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Sintomas de demência: primeiros sinais, estágios e como identificar

Sintomas de demência: primeiros sinais, estágios e como identificar

Publicado em

29 de julho de 2025

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Os sintomas de demência nem sempre começam do jeito que as pessoas imaginam. Não é só esquecer nomes ou repetir perguntas. 

Às vezes, a primeira coisa que muda é o humor. Ou a forma como a pessoa reage a situações simples do dia a dia. 

Uma irritação fora de contexto, uma desconfiança sem motivo, um jeito estranho de falar com alguém próximo. Pequenos detalhes que passam despercebidos, até começarem a se acumular.

Pode parecer cansaço, depressão, efeito da idade, alguma fase difícil — mas e se não for nada disso? Como saber a diferença entre uma falha de memória comum e um dos primeiros sintomas de demência?

Se você convive com alguém que tem apresentado mudanças estranhas no comportamento, ou se tem sentido alterações cognitivas em si mesmo, este texto pode te ajudar a entender o que realmente merece atenção. 

Vamos falar dos sintomas de demência que costumam passar batido, da importância de não normalizar certos sinais e do que pode ser feito nos estágios iniciais. Prossiga!

  • Quais são os sintomas de demência? 
  • Quando o esquecimento pode ser um dos sintomas de demência? 
  • Como os sintomas de demência evoluem ao longo dos estágios? 
  • Demência precoce: como se manifesta em pessoas mais jovens? 
  • Sintomas de demência em idosos: o que observar com atenção? 
  • Como é feito o diagnóstico dos sintomas de demência? 
  • Existe cura? O que fazer ao notar os primeiros sinais? 
  • O Canabidiol pode auxiliar no controle dos sintomas da demência?

Quais são os sintomas de demência?

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A demência é uma condição neurológica progressiva que afeta diretamente o funcionamento do cérebro. 

Ela não é uma doença única, mas sim um conjunto de sinais clínicos provocados por diferentes causas — como Alzheimer, demência vascular, entre outras. 

O que essas condições têm em comum é a deterioração gradual de funções cognitivas importantes, como memória, raciocínio, linguagem, percepção e capacidade de realizar atividades do dia a dia.

Essa deterioração acontece devido à morte de células cerebrais ou à alteração das conexões entre elas. 

Ao longo do tempo, essas perdas afetam não só o raciocínio e a memória, mas também o comportamento, as emoções e a forma como a pessoa interage com os outros e com o próprio ambiente.

Identificar os sintomas de demência o mais cedo possível é uma das formas mais eficazes de buscar estratégias que melhorem a qualidade de vida da pessoa e também das pessoas próximas. 

A seguir, abordamos os principais sinais que costumam surgir e como eles se manifestam no dia a dia.

1. Esquecimentos frequentes e desorientação

Entre os sintomas de demência, os esquecimentos recorrentes costumam estar entre os primeiros a chamar atenção. 

Não se trata de lapsos pontuais, como esquecer onde deixou as chaves ou esquecer um compromisso e lembrar mais tarde. A perda de memória associada à demência costuma ser persistente e interfere na vida cotidiana.

É comum que a pessoa comece a esquecer eventos recentes de forma constante. Ela pode repetir uma mesma pergunta várias vezes ao longo do dia, mesmo após já ter recebido a resposta. 

Também pode perder objetos e não conseguir refazer os passos para tentar localizá-los. 

Com o tempo, esses esquecimentos não se limitam ao presente — informações do passado, como nomes de pessoas próximas ou datas importantes, também passam a escapar da memória.

Essa falha na memória vem acompanhada de desorientação. A pessoa pode se perder em lugares familiares ou não saber que dia é. 

Em fases mais avançadas, pode confundir pessoas da família, achar que está em outra época ou dizer que quer voltar para casa mesmo estando nela.

Além de comprometer a autonomia, esse sintoma traz riscos. Uma pessoa desorientada pode sair de casa sozinha e não conseguir voltar, ou deixar o fogão ligado por não se lembrar de tê-lo usado. 

Com o passar do tempo, os esquecimentos frequentes e a desorientação se intensificam e tornam-se cada vez mais difíceis de contornar com lembretes ou apoio pontual.

A partir desse ponto, os sintomas de demência começam a se sobrepor e a afetar não só a memória, mas o funcionamento mais amplo do cérebro. As mudanças comportamentais se tornam mais evidentes.

2. Mudanças de comportamento e humor

Com o avanço do quadro, surgem alterações no comportamento e no humor que vão além de uma simples variação emocional. 

Esse tipo de sinal não é raro entre os sintomas de demência. A pessoa pode começar a agir de forma que nunca havia demonstrado antes.

Entre os comportamentos observados com frequência estão a irritabilidade súbita, o isolamento sem explicação aparente, a apatia em situações que antes despertavam interesse ou até mesmo explosões de raiva. 

Também pode surgir desconfiança em relação a familiares, como acusar alguém de roubo ou de esconder objetos que a própria pessoa esqueceu onde guardou.

É importante entender que essas alterações não são intencionais. Elas refletem o impacto da demência nas áreas do cérebro responsáveis pelas emoções, pelo julgamento e pela tomada de decisões. 

A forma como a pessoa percebe o mundo ao redor começa a se distorcer, e isso afeta diretamente suas reações e atitudes.

O humor também pode oscilar com intensidade. Há momentos de agitação sem motivo claro, episódios de choro repentino ou uma tendência a não reagir a eventos que normalmente provocam emoção. 

Esses sintomas de demência podem ser particularmente desafiadores para os cuidadores, já que exigem atenção contínua, paciência e adaptação da rotina. 

À medida que o quadro se agrava, surgem também dificuldades em atividades que antes eram realizadas de forma automática. O próximo conjunto de sintomas de demência costuma ser perceptível nessa etapa.

3. Dificuldade com tarefas rotineiras e linguagem

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Outra característica comum entre os sintomas de demência é a perda de habilidade para realizar tarefas simples do cotidiano. 

Cozinhar, tomar banho, usar utensílios ou lidar com dinheiro passam a ser tarefas confusas ou impossíveis de executar corretamente.

No início, a pessoa pode apenas esquecer parte do processo: colocar uma panela no fogo e sair do cômodo, por exemplo, ou tentar pagar uma compra e não saber o valor das notas. 

Com o tempo, ela pode não reconhecer os objetos que utiliza ou não entender a lógica de tarefas que antes fazia todos os dias.

Esse comprometimento da autonomia causa impacto direto na rotina, tanto da pessoa quanto da família. Atividades que antes eram feitas sem esforço passam a demandar supervisão constante. 

Além da dificuldade com tarefas práticas, a linguagem também se torna prejudicada. A pessoa pode ter dificuldade para encontrar palavras, formar frases coerentes ou seguir uma conversa. 

Em alguns casos, ela interrompe a fala no meio por não lembrar como concluir o pensamento. Em outros, repete termos fora de contexto ou usa palavras genéricas, como “aquilo”, “coisa” ou “negócio”, para se referir a tudo.

Com a progressão dos sintomas de demência, a compreensão também é afetada. A pessoa pode ouvir uma pergunta simples, mas não entender o que foi dito. 

Isso afeta diretamente sua comunicação com os outros e sua capacidade de expressar desconfortos, necessidades ou emoções.

Quando o esquecimento pode ser um dos sintomas de demência?

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Nem todo esquecimento precisa gerar alarme, mas entender o limite entre aquilo que pode ser normal e o que já configura um sinal de alerta é um ponto-chave. 

O que geralmente chama atenção nos primeiros estágios é a repetição de situações. A pessoa esquece conversas que acabou de ter, repete perguntas, não reconhece caminhos familiares. 

Quando o esquecimento passa a afetar a capacidade de cumprir compromissos simples, como tomar remédios nos horários corretos ou lembrar de um evento importante no mesmo dia em que ele está marcado. 

Esses não são lapsos pontuais: são indícios de que há algo mais acontecendo no funcionamento da memória.

Esse padrão de esquecimento nos sintomas de demência costuma aparecer acompanhado de dificuldades para processar informações novas. 

A pessoa pode não se lembrar do que acabou de ouvir ou não conseguir aprender um procedimento que acabou de ser explicado. Em muitos casos, há confusão até com nomes de pessoas próximas, ou com o local onde está. 

Esse tipo de desorientação costuma ser um ponto de inflexão: marca a transição de uma queixa subjetiva de memória para um quadro mais estruturado.

Além da memória recente, a demência também compromete, com o tempo, a capacidade de recordar eventos mais antigos. Não é raro que a pessoa misture tempos, associando lembranças do passado ao presente. 

Mas, no começo, o mais comum é que os esquecimentos se concentrem em eventos recentes. Esse detalhe faz diferença para os profissionais de saúde durante a avaliação dos sintomas de demência.

Com o agravamento do quadro, o padrão de esquecimento se torna mais abrangente. Tarefas simples que antes eram automáticas passam a ser esquecidas. 

Como os sintomas de demência evoluem ao longo dos estágios?

sintomas de demencia em idosos

A progressão dos sintomas de demência acontece em etapas, e cada uma apresenta um conjunto de sinais próprios. Esse processo não segue uma linha exata para todas as pessoas, mas há padrões que costumam se repetir.

Mesmo em meio a um processo tão desafiador, é possível identificar nuances que precedem esse agravamento. 

Os primeiros sinais geralmente passam despercebidos, mas quando observados com atenção, ajudam a iniciar o acompanhamento clínico em tempo hábil.

Sinais iniciais e sintomas leves

No começo, os sintomas de demência não costumam ser óbvios. Mas, não lembrar de informações recém-adquiridas, depender excessivamente de listas ou repetir histórias já contadas são comportamentos que já chamam a atenção.

A pessoa pode demonstrar dificuldade para encontrar palavras, ter lapsos durante uma conversa ou esquecer o nome de objetos que usa com frequência. 

Essas situações geram desconforto e, em muitos casos, são minimizadas ou atribuídas ao estresse, cansaço ou à idade.

Mudanças sutis na forma de tomar decisões também estão entre os sintomas de demência que aparecem nos estágios iniciais. 

Essas decisões inesperadas, como fazer gastos inadequados ou se envolver em situações arriscadas, revelam uma alteração no julgamento e na capacidade de avaliar consequências.

Atrasos, esquecimentos de compromissos, confusão com horários e dificuldade em seguir uma sequência de passos em tarefas comuns sinalizam que a autonomia já não é mais plena. 

Mesmo atividades rotineiras, como preparar o próprio café ou pagar uma conta, podem se tornar confusas.

As alterações emocionais também começam a dar sinais nesse estágio. A pessoa pode demonstrar desinteresse por atividades que antes eram prazerosas, apresentar humor instável ou ter episódios de irritação sem motivo. 

Mesmo que discretos, os sintomas de demência já estão presentes nessa fase leve e devem ser considerados. 

Quanto mais cedo forem reconhecidos, maiores as possibilidades de adotar estratégias que melhorem o cuidado, retardem a progressão e favoreçam a autonomia por mais tempo.

Sintomas moderados e impactos na autonomia

Na fase moderada, os sintomas de demência se tornam mais evidentes e começam a interferir com força no dia a dia da pessoa. Aqui, o impacto nas tarefas rotineiras é real. 

A pessoa já não consegue organizar uma sequência de ações básicas sem auxílio e passa a depender de terceiros para manter uma rotina minimamente funcional.

Atividades que antes ainda eram possíveis com esforço passam a não ser concluídas. Tomar banho, vestir-se ou preparar uma refeição, por exemplo, deixam de ser tarefas simples. 

Além disso, erros se tornam frequentes, como vestir roupas fora de contexto, deixar alimentos no fogo ou esquecer de fechar a torneira.

A linguagem passa por alterações visíveis. Frases são interrompidas sem conclusão, palavras comuns desaparecem e termos vagos passam a ocupar todo o espaço. 

A comunicação começa a falhar, não por falta de vontade, mas por uma desconexão entre pensamento e expressão verbal. Em muitas situações, quem convive precisa fazer esforço constante para compreender o que está sendo dito.

A orientação temporal e espacial se deteriora. Não é incomum que a pessoa esqueça em que dia vive, onde está ou para onde pretende ir. Em alguns casos, ela tenta sair de casa sem motivo ou se perde em trajetos simples. 

Isso representa um risco real e constante, já que não há mais a segurança de que ela conseguirá retornar sozinha ou sequer pedir ajuda.

Também surgem alterações comportamentais mais marcantes, como irritabilidade, agitação sem contexto e períodos de inquietação noturna.

Fase avançada e comprometimentos graves

Os sintomas de demência atingem seu ponto mais severo na fase avançada. Aqui, as funções cognitivas estão gravemente comprometidas e a autonomia deixa de existir. 

A pessoa precisa de suporte total, em todos os momentos, desde os cuidados básicos de higiene até a alimentação e a mobilidade.

Nesse estágio, a memória de longo prazo já não sustenta os vínculos afetivos. O reconhecimento de familiares pode desaparecer completamente. 

A pessoa pode não identificar filhos, irmãos ou até mesmo o cônjuge. Essa ausência de conexão com rostos e histórias conhecidas não é seletiva. Ela reflete uma falha global no processamento de informações.

Em muitos casos, não há mais tentativa de verbalizar pensamentos, e o contato passa a depender de gestos, expressões faciais e respostas corporais a estímulos do ambiente. 

Mesmo assim, ainda é possível perceber momentos de presença, de reações sutis que indicam conforto, incômodo ou atenção.

O controle esfincteriano se perde, e o uso de fraldas torna-se necessário. A alimentação passa a ser um desafio — engasgos, recusa de comida e dificuldades de mastigação e deglutição são recorrentes.

Há também um aumento da vulnerabilidade física. Infecções urinárias, lesões por pressão (escaras) e infecções respiratórias são comuns. 

Isso acontece tanto por conta da imobilidade quanto pela fragilidade geral que os sintomas de demência provocam com o avanço da doença.

O comportamento pode alternar momentos de apatia intensa com agitação imprevisível. 

A pessoa pode ficar horas sem reagir a nenhum estímulo e, de repente, reagir com força a algo aparentemente neutro. Essa oscilação exige paciência e habilidade de adaptação constante por parte de quem cuida.

Demência precoce: como se manifesta em pessoas mais jovens?

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Embora a maioria dos casos esteja associada ao envelhecimento, os sintomas de demência também podem aparecer em pessoas com menos de 65 anos. 

Quando isso acontece, o diagnóstico costuma demorar mais, justamente porque essa possibilidade raramente é considerada de imediato. 

A apresentação clínica pode ser diferente, e os primeiros sinais podem ser confundidos com problemas emocionais ou estresse.

A dificuldade de concentração é uma das queixas mais comuns no início. A pessoa jovem pode começar a ter baixo rendimento no trabalho, esquecer informações, se perder em tarefas simples ou se atrasar com frequência. 

Muitas vezes, esses sintomas de demência são interpretados como distração ou desmotivação, o que atrasa o encaminhamento correto para avaliação neurológica.

Além da memória, outras funções cognitivas também podem ser afetadas precocemente. Dificuldade para tomar decisões, desorganização e alterações de comportamento são observadas com frequência. 

Mudanças no humor, reações fora de contexto e dificuldade para interagir socialmente acabam isolando a pessoa, mesmo nos círculos mais próximos.

A presença de histórico familiar costuma ser mais comum entre os casos de demência precoce. 

Algumas formas da doença, como as variantes genéticas do Alzheimer, se manifestam em idade mais jovem e progridem de maneira agressiva. 

Sintomas de demência em idosos: o que observar com atenção?

Com o avanço da idade, é comum que ocorram algumas falhas de memória e lentidão no processamento de informações. No entanto, nem toda mudança cognitiva deve ser considerada natural. 

Esquecer uma conversa que acabou de acontecer, perder objetos com frequência e não conseguir seguir o fio de um raciocínio simples são indícios importantes. 

Quando essas falhas deixam de ser pontuais e passam a comprometer tarefas diárias, o alerta precisa ser acionado.

Outros sintomas de demência em idosos incluem mudanças de comportamento que antes não faziam parte do perfil da pessoa. 

Pode surgir irritabilidade, desinteresse por atividades habituais, dificuldade para lidar com imprevistos ou episódios de confusão em ambientes familiares. Em algumas situações, a pessoa se torna mais ansiosa, desconfiada ou apática.

Também é comum notar perda de iniciativa. O idoso pode parar de tomar decisões simples, adiar compromissos ou deixar de cuidar da higiene pessoal sem apresentar justificativas. 

Essa perda de proatividade, somada às dificuldades cognitivas, acaba afetando diretamente a qualidade de vida e o bem-estar da família como um todo.

Como é feito o diagnóstico dos sintomas de demência?

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A primeira etapa, quase sempre, acontece em casa. Mudanças no comportamento que passam a incomodar ou preocupar familiares costumam ser o ponto de partida. 

Esquecimentos repetitivos, confusão sobre datas, dificuldade em seguir instruções simples — esses sinais despertam a atenção de quem convive de perto com a pessoa afetada.

Ao chegar no consultório médico, o relato da família tem um peso considerável. Nem sempre o próprio paciente percebe o que está acontecendo, por isso, o olhar de fora ajuda o profissional a montar um quadro mais completo. 

O médico escuta, observa e já inicia ali uma análise clínica. Em paralelo, dá início a testes cognitivos que ajudam a avaliar aspectos como memória, raciocínio, linguagem, percepção espacial e até julgamento.

Esses testes variam conforme a situação, mas os mais comuns incluem o Miniexame do Estado Mental (MEEM) e a Escala de Avaliação de Demência de Blessed. 

Com eles, é possível perceber se há um comprometimento leve, moderado ou mais grave. Além disso, o médico observa se os sintomas de demência estão afetando atividades básicas do dia a dia.

Mas os testes por si só não fecham o diagnóstico. Eles servem como sinalizadores. Para entender a origem dos sintomas de demência, o profissional precisa descartar outras condições. 

Há casos em que alterações hormonais, infecções, deficiências nutricionais ou até o uso inadequado de medicamentos estão por trás do problema. 

Por isso, exames de sangue, avaliação da função da tireoide e exames de imagem do cérebro, como tomografia ou ressonância magnética, entram nessa etapa.

A neuroimagem é importante. Ela mostra alterações em estruturas cerebrais que podem estar associadas à perda de massa encefálica, áreas de isquemia ou até tumores. 

Esses achados ajudam a diferenciar os tipos de demência, como Alzheimer, demência vascular ou corpos de Lewy. 

Cada tipo tem padrões distintos de comprometimento, que afetam diferentes partes do cérebro e evoluem de maneiras específicas.

Quando o quadro é mais complexo ou atípico, o médico pode encaminhar o paciente para um neurologista, geriatra ou psiquiatra especializado. 

Em alguns casos, testes neuropsicológicos mais aprofundados são recomendados para entender nuances do funcionamento cognitivo, que nem sempre ficam evidentes nos testes de triagem.

Existe cura? O que fazer ao notar os primeiros sinais?

Não há cura conhecida para a maioria dos tipos de demência. Esse é um fato difícil de encarar, mas entender isso é o primeiro passo para agir com foco no que realmente importa: detectar cedo e tratar o que for possível.

Quanto antes houver uma avaliação, maiores são as chances de manter a independência funcional por mais tempo. 

Existem medidas clínicas, terapêuticas e sociais que fazem diferença significativa no dia a dia. Mas elas precisam ser iniciadas logo no início do quadro.

Apesar de não haver cura, alguns medicamentos ajudam a melhorar a comunicação entre os neurônios e, em certos casos, reduzem a velocidade de progressão dos sintomas. 

Entre eles, estão os inibidores da colinesterase e a memantina. A prescrição depende do tipo de demência e da fase em que o paciente se encontra. O uso desses remédios é sempre individualizado, e sua eficácia varia.

Além da medicação, intervenções não farmacológicas devem entrar na rotina o quanto antes. Estimulação cognitiva, atividades físicas supervisionadas, reabilitação funcional e terapia ocupacional são estratégias valiosas. 

Elas ajudam a preservar habilidades e oferecem estrutura para enfrentar as perdas cognitivas que virão. 

Com apoio profissional adequado, é possível adaptar o ambiente doméstico para promover autonomia, mesmo em contextos de maior limitação.

Vale lembrar que nem toda manifestação de perda de memória é sinal de demência. O envelhecimento natural provoca algumas alterações cognitivas, mas que não comprometem o funcionamento global da pessoa. 

Por isso, a avaliação médica é tão importante. A diferença entre um envelhecimento saudável e um processo neurodegenerativo está no impacto funcional que os sintomas causam.

Existe um caminho possível após o diagnóstico. Ele não será fácil, mas pode ser conduzido com mais tranquilidade se houver planejamento, informação e suporte. 

O Canabidiol pode ajudar no alívio dos sintomas de demência?

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Boa parte dos sintomas de demência está relacionada a um desgaste progressivo nas conexões cerebrais. 

Há um comprometimento das sinapses, da comunicação entre os neurônios e, com o tempo, funções como memória, linguagem e comportamento vão sendo afetadas. 

Esse processo costuma envolver inflamação crônica, acúmulo de proteínas anormais e desequilíbrio neuroquímico — e é justamente aí que o Canabidiol começa a ganhar relevância.

Pesquisas indicam que o CBD tem propriedades que modulam o sistema endocanabinoide, um conjunto de receptores presente em todo o corpo, inclusive no cérebro. 

Esse sistema atua na regulação de processos como sono, humor, resposta imunológica e neuroproteção. Em pessoas com sintomas de demência, esse sistema apresenta disfunções importantes. 

A introdução do Canabidiol pode ajudar a restabelecer parte dessa regulação, o que abre espaço para alívio de sintomas cognitivos e comportamentais.

No Alzheimer, por exemplo, há evidência de que o CBD interfere no acúmulo da proteína beta-amiloide, uma das principais responsáveis pela morte neuronal. 

Ele pode reduzir a inflamação no sistema nervoso central e modular a liberação de citocinas pró-inflamatórias. Essa ação anti-inflamatória tem potencial para proteger os neurônios contra a degeneração. 

Além disso, há indícios de que o CBD aumenta os níveis de anandamida, um neurotransmissor ligado ao bem-estar e ao controle da ansiedade, o que pode ser útil em quadros de agitação, agressividade ou confusão mental.

O Canabidiol tem ação antioxidante reconhecida, podendo reduzir a produção de radicais livres e proteger o tecido cerebral contra danos estruturais. 

Isso não significa reversão da condição, mas pode representar uma desaceleração do avanço dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Conclusão

Quem convive com os sintomas de demência sabe o quanto cada melhora, por menor que pareça, faz diferença. 

E diante das limitações das terapias convencionais, explorar opções seguras e com base científica se torna essencial.

Se você quer entender se o CBD pode fazer sentido no seu caso ou no de alguém próximo, agende uma consulta pelo portal Cannabis & Saúde.

Aqui, você encontra médicos preparados para avaliar o quadro de forma individual, sem promessas, mas com responsabilidade e olhar humano.

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