelhantes, como perda de energia e queda de rendimento, o burnout tem relação direta com o contexto profissional, o que precisa ser considerado na avaliação clínica. 

Diferença entre estresse comum e síndrome de burnout

O estresse faz parte da vida e pode aparecer em momentos de maior pressão ou responsabilidade. 

Situações como prazos apertados, tarefas inesperadas ou fases de mudança geram respostas do corpo que ajudam a lidar com desafios, e em geral se dissolvem depois que a tensão diminui. 

No entanto, a síndrome de burnout não segue esse padrão passageiro. Trata-se de um processo cumulativo em que o organismo e a mente já não conseguem se recuperar mesmo após períodos de descanso.

O estresse comum tende a ser temporário e pode até trazer certo estímulo para enfrentar demandas específicas. 

Já o burnout se caracteriza por um desgaste contínuo, no qual a pessoa sente que sua energia não se renova, independentemente do quanto tente descansar.

A linha que separa os dois quadros está justamente no acúmulo e na incapacidade de recuperação, que sinalizam sintomas de burnout em vez de apenas uma fase estressante.

No estresse comum, mesmo que haja incômodo, a pessoa costuma enxergar perspectivas de melhora ou soluções práticas. 

No burnout, prevalece um sentimento de impotência, como se não houvesse saída, o que contribui para um ciclo de desgaste ainda maior.

Essa visão negativa tende a se expandir para outros aspectos da vida, interferindo em relacionamentos, sono e até no apetite. 

Também é válido mencionar que o estresse pode ser aliviado com pequenas mudanças na rotina, como descanso adequado ou momentos de lazer. 

O burnout, por outro lado, não melhora de forma simples, porque já envolve alterações físicas e emocionais mais profundas. 

Quais são os primeiros sintomas de burnout

Os primeiros sinais do burnout surgem de forma discreta e muitas vezes passam despercebidos. 

No início, podem parecer apenas episódios de cansaço maiores que o habitual, mas logo se transformam em um desgaste constante, que não melhora nem com períodos de descanso. 

Esse estágio inicial é marcado por uma sensação de alerta prolongado, como se o corpo e a mente não conseguissem desligar. 

A falta de energia é um dos aspectos mais comentados por quem passa por esse processo, mas ela não vem sozinha. 

Surge junto com dificuldades de concentração e uma queda gradual na motivação, o que compromete não apenas o desempenho no trabalho, mas também o envolvimento em atividades pessoais. 

Os sintomas de burnout não se limitam à mente, eles também se manifestam no corpo, e esse é o próximo ponto a ser explorado com atenção.

Sintomas físicos de burnout

O corpo responde ao esgotamento de formas diversas, e no burnout isso se traduz em alterações físicas que não podem ser ignoradas. 

A fadiga persistente é uma das marcas mais evidentes, mas ela vem acompanhada de uma série de outros sintomas de burnout que afetam diretamente o bem-estar. 

Dores de cabeça frequentes, tensão muscular e problemas gastrointestinais são comuns e se intensificam com a progressão do quadro. 

Essas manifestações físicas funcionam como sinais de alerta de que algo não está bem e precisam ser levadas a sério.

Muitas pessoas percebem mudanças no sono, que pode se tornar irregular, com insônia ou dificuldade para descansar de forma reparadora. 

A falta de um sono adequado potencializa o cansaço, ampliando ainda mais os sintomas de burnout no dia seguinte. Isso gera um ciclo em que a pessoa se sente exausta, mas incapaz de recuperar energia. 

Esse desequilíbrio afeta o sistema imunológico, deixando o organismo mais vulnerável a infecções e a doenças de repetição, o que agrava ainda mais o quadro.

Além disso, é comum observar alterações no apetite, que pode aumentar ou diminuir de forma significativa. 

Essa mudança influencia o peso corporal e impacta a saúde metabólica, criando novas preocupações para quem já está sobrecarregado. 

As palpitações e os batimentos cardíacos acelerados também entram na lista de sintomas de burnout, mostrando como o corpo reage ao estresse crônico. 

Essas manifestações físicas não aparecem de forma isolada, mas sim como parte de um processo que afeta diferentes sistemas do organismo.

Quando somadas a outros sintomas de burnout, reforçam a necessidade de buscar avaliação médica e acompanhamento adequado. 

Ignorar esses sinais pode levar ao agravamento do quadro e a consequências mais sérias para a saúde física e mental.

Sintomas emocionais e comportamentais de burnout

Os sintomas de burnout nesse campo costumam aparecer de forma gradual, até que se tornam parte da rotina da pessoa. 

O esgotamento emocional é um dos principais sinais, já que a pessoa perde a sensação de controle sobre as próprias emoções, passa a se sentir drenada no dia a dia e tem dificuldade em encontrar motivação.

Pequenas situações que antes não causavam incômodo passam a gerar impaciência, explosões emocionais e discussões frequentes. 

Esse comportamento acaba afetando relações de trabalho e pessoais, criando conflitos que reforçam o isolamento. 

Os sintomas de burnout também se manifestam em atitudes de distanciamento afetivo, quando a pessoa deixa de se envolver com colegas, amigos e familiares, justamente porque se sente incapaz de lidar com demandas emocionais.

Essa mudança no comportamento aparece também no desempenho profissional. 

O indivíduo passa a procrastinar, tem dificuldade em cumprir prazos e perde interesse por tarefas que antes despertavam engajamento. 

Essa queda de motivação não está ligada à preguiça ou desorganização, mas sim ao esgotamento mental que caracteriza os sintomas de burnout. 

A sensação constante de que nada do que é feito traz resultados positivos aprofunda ainda mais a frustração, alimentando um ciclo de desmotivação.

As alterações emocionais incluem ainda sentimentos de inadequação e baixa autoestima. 

A pessoa começa a se ver como incapaz, duvida das próprias habilidades e passa a enxergar seus resultados como insuficientes. 

Essa percepção distorcida amplia a ansiedade, aumenta a insegurança e favorece a crença de que não há saída para o desgaste. 

O comportamento compulsivo também aparece, seja no excesso de trabalho para compensar a queda de desempenho, seja na busca por alívio em hábitos pouco saudáveis, como alimentação desregulada ou consumo de álcool. 

As fases e evolução dos sintomas de burnout

O burnout não se instala de um dia para o outro. Ele segue um percurso dividido em etapas que demonstram como o desgaste se acumula até se transformar em algo incapacitante.

A primeira fase costuma estar ligada ao entusiasmo exagerado pelo trabalho. A pessoa se envolve em excesso, assume responsabilidades além da conta e acredita que dar conta de tudo é possível. 

Nesse estágio, os sintomas de burnout ainda não são claros, mas a intensidade da dedicação já prepara terreno para o desgaste futuro.

Com o tempo, vem a segunda fase, marcada pelo início da frustração. A energia começa a cair, o rendimento diminui e a pessoa sente que não consegue corresponder às próprias expectativas. 

Surge a sensação de que todo esforço é insuficiente, acompanhada de irritação e impaciência. 

O problema é que essa etapa se prolonga e, sem intervenção, evolui para um esgotamento mais severo.

Na sequência, a terceira fase revela o distanciamento emocional. A pessoa perde o vínculo afetivo com o trabalho, evita interações e adota uma postura de desapego. 

Essa atitude é uma forma de defesa diante do desgaste, mas gera novos problemas, já que interfere no clima organizacional e amplia conflitos interpessoais. 

A quarta fase é a de colapso. O corpo e a mente já não conseguem mais sustentar a pressão, e os sintomas de burnout atingem intensidade máxima. 

O indivíduo sente exaustão constante, dificuldade extrema em realizar tarefas simples e, muitas vezes, passa a apresentar sinais físicos mais graves, como dores frequentes, distúrbios do sono e queda de imunidade. 

Nessa fase, é comum a necessidade de afastamento do trabalho e tratamento especializado, já que a recuperação se torna mais complexa.

Sinais de alerta nos sintomas de burnout

cbd para sintomas de burnout

Os sinais de alerta estão presentes tanto no comportamento quanto no corpo, e aprender a reconhecê-los é importante. 

A persistência do cansaço, mesmo após descanso, é um dos primeiros indícios de que algo está errado. 

Esse tipo de fadiga não melhora com um fim de semana de sono ou com férias curtas, pois está diretamente ligado ao desgaste contínuo. 

A instabilidade emocional também deve acender um alerta. Mudanças bruscas de humor, sensação de irritação constante e dificuldade em lidar com frustrações sinalizam que a mente já não está conseguindo se reorganizar. 

Os sintomas de burnout incluem essa perda de controle emocional, que interfere no convívio e prejudica a rotina. 

Em muitos casos, esses sinais são minimizados, mas o acúmulo tende a intensificá-los até se tornarem incontroláveis.

Quando o esforço não traz satisfação, quando nada parece ter valor ou quando a pessoa sente que está apenas cumprindo funções automáticas, é um sinal importante. 

Esse tipo de vazio está entre os sintomas de burnout mais característicos, já que reflete a perda de vínculo com a atividade profissional. 

As mudanças no corpo também são sinais de alerta. 

Problemas gastrointestinais recorrentes, dores musculares, enxaquecas e palpitações frequentes fazem parte da lista de sintomas de burnout.

Esses sinais indicam que o corpo está respondendo ao estresse prolongado de maneira negativa. Quando combinados ao desgaste mental, eles tornam o quadro ainda mais incapacitante.

Impactos dos sintomas de burnout na saúde e na vida pessoal

Quando falamos em sintomas de burnout, não estamos tratando apenas de um desafio ligado à produtividade, mas de algo que atravessa diferentes áreas da vida. 

Esse quadro repercute na saúde, no convívio familiar e social, e até na forma como a pessoa se enxerga. Por isso, compreender seus impactos é essencial para dimensionar a gravidade da condição.

O burnout cria um efeito cascata. O que começa dentro do espaço profissional não se limita a ele. 

As alterações de comportamento se estendem para dentro de casa, afetando relações com parceiros, filhos e amigos. 

Além das relações, há o impacto direto na saúde. A Organização Mundial da Saúde já reconhece o burnout como uma condição que pode afetar diferentes sistemas do organismo, aumentando a vulnerabilidade a doenças. 

A sobrecarga contínua altera padrões de sono, apetite e disposição, criando um desequilíbrio que afeta o corpo como um todo.

Consequências psicológicas dos sintomas de burnout

O esgotamento mental gera dificuldade de concentração, falhas de memória e perda de interesse por atividades antes prazerosas. 

Esses fatores juntos afetam a qualidade de vida e reduzem a sensação de realização pessoal.

Muitas pessoas em processo de burnout relatam um estado de preocupação constante, dificuldade em relaxar e sensação de estar sempre atrasadas ou devendo algo. 

Esse estado de alerta contínuo leva a alterações no humor, tornando a pessoa mais vulnerável a irritabilidade, frustração e desânimo. 

A depressão também pode surgir como consequência. O desânimo prolongado, a percepção de ineficácia e a perda de interesse geram terreno fértil para quadros depressivos. 

Em muitos casos, a linha entre burnout e depressão se torna tênue, o que dificulta o diagnóstico. Esse ponto é crítico porque pode atrasar o tratamento adequado. 

Essas consequências psicológicas ainda refletem no comportamento. 

O isolamento social se torna frequente, não por falta de interesse em manter contatos, mas porque a energia emocional não é suficiente para sustentar interações. 

Esse afastamento reforça a solidão e aumenta a sensação de desconexão com o mundo ao redor. 

A partir daí, torna-se importante observar de perto os fatores de risco que favorecem o aparecimento desse quadro no ambiente profissional.

Principais fatores de risco profissionais

Os sintomas de burnout estão diretamente ligados a jornadas longas, excesso de demandas e falta de equilíbrio entre esforço e recompensa. 

Quando a dedicação intensa não encontra reconhecimento ou retorno adequado, a frustração cresce e alimenta o desgaste.

Ambientes em que não há espaço para diálogo, escuta ou cooperação tendem a intensificar a solidão profissional. 

Essa falta de apoio faz com que a pessoa sinta que carrega o peso das responsabilidades sozinha, aumentando o impacto dos sintomas de burnout.

Situações em que o trabalhador não tem poder de decisão ou precisa cumprir tarefas sem clareza sobre os objetivos aumentam a sensação de impotência. 

Esse tipo de cenário contribui para o esgotamento, já que limita a percepção de propósito. 

Da mesma forma, a insegurança quanto à estabilidade no emprego é um agravante, porque alimenta preocupações constantes.

Não se pode deixar de mencionar a pressão por resultados e metas inatingíveis. 

A busca por produtividade sem limites leva à sobrecarga, reduz o tempo de descanso e abre espaço para os sintomas de burnout surgirem de forma rápida. 

Esse tipo de exigência intensifica a sensação de estar sempre em dívida com a função, mesmo quando há esforço máximo.

Como os sintomas de burnout impactam a produtividade

Os sintomas de burnout reduzem a capacidade de concentração, aumentam a frequência de erros e atrasam a execução de tarefas. 

A pessoa sente que se esforça mais do que antes para entregar menos, e esse ciclo alimenta a frustração.

O esgotamento mental reduz a habilidade de pensar em soluções novas, tornando os processos mais mecânicos e menos inovadores. 

Isso compromete não apenas o trabalho individual, mas também o coletivo, já que equipes perdem dinamismo quando membros estão sobrecarregados.

O absenteísmo também cresce. As faltas frequentes, as licenças médicas e até a necessidade de afastamento prolongado são consequências diretas dos sintomas de burnout. 

Mesmo quando a pessoa permanece no trabalho, há queda significativa no engajamento. 

O distanciamento emocional gera uma postura de desinteresse e cumprimento apenas do mínimo necessário. 

Esse fenômeno, conhecido como presenteísmo, é uma das marcas mais preocupantes dos sintomas de burnout, pois indica que o trabalhador está fisicamente presente, mas mentalmente ausente.

Esses efeitos na produtividade mostram que o burnout não pode ser visto apenas como um problema individual. 

Ele repercute em toda a dinâmica profissional, afetando equipes, metas e resultados. 

Por isso, além de entender os impactos na performance, é fundamental discutir se a síndrome tem cura e quais são os caminhos possíveis para recuperação.

Síndrome de burnout tem cura?

sintomas de burnout sinais

Os sintomas de burnout podem ser tratados e controlados, permitindo que a pessoa retome qualidade de vida e produtividade. 

A recuperação passa por mudanças individuais, acompanhamento profissional e ajustes no ambiente de trabalho.

O primeiro passo é o diagnóstico adequado. Reconhecer os sintomas de burnout e diferenciá-los de outras condições é fundamental para definir estratégias de cuidado. 

A partir daí, o suporte psicológico se torna essencial. Terapias voltadas para manejo de estresse, organização de prioridades e fortalecimento emocional oferecem resultados significativos.

Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicação, sempre com acompanhamento médico. 

O objetivo é reduzir sintomas associados, como ansiedade e insônia, criando condições para que a pessoa recupere energia e consiga reorganizar sua vida. 

Além disso, práticas de autocuidado, como atividade física regular, alimentação equilibrada e descanso adequado, fazem parte do processo de recuperação.

A síndrome, portanto, pode ser superada, mas não com soluções rápidas. Ela demanda uma combinação de tratamentos, mudanças e suporte contínuo. 

O que se pode afirmar é que, com o acompanhamento certo e a adaptação do ambiente, é possível controlar os sintomas de burnout e recuperar bem-estar. 

Sintomas de burnout e tratamentos disponíveis

sintomas de burnout

Além da complexidade em torno dos sintomas de burnout, também é preciso destacar que muitas pessoas só procuram ajuda quando o impacto já está avançado. 

Essa demora em buscar tratamento aumenta a gravidade do quadro e prolonga o tempo de recuperação. 

Quanto mais cedo o problema for identificado, maior a chance de adotar estratégias eficazes de enfrentamento e evitar consequências mais severas para a saúde mental e física.

Tratamento médico e psicológico para sintomas de burnout

Quando os sintomas de burnout atingem um nível que compromete a saúde mental e física, a procura por tratamento médico e psicológico se torna indispensável. 

O primeiro passo geralmente é a consulta com um profissional de saúde, que poderá avaliar a gravidade do quadro, indicar exames se necessário e direcionar para o acompanhamento mais adequado. 

Em muitos casos, o médico pode prescrever medicamentos para ajudar a estabilizar sintomas relacionados à ansiedade, depressão ou insônia, que são comuns nesse contexto. 

Contudo, a prescrição medicamentosa nunca deve ser vista como única solução, mas sim como parte de um processo mais amplo.

Na área psicológica, a psicoterapia é uma das principais ferramentas de tratamento. 

Ela permite que o paciente compreenda de forma clara o que está acontecendo, identifique padrões de comportamento e aprenda estratégias para lidar melhor com as situações que intensificam os sintomas de burnout. 

Terapias baseadas em evidências, como a cognitivo-comportamental, têm sido bastante utilizadas por ajudarem a reorganizar pensamentos e reduzir a sobrecarga emocional. 

O acompanhamento psicológico também é importante na prevenção de recaídas, já que ensina o paciente a reconhecer sinais de alerta de forma precoce.

O trabalho conjunto entre médico e psicólogo costuma ser o caminho mais eficaz, já que os sintomas de burnout podem se manifestar tanto no corpo quanto no comportamento e nas emoções. 

Esse acompanhamento integrado ajuda a promover um equilíbrio maior entre tratamento clínico e suporte emocional, o que acelera a recuperação. 

Em alguns casos, pode ser necessário incluir outros profissionais, como psiquiatras ou terapeutas ocupacionais, para ampliar o cuidado.

Vale ressaltar que, além do acompanhamento direto, o afastamento temporário das atividades profissionais pode ser recomendado. 

Esse afastamento não deve ser encarado como sinal de fraqueza, mas como uma estratégia de proteção que dá tempo para que o tratamento produza efeito. 

Retornar às atividades sem esse cuidado pode agravar os sintomas de burnout e comprometer ainda mais a qualidade de vida. 

É nesse ponto que o acompanhamento profissional faz toda a diferença, pois ajuda a definir quando e como esse retorno pode ocorrer de forma saudável.

Os sintomas de burnout, quando tratados adequadamente, tendem a regredir de forma progressiva, mas o tempo de recuperação varia de pessoa para pessoa. 

Mudanças no estilo de vida e autocuidado

Além do suporte médico e psicológico, a recuperação dos sintomas de burnout também depende de mudanças práticas na forma de viver. 

Isso significa revisar hábitos diários, reorganizar prioridades e incluir estratégias de autocuidado que possam reduzir a sobrecarga. 

Pequenas alterações feitas de maneira consistente podem ter grande impacto no processo de recuperação e na prevenção de novos episódios.

A prática regular de atividade física, por exemplo, ajuda a reduzir a tensão acumulada no corpo, melhora a qualidade do sono e favorece o equilíbrio emocional. 

Não se trata de adotar rotinas exaustivas, mas sim de encontrar uma atividade que seja prazerosa e que possa ser incorporada no dia a dia. 

Além do exercício, a alimentação equilibrada também contribui para regular níveis de energia e fortalecer o organismo, tornando-o mais resistente aos efeitos prolongados do estresse.

Outra mudança relevante é estabelecer limites claros entre vida profissional e pessoal. Muitas pessoas que desenvolvem sintomas de burnout têm dificuldade em desconectar-se do trabalho, o que prolonga a exposição a fatores estressores. 

Criar rotinas de pausa, definir horários para descanso e priorizar momentos de lazer são formas de reequilibrar essa dinâmica. 

O autocuidado também inclui investir em atividades que proporcionem prazer e bem-estar, como hobbies, práticas de relaxamento ou até mesmo o contato com a natureza. 

Como a Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento dos sintomas de burnout

quais sao os sintomas de burnout

A Cannabis medicinal, em especial o Canabidiol (CBD), desperta interesse científico, já que atua diretamente em receptores envolvidos na regulação da resposta ao estresse.

O sistema endocanabinoide, que faz parte da fisiologia humana, é formado por receptores (CB1 e CB2), endocanabinoides produzidos pelo próprio corpo e enzimas que modulam essa atividade. 

Essa rede influencia processos relacionados ao humor, sono, memória e percepção de estresse. 

Em situações de desgaste prolongado, como nos sintomas de burnout, há sinais de que esse sistema perde parte de sua capacidade de equilíbrio. 

A introdução de fitocanabinoides, como o CBD, pode restaurar essa regulação, diminuindo a hiperatividade do organismo diante de situações de pressão.

Estudos de neuroimagem mostram que o CBD modula a atividade da amígdala cerebral, região que amplifica respostas emocionais negativas. 

Além disso, há impacto positivo sobre o hipocampo, estrutura que participa do processamento de memórias e da regulação do humor. 

Pessoas com sintomas de burnout tendem a apresentar alterações nessa região, e o CBD tem sido associado à neuroplasticidade, isto é, à capacidade do cérebro de se reorganizar e recuperar conexões prejudicadas.

Outro mecanismo relevante é a ação sobre a sinalização da serotonina. O CBD interage com receptores 5-HT1A, associados ao bem-estar e à estabilidade emocional. 

Essa interação pode explicar a redução de sentimentos de desesperança e a melhora gradual da motivação, aspectos que geralmente estão prejudicados em profissionais e estudantes que enfrentam sintomas de burnout. 

Em vez de atuar como um sedativo, o composto promove uma regulação mais equilibrada do humor, favorecendo uma resposta adaptativa ao estresse crônico.

Esse conjunto de efeitos torna a Cannabis medicinal uma ferramenta promissora no suporte aos sintomas de burnout. 

Evidências sobre Canabidiol e regulação do estresse

Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP trouxe dados relevantes sobre o impacto do CBD em profissionais de saúde que estavam na linha de frente da pandemia de covid-19. 

Esses profissionais enfrentavam níveis críticos de sobrecarga emocional e apresentavam sintomas de burnout de forma expressiva, o que ofereceu uma oportunidade para analisar a aplicação do Canabidiol neste contexto.

A pesquisa acompanhou 120 médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que atuavam diretamente com pacientes infectados. 

Eles foram divididos em dois grupos: um recebeu orientações, conteúdos motivacionais e exercícios físicos, e o outro recebeu a mesma abordagem somada ao uso de 300 mg diários de CBD por 28 dias. 

A metodologia não incluiu grupo placebo, mas os avaliadores responsáveis pelas entrevistas não sabiam qual tratamento cada participante havia recebido, reduzindo vieses.

O grupo que usou Canabidiol apresentou redução de 60% nos sintomas de ansiedade, 50% nos de depressão e 25% nos sintomas de burnout, em comparação com o grupo que recebeu apenas o tratamento padrão. 

Essas reduções foram observadas já na segunda semana de acompanhamento e se mantiveram até o final do período de análise. 

Isso indica que o efeito do CBD não se limitou a uma resposta inicial, mas se consolidou ao longo das quatro semanas.

O dado mais relevante para o tema é a redução específica dos sintomas de burnout, pois até então não havia um tratamento farmacológico estabelecido para esse quadro. 

O professor José Alexandre Crippa, líder da pesquisa, destacou que o estudo reforça o potencial do Canabidiol como parte de um arsenal terapêutico para profissionais que vivenciam sobrecarga emocional intensa.

Além de números expressivos, o Canabidiol atuou justamente em sintomas associados ao desgaste mental e à dificuldade de lidar com demandas contínuas. 

Potencial no alívio da ansiedade e distúrbios do sono

tratamentos para sintomas de burnout

Os sintomas de burnout frequentemente vêm acompanhados de ansiedade elevada e alterações no sono. 

Essa combinação cria um ciclo difícil de romper: o estresse acumulado aumenta a dificuldade de dormir, e a privação de sono, por sua vez, intensifica a sensação de esgotamento. 

Na ansiedade, a interação do CBD com receptores de serotonina e com circuitos da amígdala cerebral já foi descrita em diferentes estudos. 

Essa modulação ajuda a reduzir pensamentos acelerados e a sensação de alerta constante, permitindo que o corpo entre em um estado de maior equilíbrio. 

No sono, os efeitos se dão principalmente pela indução de um padrão mais regular de descanso. 

O Canabidiol não atua como indutor imediato do sono, mas favorece a arquitetura natural do ciclo sono-vigília. 

Pesquisas apontam que ele pode aumentar o tempo de sono profundo, fase em que ocorre a restauração física e mental. 

Isso explica porque pessoas que utilizam o composto relatam acordar com maior disposição, mesmo sem um aumento significativo nas horas dormidas.

Essa melhora é especialmente relevante nos sintomas de burnout, já que a privação de sono prolongada está diretamente associada ao agravamento da fadiga e da dificuldade de concentração. 

O impacto conjunto sobre ansiedade e sono se traduz em um suporte funcional para o organismo. 

A redução da hiperatividade mental durante o dia, aliada a noites mais reparadoras, cria condições favoráveis para que a pessoa recupere energia, reorganize pensamentos e retome atividades antes insustentáveis. 

Conclusão

Os sintomas de burnout são um desafio cada vez mais presente em diferentes contextos, do ambiente de trabalho à vida acadêmica. 

Contudo, evidências científicas já demonstraram reduções significativas desses sintomas através do uso de fitocanabinoides como parte de estratégias terapêuticas.

Se você busca iniciar um tratamento seguro com Cannabis medicinal para lidar com sintomas de burnout, o primeiro passo é conversar com um profissional qualificado. 

No portal Cannabis & Saúde, você pode agendar uma consulta com médicos experientes que irão avaliar seu caso e indicar a melhor forma de conduzir esse cuidado.

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